Muitos
explicam as diferenças entre seres humanos e animais. Na verdade todos somos
animais, mas há algo que desejo considerar e que nos torna diferenciados no
mundo animal. Refiro-me ao sentido que damos para a arte, para o belo, para a
música que enleva. Essa qualidade específica tem origem na “alma”, que por sua
vez, vem do grego antigo “anemos”, que significa “ar”, “sopro”. Migrando para a
Civilização Romana, “alma”, em latim, passou a ser “anima”, que é sinônimo de
“vida”, “espírito”, “sede do pensamento”. No contexto religioso, tem a ver com
o “espírito”, com o “imaterial”, com o “eterno”.
Já na
Pré-História, os seres humanos quando não compreendiam os fenômenos físicos ou
naturais, como por exemplo, o raio que incendiava uma árvore, imediatamente os
transferiam para o sobrenatural e realizavam rituais pára “aplacar” a ira dos
deuses.
A
qualidade espiritual nos faz prestar atenção na arte (no belo, no
significativo). Faz-nos, também, a interessar por algo superior, acima de nós,
que é a religião. E cada religião sistematizada procurar ir de encontro aos
nossos interesses, oferecendo-nos explicações plausíveis para nossos
questionamentos e apresentando o seu Deus, a quem conscientemente adotamos (ou
não).
A
religião é especificamente de foro íntimo. Cada um tem a sua, da mesma forma
que a alma é única e de cada um.
Em
religião é possível discutir apenas o seu aspecto histórico e social, não a
opção de cada um. A palavra chave é o respeito. Respeita-se as diferenças e
soma-se as semelhanças (se possível). O respeito gera paz, paz de espírito.
As
religiões têm muito a oferecer à cultura universal, especialmente as obras de
arte, a música e os pensamentos e idéias de seus grandes líderes que podem
iluminar a humanidade como um todo.
Assim,
a religião deve ser apenas um caminho para a paz espiritual pessoal e da
sociedade, como conseqüência e reflexo.
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