domingo, 30 de novembro de 2014

RELIGIOSIDADE, PRECEITO E SENTIMENTO


Não resta dúvida de que a religião é muito importante para o ser humano. Difícil dizer que ela é um freio social... Não... Não é isso. Porém a religião, vivida com consciência, com maturidade, com vocação, como fruto de uma escolha, produz na pessoa um sentimento de bem, de fazer o bem, não o mal. A religião é uma ótima conselheira.

A religião leva ao altruísmo, que é a vontade quase inata de contribuir para um mundo melhor, ajudando as pessoas, dedicando-se ao voluntariado. As religiões de índoles cristãs chamam isso de caridade, que é fazer o bem sem ver a quem... Atitudes assim, de fato, tornam o mundo melhor, melhorando as relações interpessoais, reforçando a confiança mútua, algo que tem feito muita falta hoje em dia.

As religiões têm os seus preceitos, que é uma palavra de origem latina, cujo radical é praeceptus e que significa ordem, regra, norma, condição. E lógico que as religiões são sistêmicas e possuem seus preceitos. A adoção desses preceitos estão ligados à posições, opções pessoais e, também, às vocações para o rito, para o culto e para as atividades decorrentes dessas opções...

Tudo isso em tese. Seguir as vocações deve ser um sentimento espontâneo, mas maduro ou em crescimento constante até a dedicação plena. A pratica da religiosidade não deve ser infantilizada, isto é, seguida por obediência cega.  Essa situação pode acontecer na infância, tempo em que as crianças vão aprendendo a seguir as práticas dos adultos como exemplo e modelo. Mas a partir de uma certa idade os passos na religião devem ser próprios, com consciência do livre querer, do livre entendimento.

A religiosidade madura que leva aos cumprimentos dos preceitos por vocação, passa pelo sentimento de realização pessoal, de pertença a um grupo, cujos membros colimam sonhos e buscam objetivos comuns.

Esses sentimentos de pertencimento, de construção mútua são fundamentais na religiosidade. Porque no final das contas o que fica mesmo é a alegria de fazer e a felicidade de realizar. Não a liberdade tolhida, não a obrigatoriedade, não o dever pelo dever. 

Impossível um Deus que tenha em seus planos o sofrimento, o tolhimento de seus seguidores. Todas as religiões pregam o amor. Existe algo mais sublime? Mas o amor, nos seus mais diversos matizes, é uma conquista. Conquistamos o amor a Deus pelo cumprimento livre do preceito, numa relação vertical com Ele... Conquistamos o amor das pessoas pela partilha desse amor relação horizontal, isto espalhando o amor pelas pessoas de nosso relacionamento...

Conquistamos o amor de uma pessoa pela verdade, pela liberdade e, sobretudo pelo respeito que desenvolvemos durante toda a nossa vida. Aprendemos a nos doar, não por parte ou por metade, mas por inteiro. E recebemos da outra parte o inteiro dela.

Assim, juntos, lado a lado, não um sobrepujando ao outro, é possível visualizar no futuro a felicidade vivida no presente.

Graças a Deus!



Imagem: Google.

POEMA DO AMIGO - COM NEI COSTA - RADIALISTA DE LONDRINA PR


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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

"FALSO BRILHANTE" - MÚSICA DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANC - CANTADA POR ELIS REGINA


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TIRE O PÓ...



(Autora Desconhecida)

“Não deixe suas panelas brilharem mais que você!

Não leve a faxina ou o trabalho tão a sério!

Pense que a camada de pó vai proteger a madeira que está por baixo dela! Uma casa só ai virar um lar quando você for capaz de escrever ‘Eu te amo’ sobre os móveis!

Antigamente eu gastava no mínimo 8 horas por semana para manter tudo bem limpo, caso ‘alguém aparecesse para visitar’ – mas depois descobri que ninguém passa ‘por acaso’ para visitar – todos estão muito ocupados, passeando, se divertindo e aproveitando a vida!

E agora, se alguém aparecer de repente? Não tenho que explicar a situação de minha casa a ninguém... As pessoas não estão interessadas em saber o que eu fiquei fazendo o dia todo enquanto elas passeavam se divertiam e aproveitavam a vida...

Caso você ainda não tenha percebido: A VIDA É CURTA... APROVEITE-A!

