quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O BÊBADO E A PIZZA


... Da família

Sábado... Ele deve saiu de casa para buscar pizzas para a noite em família. Saiu mais cedo, pois certamente tinha mais algumas intenções.

Em casa a esperança, a alegria, a expectativa da saborosa pizza prometida desde o inicio da semana.

Ele está com duas... Talvez a esposa, dois ou três filhos, sem visitas. Uma reunião simples de família, mas aconchegante. Dever mais que necessário de um pai.

Porém... (Tudo tem um porém!),  entusiasmou-se com a cerveja. Ainda bem que comprou antes as pizzas... Já voltava pra casa, mas a situação era de uma tragédia grega.

Ele tinha mão direita uma lata de cerveja aberta... Na mão esquerda uma sacola com algumas latas cheias... E as pizzas estavam onde?

As pizzas, coitadas, estavam prezas entre o braço esquerdo e o corpo, mas, imaginem (eram semi-prontas, embaladas em caixas, aquelas de marca), dobradas ao meio, iguais cadernos de alunos relaxados.

Sim, sobradas ao meio e prezas junto ao corpo pelo seu braço esquerdo.

Temos facilidades em divertirmos com a infelicidade alheia. Ele estava mal, muito mal, cambaleante... Mas caminhava em direção de sua casa. Semi-lúcido sabia que a esposa e as crianças esperavam por eles e pelas pizzas.

Não sabemos como terminou esta história. Ela está na imaginação. Seu estado de embriaguez total, as cervejas e as pizzas dobradas e provavelmente desmanchadas. As decepções...

Talvez tenha dado tudo certo... A esposa tenha feito uma arrumação e ela e as crianças satisfeitas. Talvez não.

...E o álcool, a bebida, a má companhia, a irresponsabilidade, aprontando mais uma? As marcas indeléveis nas almas de pessoas inocentes, que apenas ansiavam por alguns momentos de alegria.

Até quando? Até quando esta civilização dos grandes feitos tecnológicos continuará refém do vício que amesquinha pessoas e a torna tão escrava!

Lembro-me de uma cena do filme “Paixão de Cristo”, em que Cristo está caído pela terceira vez e uma mulher no meio da multidão que acompanha aquela tragédia humana grita: “Alguém faça isso parar!”

A situação é a mesma. ...Mas, quem?



Imagem: Google

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