“Lava roupa todo dia, que agonia
Na quebrada da soleira, que chovia”
Quem,
num passado recente, não cantou essa música de Luiz Melodia? Pois é, ela é uma
referencia ao cotidiano das pessoas... Vale pensar um pouco sobre isso.
Os
dicionários falam do cotidiano como repetições que acontecem no dia-a-dia das
pessoas, como lavar “lavar roupas todo
dia”... Repetições que com o tempo vão se transformando em agonia. Por que,
será? Tudo, tudo, mas tudo na vida precisa ter um sentido, um significado, uma
importância, uma “poesia”, um gosto, um amor, um desprendimento. “Faço isso por que amo fazê-lo... Faz bem
p’ra mim e para a pessoa que amo”. Aqui se trata de amor correspondido. O
contrário é “agonia”, sofrimento... Vida sem sentido.
Cotidiano,
monotonia, vida sem sentido, são sinônimos de irritação, de estresse, de depressão,
de risco de morte. Saúde comprometida.
É
triste, injusto, indigno, quando no entardecer da vida se olha para trás e não
se vê nada de útil construído. O tempo e
implacável: não permite retorno. O Poeta Rainer Maria Rilke ensina: “Se o
cotidiano lhe parece pobre, não o acuse; acuse-se a si próprio de não ser muito
poeta para extrair suas riquezas”.
Ser
poeta não significa essencialmente fazer poesia, mas ser criativo. Ser criativo
no cotidiano é brigar com ele para transformá-lo em algo prazeroso e buscar as
mudanças necessárias para que isso aconteça.
Mas as
coisas não acontecem por acaso... O cotidiano não pode tomar as 24 ou 26 horas
dia. Se isso está acontecendo é melhor repensá-lo. E um dos primeiros passos é
reestudar o controle do tempo. Administrar o tempo, priorizar as atividades e
estabelecer critérios para encontrar espaços no dia-a-dia para executar as
tarefas que fazem bem.
No
cotidiano tem que haver espaços para coisas simples e agradáveis: uma leitura,
uma revista, um programa de TV, um livro, um telefone para um amigo ou uma amiga
de que se está afastado há tempos. Isso para não sair de casa.
Importante
também é sair de casa. Uma visita ao shopping center, ao calçadão, ao mercado,
à feira-livre... Um almoço diferente, um sorvete, as novidades do mercado. Um
encontro com amigos.
Vencer
a monotonia é uma atitude de coragem. As tarefas continuarão as mesmas... Porém
desempenhadas com outro espírito: amor, alegria, prazer e felicidade. A vida
ganha sentido.
Todos
ganham.
Imagem:
Google
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