Tire o pó... Se precisar... Mas não seria melhor pintar um quadro ou escrever uma carta dar um passeio ou visitar um amigo, assar um bolo e lamber a colher suja de massa, plantar e regar umas sementinhas?

Pense muito bem a diferença entre QUERER e PRECISAR!

Tire o pó... Se precisar... Mas você não terá muito tempo livre... Para beber champanhe, nadar na praia (ou na piscina), escalar montanhas, brincar com os cachorros, ouvir música ler livros, cultivar os amigos e aproveitar a vida!

Tire o pó... Se precisar... Mas a vida continua lá fora, o sol iluminando os olhos, o vento agitando os cabelos, um floco de neve, as gotas da chuva caindo mansamente... Pense bem, este dia não voltará jamais!

Tire o pó... Se precisar... Mas não se esqueça que você vai envelhecer e muita coisa não será mais tão fácil de fazer como agora... E quando você partir, como todos nós partiremos um dia, também vai virar pó!

Ninguém vai se lembrar de quantas contas você pagou, nem de sua casa tão limpinha, mas vão se lembrar de sua amizade, de sua alegria e do que você ensinou.

Afinal...

‘... Não é o que você juntou e, sim, o que você espalhou que reflete como você viveu a sua vida””.



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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

AH! OS PENSADORES...


Existe uma atividade humana da qual muita gente participa: o “pensar”. Uns dedicam exclusivamente a ela. Outros pensam, desenvolvem seus sistemas cognitivos, mas se dedicam a outras atividades profissionais.  De uma ou de outra maneira contribuem para a construção do edifício cultural da sociedade.

Pensar todos pensam. Nada do que é feito, de alguma maneira passa pela razão, sede do pensamento. Mas a massacrante maioria pensa utilitariamente, isto é naquilo que vai fazer naquele instante ou no instante seguinte. Poucos pensam mais adiante, menos ainda no futuro.

Clássico é o exemplo dos políticos. Imediatistas e narcisistas, cem por cento pensam na própria imagem, no marketing pessoal e nada ou quase nada no bem comum. Quando o fazem, o bem comum é uma mera retórica incorporada no discurso narcisista.

É apenas m exemplo, um protótipo do acontece em toda a sociedade atual, dominada pelo hedonismo, pelo consumismo, pelo egocentrismo e até pela arrogância.

Mais do que nunca os verdadeiros pensadores fazem falta. Referimo-nos aos pensadores natos, que enxergam para além do horizonte, que compreendem o fator humano na sua centralidade e sabem para qual destino a humanidade caminha. Não falam, pois não são ouvidos.  Se tentam falar, a mídia, dominada pelos donos do poder, não lhe dão voz, se conseguem, são como “Joãos Batistas” clamando no deserto.

Os pensadores natos existem, mas ninguém os conhece. Pertencem à uma geração sombria... E nas sombras das megalópoles são invisíveis. Nas escolas públicas são desconhecidos pois ministram míseras aulinhas por semana. Nas universidades pertencem á velha guarda ou são considerados outsiders, poucos lidos e muito menos consultados.

Os pensadores, cada um com sua ideologia, com seus sistemas de idéias, com sua profunda formação humana, a partir dos clássicos gregos, romanos, medievais, modernos, liberais, socialistas utópicos e materialistas (que muitos consideram ultrapassados, anacrônicos), bem que poderiam fornecer às gerações atuas bases humanas para o pensar e o proceder das pessoas no mundo de hoje.

E o que acontece? A juventude é formada pelo imediatismo, pela banalização, pela fala de compostura, pela falta de humanidade. Nas palestras, divulgadas pela mídia e redes sociais vemos a baixaria, os palavrões, a falta de educação, a falta de conteúdo, a falta de humanismo e humanidade de pretensos pensadores e formadores de opinião. Isso sem falar dos freqüentadores de programas televisivos que se jactam da mesma importância (de formadores de opinião) mas que não passam de meros palcos para o exibicionismo narcisista e mercenario... E nada acrescentam!

Ah! Pensadores, como os senhores fazem falta...

 



Imagem: Google.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SERÁ QUE VAI DAR TEMPO?

Muitos adjetivos são usados pelos especialistas e pretensos entendidos, a respeito das gerações e hoje e do futuro... É a Geração “Y”, a Tecnológica,  a Multifacetada, e outras tantas denominações.

 Não resta dúvida que serão gerações marcadas pela tecnologia.

