O que é
moda? O que é “estar na moda”? Quais as conseqüências da moda? Há perigos
embutidos no “estar na moda”?
São perguntas que necessariamente não precisam
ser respondidas de imediato, mas apenas refletidas, pensadas.
Uma das
características do mundo de hoje é o consumismo, filho primogênito do sistema
capitalista. E uma das ferramentas
utilizadas pelo sistema é o marketing, e através dele a moda.
É claro
que o sistema se utiliza de muitas outras ferramentas para atingir os seus
objetivos, entre elas os Meios de Comunicação de Massa, nos quais se destacam a
televisão, o rádio, a internet, as revistas, os jornais e outras.
O
grande foco do sistema capitalista são as pessoas. Sem o consumo das pessoas,
sem que as pessoas vão aos Shoppings Centers, às Lojas de Departamentos, aos
Calçadões, não há capitalismo.
Estar
na moda é isso. É estar inserido no sistema, na atualidade, consumindo os
produtos divulgados pela grande mídia. Moda é atualidade! Estar na moda é
consumir, agir, falar, andar, conforme a atualidade!
Porém,
“... nem tudo são flores nessa caminhada!” Por quê? Porque a tendência do
sistema é “escravizar” as pessoas. Escravizar pelo desejo latente e impulsivo
de consumir.
Há uma espécie de “desespero” dos marqueteiros
em inovar (inovação é a palavra de ordem atual) para que o consumo se mantenha
em alta. Há a massificação: as pessoas são “bombardeadas” de todos os lados com
apelos veementes para consumir, gastar, comprar... Cria-se a ideia de que não
estar na moda é ser ridículo. As pessoas são ridicularizadas e parece que não
podem ser elas mesmas,
O
perigo está nisso. As pessoas podem, sim, se manter na moda, usar as roupas da
moda, ter o corpo “sarado”, cantar as músicas atuais, falar os modismos
veiculados pelas novelas, mas jamais perder suas individualidades, jamais
renunciar aos seus valores, às suas premissas, enfim, suas maneiras de ser. O
desafio é conciliar as duas coisas...
As
pessoas não podem ser “escravas” da moda e dos modismos. As pessoas devem fazer
o que gostam, divertirem, ler os livros que combinam com sua cultura, usar as roupas
que lhes fazem bem. Se tudo isso coincide com a moda atual, melhor ainda! Do
contrário, as pessoas não devem renunciar a elas mesmas para, em última
análise, vencerem o medo de serem ridicularizadas, ou melhor, não serem aceitas
no meio social.
Vamos
refletir sobre isso. Moda é consumo. É despesa. Eu posso? Eu tenho cacife p’ra
isso? Ou estou sendo “escrava” do consumo.
A moda
nem sempre combina com que as pessoas são, pensam ou agem.
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