quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A VERDADE E A MENTIRA


“Conhecerás e a verdade e a verdade vos libertará...”

Frase enigmática que faz parte do diálogo entre Jesus Cristo e Pôncio Pilatos, narrado nos Evangelhos durante o julgamento de Jesus.

Jesus dá uma ideia de sua missão e das coisas do céu. O ateu Pilatos nada entendeu. Mas Jesus também ensinou que a verdade deve ser componente essencial na vida das pessoas. A verdade liberta, acalma o espírito e principalmente a consciência.

A verdade é tudo aquilo dotado de sinceridade, onde não há lugar para a mentira. Esta, substituindo a verdade mata, todos os relacionamentos. A verdade rima com o que correto, com o que é certo, com o que eticamente lícito.

A verdade absoluta, porém, não existe. Ela está inserida no contexto cultural e histórico da humanidade. Assim, a verdade se torna relativa... Daí a discordância política, religiosa, futebolística, econômica, filosófica, enfim.  

As verdades mudam...  O que não mudam são os valores fundamentais inerentes à condição humana. A ética, por exemplo. A moral é relativa, pois está vinculada à cultura dos povos. A cultura evolui, atualiza-se, pois está à mercê dos novos conhecimentos, da tecnologia, principalmente dos meios de comunicação. A sociedade precisa cuidar dos valores éticos fundamentais para que não sejam suplantados pelos valores culturais. A ética precisa ser preservada,  como verdade que identifica a sociedade no tempo e na história.

No âmbito pessoal a verdade é a chave para relações perfeitas. Nada de falsidade, nada de esconde-esconde. A mentira (ou o fato verdadeiro), aparecerá mais cedo ou mais tarde, e o prejuízo será total para todas as partes envolvidas.

A pior coisa que pode acontecer com uma pessoa é ter sua confiança frustrada por uma mentira, especialmente quando se trata de fatos da vida.

É inadmissível a mentira em qualquer sentido. Não há justificativa e coloca a pessoa mentirosa na lama, com toda a sua história, com toda sua vida. A mentira gera uma mancha inapagável na sua alma. A mentira fere a pessoa que a gerou e fere profundamente a pessoa (ou as pessoas) alvo, mudando radicalmente o relacionamento entre elas.

E se é inadmissível a mentira, a verdade é absolutamente necessária, qualificando os relacionamentos e os tornando perenes.

A perenidade dos relacionamentos não depende unicamente da verdade, mas com certeza a ela é uma de suas bases de sustentação e da liberdade...



Imagem: Google.

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