E ninguém está preocupado com os impactos dos avanços tecnológicos na condição humana. E nem dá para prever alguma coisa. E não resta dúvida, também, que a população jovem de um certo poder aquisitivo para cima está muito feliz com os equipamentos que têm à mão e que lhe permite a comunicação  imediata com o mundo. É a materialização da “Aldeia Global”, preconizada por Marshall McLuhan.

Pelo menos aqueles que podem ter acesso a essa parafernália comunicativa está sendo feliz à sua moda. E é o que importa. E muita gente, que há pouco tempo nem pensava nessas coisas, graças à políticas distributivas e anarcopopulistas dos governos estão tendo, também, acesso a tudo isso. Justiça seja feita: está se fazendo justiça, convenhamos.

Às calendas o crescimento sustentável, a formação profissional, a educação de qualidade, o conhecimento que liberta.

Há muito tempo, um chefe índio americano, ao contemplar a destruição de sua gente, a devastação de sua terra, pensou consigo mesmo: “...Quando o último animal  se for da face da terra, o homem sentirá um profundo vazio em sua alma, pois perceberá que o que aconteceu com os animais, em breve acontecerá com ele também” . (Conforme o livro de Dee Brown: Enterrem meu coração na curva do rio).

O problema é esse... Há mudanças radicais na condição humana, desde o ambiente até a vida pessoal propriamente dita. As próximas gerações serão surdas, pois os fones de ouvidos não são regulamentados e os sons emitidos superam os decibéis máximos recomendados pela Organização Mundial da Saúde. E está provado que quem não ouve não aprende. É um circulo vicioso, quanto mais alto o som ou o barulho menos se ouve. E quem vai ouvir os professores e formadores de opinião se eles são humanamente incapazes de superar os decibéis que os ouvintes estão usando? Às calendas a educação e a formação do povo!

Mais cedo ou mais tarde aquilo que o chefe índio predisse se instalará na alma do povo. Seres humanos foram feitos para a comunicação, para o diálogo, para as amizades, para ação em comum, para o contato pessoal, para o riso, para a união física, não para as banalidades, para ser feliz a partir das coisas simples, como o contemplar de um jardim, para a visão da planície estando no alto da montanha, para ouvir o canto dos pássaros, para curtir uma “boa” música,  para admiração de uma obra de arte, ou simplesmente, vivenciar um silêncio na penumbra de seu quarto.

A questão é quem vai avisar os incautos e, se conseguir, ainda haverá tempo hábil para a reversão dessas coisas?



Imagem: Google

domingo, 23 de novembro de 2014

O CINEMA ONTEM, HOJE E SEMPRE


O cinema é uma das fontes de diversão popular. É também uma mercadoria que precisa ser vendida. Não vamos aqui entrar no mérito de sua história, como começou, como cresceu e se transformar na “indústria” que é hoje.

Interessa-nos as suas linguagens e as maneiras que nos afetam. O cinema, hoje muito mais um programa de televisão, ocupam as pessoas quase a totalidade dos seus sentidos, principalmente a visão, a audição e com muita intensidade a emoção.

O cinema é um veículo de comunicação, portanto. Suas luzes atraem, comovem, emocionam cativam, concentram, pedem silêncio, Nasceu como entretenimento, como diversão. Porém, sua história coincidiu com os períodos das grandes crises do Século XX. Por isso se transformou, também, num forte e intenso meio de propaganda ideológica. Especialmente durante as Grandes Guerras e nos períodos entre elas, onde floresceram os grandes sistemas ideológicos como o capitalismo, o comunismo, o fascismo e o nazismo. No pós-guerra, a Guerra Fria, a Corrida Armamentista, a Corrida Espacial, as guerras localizadas...

O cinema fez parte de todo esse contexto, ora servindo a um dos lados, ora ao outro lado. Ele também teve sua guerra particular, que no fundo era uma guerra de informação.

Hoje, o cinema está a serviço do consumo, portanto do Capitalismo. Nos seus primórdios as produções, inspiradas no teatro e na literatura, beiram a inocência, a infantilidade, o divertimento puro e simples. Com o tempo, mercê das contingências histórias e do avanço tecnológico, suas produções foram se sofisticando e se transformando em indústria pesada, exigindo financiamentos gigantescos e o emprego de milhares de pessoas, especialmente nas especializações exigidas.

