A vida
hoje em dia pode ser muito simples: basta vivê-la! Pois é, basta vivê-la... Parece
tudo livre, tudo pode, pois tudo é banal, passageiro... O que hoje é, amanhã
pode não ser... Mas, e os valores, os princípios? Então, não é bem assim... Vamos
considerar algumas coisas...
Na vida
há também os valores e os princípios que norteiam a vida em comunidade. Há
também a ideia da “liceidade”, que juridicamente se define como a liberdade de
se fazer tudo, mas dentro da lei. Dentro da lei, significa que exercer a
liberdade até não ofender a liberdade dos outros. Assim, é, em essência, o
ideal da vida em sociedade.
A
História da Humanidade registra a evolução dos Direitos Humanos, que começa
efetivamente em 1215. Mas, já na antiguidade com os filósofos gregos e romanos,
com as conquistas políticas da plebe romana, com os profetas hebreus, se
esboçava uma luta pela valorização da pessoa, especialmente os empobrecidos e excluídos.
Esse movimento ganhou força a partir do Século XVII, passou pela Revolução
Francesa e se consolidou com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em
1948, na ONU – Organização das Nações Unidas. “A Teoria na prática é outra”, já dizia Joelmir Betting. Pouca
coisa aconteceu de prático até agora, porque ainda há empobrecidos, ainda há
excluídos, ainda há guerras e violência.
O grande
valor dos Direitos Humanos, na teoria, é a ideia dos Direitos Naturais, isto é
aquele que independem da vontade da pessoa, pois a precedem, existem antes dela.
Desses direitos o mais importante é o direito à vida e à sua inviolabilidade.
Dele decorrem os demais. E ele está consagrado em praticamente nas
constituições de todos os países.
“Pobreza sim, miséria não!” sempre bradou
D. Hélder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife, cuja santidade está prestes a
de ser reconhecida pelo Vaticano.
Liceidade,
valores, princípios, respeito à vida, não combinam com “o tudo pode”, “com o
viver a vida a qualquer custo”, “com a banalização”, “com o desrespeito”, “com
a violência”, “com as drogas”, “com a fabricação de armas”, com as guerras”,
enfim... Não combinam com uma educação medíocre, que não valoriza o humano, a
cultura, a consciência política... Com uma educação, digamos, pró-forma.
Não combinam
com uma lei frágil, com a justiça lenta, com o sistema político fundamentado na
mentira, na falsidade do discurso, na política profissionalizada, com os
desmandos da administração pública.
Valores
são essenciais, especialmente os valores da pessoa humana. Os princípios
derivam da firmeza de caráter desses valores. Ambos sustentam o equilíbrio da
sociedade. Relativizar tudo isso é transformar a sociedade num barco à deriva.
Qualquer
semelhança com a realidade atual não é mera coincidência.
Imagem:
Google
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