quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ESPIRITUALIDADE E DOENÇA



O que era tradição e sabedoria popular agora está se tornando motivo de preocupação da medicina ou dela chamando a atenção. É a relação entre espiritualidade e doença, ou melhor, como a cura ou a piora das doenças.

Já são realizados estudos científicos, simpósios e congressos. A ciência tem procurado compreender o mecanismo que faz a interrelação entre a espiritualidade e a saúde física, mental e psicológica das pessoas.

E a novidade mais importante é que esses temas estão saindo do âmbito meramente religioso, confessional, para o interesse geral, abrangendo as pessoas não religiosas.

O que já é certo é que o rancor, o ódio, a raiva, a tristeza, fazem com que o organismo libere determinadas substâncias que diminuem a imunidade, aumentam as taxas de infecção, de câncer, de neoplasias.

Da mesma forma, a hiperexcitação, a agitação, faz incrementar o sistema imunológico, trazendo doenças reumáticas, diabetes e autoimunes.  É lógico que não se pode descartar as origens naturais dessas doenças. O que está chamando a atenção dos estudiosos é a incidência maior dessas doenças em pessoas com tais caracteres psicológicos e espirituais.

Doenças autoimunes são aquelas que o organismo produz anticorpos contra células não doentes e antígenos, impedindo a cura da doença.  Um exemplo é o tratamento dos diabetes, quando os anticorpos atacam justamente a insulina que regula o açúcar produzido pelo pâncreas, agravando a doença. A medicina já listou mais de oitenta doenças autoimunes.

Muito importante: nada substitui a medicina clássica e ortodoxa... Nada de fanatismo...

Mas é muito bom para os profissionais da saúde quando os pacientes colaboram com o trabalho deles. E uma forma de colaborar intensamente com eles é cultivar a espiritualidade, de forma madura, equilibrada e na dose certa.

Cultivar o amor, a bondade, os gestos de caridade, o altruísmo, a oração ao Deus de sua crença, a gratidão diária e constante... A fé... A fé na vida e no trabalho dos profissionais.

Quando insistimos no equilíbrio é porque, o exagero na fé, deixando de lado o caminho natural das coisas também prejudica. Hoje a medicina procura ser cada vez menos invasiva, respeitando a integridade do corpo, que é templo da vida e do Deus Criador. Ela erra, pois é conduzida por mãos humanas, mas jamais é sua intenção. Os abusos quer de profissionais, quer dos planos e sistemas, acontecem pelo mesmo motivo.

A nós cabem, como pacientes e sujeitos desse processo  fazer a nossa parte, com otimismo, alegria, fé (na medida correta). A fé, a sua vivência na sociedade, diviniza o humano e humaniza o divino.


Imagem: Google








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