Essas sofisticações não pararam apenas nos aparatos produtivos, mas também nas mensagens embutidas subliminarmente. Seus conteúdos continuaram em boa parte direcionada ao divertimento, mas outra boa parte destinada à reflexão adulta, com histórias picantes, conflitos de consciência, retratos cruéis da realidade pessoal. Para esse tipo de filmes, passaram a ser exigida maturidade para vê-lo e compreendê-lo. Daí os filmes adultos, não só pela abordagem sexual, com nudez pura, mas também pelo conteúdo ideológico, político e de transformação social...  Portanto, revolucionária.

Uma coisa é importante para o expectador de cinema refletir: um filme nada mais é uma literatura viva, filmada conforme o pensamento e a ideologia de seu diretor. Em conjunto com o produtor e com o roteirista ele conta uma história a partir de sua visão de mundo. Se eles estão a serviço de um sistema, vão atendê-lo e tentar “fazer” a cabeça do expectador. Se eles não estão vinculados a nenhum grande sistema, tornam-se underground (subterrâneos) e produzem mensagens fortes de transformação, muitas vezes boicotadas pelo mercado. De mundo surgem obras primas, chamadas cinema de arte.

O cinema hoje é popular, popularesco... Mesmo as grandes séries que arrebatam milhões e faturam bilhões (para a vibração do mercado).

O cinema de arte continua sendo feito às duras penas. Tem um papel a cumprir... Para tão poucas pessoas verem, ouvirem e se transformarem...



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"LOUCOS E SANTOS" - POEMA DE OSCAR WILDE - INTERPRETADO POR ANTONIO ABUJAMRA - PROGRAMA PROVOCAÇÕES DA TV CULTURA SP


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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O MEDO, A FOBIA E A FÉ


Não vivemos sem medo. Sem ele já estaríamos mortos...  O medo é o nosso mecanismo defesa, de alerta, que nos avisa o perigo próximo ou iminente. Dar atenção a esses sinais é, antes de tudo preservar a vida, a felicidade, a alegria de viver.

O cérebro comanda os sinais e o corpo fala... A adrenalina sobre, os batimentos cardíacos aceleram, as mãos suam o frio na barriga acontece, a enurese começa, o intestino se descontrola, o suor faz gelar o corpo inteiro. Claro, tudo isso não acontece ao mesmo tempo, mas algumas situações podem se acumular.

O medo é inerente à vida, à saúde è a comunicação do corpo. Não se livra totalmente dele... Assim dizem os especialistas...  Mas, o meto tem lá suas complicações.

O medo é natural, mas pode ser exagerado ou generalizado. Há pessoas que têm medo de saírem às ruas e serem observadas. Outras têm medo de se apresentarem elegantemente e atraírem atenções demais, roubando as cenas. Há pessoas que têm medo do sucesso e por isso serem perseguidas, sequestradas, assassinadas...  Outras ainda, de serem confundidas pela polícia. Esquecem-se de que quem não deve nada pode temer.

O medo pode ser patológico (doentio). A partir daí não é mais medo, é fobia! A fobia é o extremo do medo. A fobia já não defende mais o organismo, paralisa-o. A fobia gera síndromes mais graves com a do Pânico, que torna a vida um inferno. A pessoa necessita urgentemente de tratamento especializado!  A fobia pode não matar, mas suas reações ou conseqüências sim... O excesso de adrenalina pode causar uma parada cardíaca!

Pessoas com medos extremos se tornam antissociais, recolhem-se como caramujos, trancam-se, isolam-se... Deixam de viver. Não deve ser assim. Necessitam mesmo de ajuda externa...

Mas caminhos para vencer o medo (ou os medos!). De novo é o autoconhecimento! Conhecer o seu metabolismo, os seus limites, suas carências... Mas, sobretudo ter consciência de sua força, de sua fé e da certeza de que a vida não é um acaso, mas um milagre, e que vale a pena ser vivida, enfim, não será o medo (ou os medos) a embaçá-la.

Voltamos a enfatizar o fato de que somos humanos, e como tais, concentramos em nós mesmos a dualidade fortaleza e fraqueza.  Quando a fraqueza sobrepuja a fortaleza é hora de pedir ajuda. Nada de errado nisso. É condição humana.

Entretanto, o mais poderoso antídoto ao medo é a fé. Fé em Deus, não importando qual confissão religiosa. Fé na vida... Fé no milagre da vida. Fé na alegria e felicidade de viver. Fé nas pessoas que nos fazem bem, fé no nosso amor, fé na pessoa a quem amamos...

Para saber mais, há uma vasta literatura a respeito, inclusive na internet.



Terminamos com a mensagem do Pastor Dr. Martin Luther King Jr (Foto ao lado): “Um dia o  medo bateu na porta. A fé foi abrir: não tinha ninguém...”






Imagens: Google

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"JAMAIS" - FALAR OU NÃO FALAR


Alguém ama alguém profundamente, com sinceridade, com verdade, o amor próximo do ágape, mas impossível num determinado momento. Não o amor banal, volátil, superficial, irresponsável, do “ficar” (acabou? Está bom...). O objeto desse amor morre e as pessoas não o concretizam na vida real. Aquele que fica, marcado definitivamente pela dor da ausência, da impossibilidade, exclama: “...Jamais amarei outra pessoa!”

“Jamais” é uma palavra muito dura, apesar de eloqüente, que dá um sentido de fortaleza para quem a exprime.

 “Jamais voltarei a esse lugar...”
“Jamais comerei desse prato...”
“Jamais lhe mostrarei o meu rosto novamente...”
“Jamais lhe direi uma única palavra...”
“Jamais... Jamais... Jamais... “

Pessoas reforçam a fidelidade de um amor intensamente vivido, especialmente quando um dos parceiros desapareceu repentinamente. Outras pessoas se fecham, movidas pela mágoa, pelo desengano, pela desesperança, pela anulação de si mesmas.

Mas a vida é uma corrente positiva... vai sempre em frente. E é impossível prever que vai acontecer amanhã. Dá, sim para planejar, mas não garantir que o planejado vai, de fato, acontecer .

Há os processos físicos espaciais e temporais que garantem que a história não se repete. O pêndulo de um relógio de parede vai para um lado e não volta... Ele vai para um lado e vai para o outro lado. Durante o seu trajeto decorrerão alguns segundos e muita coisa já mudou... Portanto, nada é definitivo na vida e o “jamais” não existe. O [único ponto a ponderar é a morte...

Outro ponto a ponderar... Alguém que tenha dito “jamais amarei outro alguém”, mas não está fechada para a vida, pode encontrar um sorriso amigo, um abraço acolhedor, sentir um toque diferente na alma, pode passar a ver a vida de forma tão diferente como jamais tinha visto. Sínteses: é o amor de volta, uma nova alegria de viver... O “jamais” ficou guardado  em algum canto do passado.

“Jamais”, falar ou não falar... Claro que no calor do momento, no ímpeto do desespero, na angústia pela da mágoa ela pode sair... Somos humanos, somos sentimentos, somos alma... Tudo isso é natural.

O tempo passa... Os processos físicos temporais e espaciais nos levam a noutros tantos lugares...  Os encontros e reencontros acontecerão.  A idas e vindas também... As não serão as mesmas... Os lugares também não... O tempo cuida de mudá-los.

E os milagres acontecem... Mesmo para aqueles que não acreditam, Deus pode mandar de volta o amor desejado e perdido. Porém, Deus trabalha do jeito D’Ele... Muitas vezes a nossa pequena humanidade, não nos permite perceber.

Portanto, atenção aos detalhes.



Imagem: Google.

PESSOAS DESCONTÍNUAS

É comum encontrarmos pessoas descontínuas,,,, Aquelas inconstantes, indecisas, que fazem escolhas e se arrependem,... Pessoas inconformadas com a própria sorte, pessoas pessimistas...

Pessoas que procuram emprego numa determinada área e nele não permanecem porque não “gostaram” da atividade.... Pessoas que enfrentam a dura batalha  do vestibular e antes do primeiro ano (ou do segundo semestre) já fala em mudar de curso porque “este não dá, não combina comigo”...

Assim vai acontecendo nos vários campos da atividade humana. Não se fixam em relacionamentos permanentes, pois têm dificuldades em “aceitar” o outro como ele é.  São pessoas egocêntricas, exigentes, detalhistas...

Pessoas que tentam, tentam, tentam e erram, quando não desistem. É preciso acertar de vez em quando.

Sabemos que recomeçar é preciso.  Na grande guerra da vida algumas batalhas não são vencidas. Nesses casos recuar é importante para rever as estratégias tanto de defesa como de ataque. E o processo de desconstruir uma realidade e reconstruí-la com bases nas novas realidades. Assim é a vida de pessoas normais, equilibradas emocionalmente e maduras.

A questão menos importante não é buscar culpados. Famílias desestruturadas, pais ou mães que abandonaram o lar, crises que marcaram a existência. Porém, o mundo está pleno de exemplos de pessoas que superaram dificuldades semelhantes e se tornaram pessoas extraordinárias e se realizaram plenamente na vida.

O que a maioria das pessoas desconhece é que a carência afetiva, o maior dos males que afetam as pessoas imaturas, tem cura no amor que se dá. Não adianta a pessoa carente rolar no chão, gritando que é carente. Ninguém vai acudi-la. O jeito mesmo é ter atitude de oferecer amor, alegria, acolhimento e paz... Gratuitamente.  O retorno vai ser imediato e em quantidade e intensidade muito maior.

Pessoas descontínuas são imaturas, infantilizadas, porque não cresceram ou cresceram apenas fisicamente, não emocionalmente.. Precisam de ajuda.

Mas aí a polemica é grande. Todos sabem que pessoas desequilibradas precisam de ajuda, menos elas próprias. A ajuda externa (de amigos, de parentes, de religiosos, de especialistas) há de ser aceita e desejada por elas mesmas. Nada imposto de fora dará o resultado desejado.

Pessoas descontínuas sofrem, são infelizes e solitárias... O que fazer? Sentar e chorar... E torcer para que elas se reencontrem num determinado trecho da vida.



Imagem: Google.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

SAUDADE - PRESENÇA DO PASSADO


Final de um dia primaveril...  O céu azul indica que os ventos levaram as nuvens brancas para longe.  Sol caminha para o ocaso, fazendo com que o arrebol inunde o horizonte... A noite dá os seus prenúncios. Hoje é o plenilúnio...

O caminheiro poeta está na estrada...  Distante está a cidade  grande... Ele vai para o sertão rever parentes e amigos da infância que não se aventuraram a deixar o rincão querido.  Não é um local inóspito, mas sem os sinais da civilização.  Portanto, de nada adiante os aparelhos celulares, os tablets e smartphones. Eles estão dormindo em sua bagagem.

Já na estrada de chão batido,  Sente a ardência da poeira nas suas narinas e o cheiro penetrante dos  currais. Nas colinas, o gado começa a se acomodar para a noite que se se avizinha. Nas árvores o burburinho dos tico-ticos, canários e outros pássaros que disputam nos galhos o espaço para o seu repouso...

De um lado o sol já escondeu. De outro, o disco prateado  e brilhante da lua começa a despontar, fazendo que a escuridão não seja total... As luzes das casinhas, ao longe, são apenas pontos luminosos, como estrelas amareladas no chão. O caminheiro não teme sua caminhada, ainda que mal conheça a estrada que não percorria há tanto tempo.

Ele contempla a lua em sua plenitude e majestade.  Lua, luz, romantismo saudade... O caminheiro pensa no passado, imagina o que vai acontecer assim que chegar e nos dias que se seguirão: o reencontro com o passado, com as coisas e as gentes que marcaram sua vida até a sua partida para a cidade grande. Pensa na saudade... Por que saudade?

A vida lhe conduziu para caminhos bons, realizações pessoais, sentimentais e profissionais. Saudade como elo de  ligação entre o que foi bom no passado com o que é bom no presente. Saudade, como reconhecimento.  Saudade como gratidão, não como tristeza.

O caminheiro passa por uma pequena floresta, ouve os grilos, os sapos coaxando, os vagalumes pipocando aqui e ali, o silêncio tenso da travessia, enquanto a lua o espia por entre os galhos. Há um enlevo nessa caminhada... A ansiedade pela chegada... Os passos cada vez mais rápidos... O arfar da respiração... Nenhuma viv’alma... Tudo parece dormir... Que mundo é esse, tão diferente da cidade grande?

Saudade... Por que saudade, justamente agora? Sim é a saudade que o move nesse momento. Na sua mente a consciência de que esta poderá sua última visita ao rincão onde nascera... A idade já avança e os compromissos na cidade grande ainda são muitos.

A saudade nos faz caminheiros em busca do passado, para reencontrar as alegrias e os alicerces sobre os quais construímos nossas vidas, nossa felicidade, nossas vitórias, enfim, o que somos no presente.

Contemplemos a lua cheia... Façamos versos bonitos para a pessoa amada. A lua, a saudade, o romantismo, o amor... Tudo isso nos humaniza e nos fazem gentes...

...E é isso que toda a parafernália tecnológica de hoje tenta nos roubar.



Imagem: Google

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

ADORÁVEIS TRANSGRESSÕES


Transgredir é, em última análise,  fazer algo errado, desobedecer as leis e as normas que regem a sociedade. Transgredir é fugir dos padrões costumeiros de um grupo ou de uma instituição.

O transgressor está fora da lei, portanto, é um marginal... Ao transgressor  o rigor da lei e a punição que lhe é devida, isto é a rejeição da sociedade.

Mas, será que transgredir é mesmo um mal? Sim, a transgressão é um mal quando ela compromete vidas. Transgredir as leis e invadir casas para violentar pessoas e roubar-lhes os pertences, é inaceitável... Alcoolizar-se  e dirigir em seguida é colocar em risco a vida quem bebe e de terceiros, também é inaceitável e deve ser reprimido. Da mesma forma o suicídio é um crime, pois é atentar contra a sua própria vida,

Porém, as transgressões não são de todo ruins. Há momentos em que elas são necessárias, pois sem elas o mundo não avança. Toda criatividade tem um “quê” de transgressão. As invenções que mudaram a história da humanidade resultaram de muito trabalho, muito suor, extrema dedicação, persistência e abandonos. De repente alguém assumiu o projeto e com uma pequena transgressão das normas e procedimentos chegou à conclusão que o outro planejava.

A história também está plena de casos em que pessoas que enxergavam para além do seu tempo foram acusadas de loucos e, como tais excluídos da sociedade.  Esses loucos desestabilizavam os donos do poder.  O tempo foi capaz de mostrar que eles estavam certos.  Foram profetas. Sim, os profetas, em qualquer tempo, transgridem, desestabilizam, mas anunciam um tempo novo.  Muitos são calados pela violência. Pouco se sabe sobre eles, pois os donos do poder também têm o condão de cooptar a opinião pública, pois monopolizam os meios de comunicação. Os profetas transgressores estão na periferia dos meios de comunicação.  Eles são, hoje em dia, underground... No devido tempo o mundo sentirá falta de suas verdades.

As adoráveis transgressões têm trânsito em todas as áreas das atividades humanas: arte, cultura (em todas suas manifestações)...  São salvadoras...

Quantos empregos foram salvos pela criatividade... Quantos projetos saíram vencedores pela forma em que foram apresentados... Quantos doutorados foram concedidos quando as bancas ficaram entusiasmadas pela forma em que as teses foram expostas. E quantos mestres, nas próprias defesas de sua teses não só foram aprovadas, mas promovidas a doutores, dada a qualidade e a coragem transgressora com as quais foram defendidas.

Um bom advogado, num golpe de mestre, transgredindo a monotonia dos tribunais pode vencer uma batalha judicial aparentemente impossível... Um jogador de futebol, quando livre para criar, rompe a lei da física e faz um gol decisivo... Um professor criativo se transforma no ícone da sua escola de se torna inesquecível. Um marido, rompendo  a mesmice salva seu casamento, deixa ser um simples marido, candidato a ex e passa a ser o grande marido que sua esposa sempre sonhou... E assim por diante...

Tenham a coragem de transgredir... Para o bem... 



Imagem: Google

terça-feira, 11 de novembro de 2014

TRIPUDIAR

Ocorreu-nos uma reflexão sobre esta expressão, algumas vezes utilizada especialmente em discursos políticos... Percebemos que apesar de pouco falada o seu significado, a ação que define e representa está fortemente presente no nosso cotidiano.

Não só os políticos fazem isso (descaradamente), mas muitas pessoas tripudiam constantemente, sem se dar conta do que isso representa de prejuízo para os demais.

Em linhas gerais, de acordo com os dicionários, tripudiar é zombar, escarnecer, humilhar, desrespeitar, menosprezar, contar vantagem, cantar vitórias, engrandecer-se, enfim querer se aparecer... Como diriam alguns: “...achar-se a última bolacha recheada do pacote”, ou “...A bala que matou Getúlio”.

A expressão etimologicamente está ligada ao radical grego da palavra “pé”, “podos”... Daí as expressões “podologia” ou “podólogo”. Os gregos sinalizavam com três batidas com o pé quando desejavam se afastar ou se livrar de uma pessoa.

Vista assim, tripudiar, ainda que inconscientemente (?), é muito grave. Pessoas não foram feitas para serem humilhadas, desconsideradas ou excluídas de qualquer processo. Democracia é a ciência da inclusão. E isso vale tanto para uma visão macro (processos políticos, econômicos, socioculturais e religiosos), como para a micro-visão, o mundo das relações sociais e interpessoais: círculos de amizade, convívio conjugal, ambientes empresariais, clubes, vizinhos, condôminos, enfim.

As torcidas de times de futebol tripudiam sempre. Elas, quando agrupadas em “organizadas”, se tornam violentas, tripudiam sobre aqueles que apenas querem se divertir, extravazar sua alegria...

E assim essa praga se espalha, como nas manifestações de rua, em que pessoas bem intencionadas apenas querem demonstrar sua insatisfação e, de alguma forma, promover a conscientização política da população, mas eis que surgem os vândalos, os quais tripudiando sobre as pessoas de bem promovem a anarquia, a bagunça, a destruição dos bens públicos e particulares, descaracterizando aquilo que de princípio era bom.

E é extremamente chata a existência de pessoas arrogantes no meio social. Ridículas, estapafúrdias, grotescas, elas detonam ambientes agradáveis e felizes, justamente porque tripudiam sobre as demais pessoas.

Que tal acordar para essa realidade. Onde estamos? Que apito tocamos? Sobre quem tripudiamos?

Que os travesseiros nos ajudem a encontrar as respostas...


Imagem: Google


domingo, 9 de novembro de 2014

FINITUDE E IMORTALIDADE



Temos insistido neste blog sobre o tema da vida e que ela tenha sentido. A vida é uma linha que liga o inicio ao fim, o “alfa” ao “ômega”, a concepção à morte. Porém nesse intervalo, que é a existência, tudo precisa ser feito para que essa travessia não seja em vão. É preciso fazer acontecer, construir uma história.

Importante a frase Goethe no Portal Vozes dando conta que “A vida é a infância da imortalidade”, que nos faz refletir sobre a passagem dessa ponte.

Para as pessoas religiosas a imortalidade é a vida eterna, a salvação da alma, o gozo do paraíso, após uma vida dedicada ao bem, ao amor, à caridade, ao respeito aos outros, uma vida sem pecado, enfim. Nada mais justo, nada mais respeitável, o direito da livre escolha da confissão religiosa e do cumprimento dos seus preceitos. A religião é fundamental para paz interior da pessoa, paz que se projeta na sociedade e constrói um mundo melhor.

Onde há seres humanos matando indiscriminadamente seres humanos, falta religiosidade, falta amor, falta paz. A travessia fica muito mais dura, muito mais desumana.

Para quem sofre a finitude, ou a morte, é uma esperança de felicidade numa outra dimensão, onde se poderá viver a imortalidade.

Sim, religiosidade nos limites da normalidade, sem extremismos.

Entretanto, é preciso, também, pensar na imortalidade aqui mesmo na terra. A imortalidade rima com o “fazer história”, que rima com o contribuir para o bem da pessoa ou pessoas a quem amamos e, se possível, numa perspectiva maior, para o bem comum.

A finitude da vida é uma certeza absoluta. A imortalidade para os místicos depende da vivência da religiosidade e do juízo final. A imortalidade na terra depende unica e exclusivamente da opção de vida, do processo de amadurecimento, das sementes plantadas...

Jesus Cristo garantiu que quando um grupo de pessoas se junta para divulgar o nome dele, ele garante presença nesse grupo. Da mesma forma que quando o mesmo grupo discute o bem comum ali se está fazendo a política no bom sentido e nesse grupo alguém está assumindo a liderança... Pois é, é nesse último quesito que está a essência do fazer acontecer, do fazer história, do construir a imortalidade.

O líder pode ser uma condição inata, quando já nasce feito. Mas é, também, uma virtude adquirida ao longo da vida, forjada nas dificuldades, nos sofrimentos, mas na certeza dos objetivos estabelecidos, os quais podem ser nos campos: religioso, profissional, esportivo, conjugal, artístico, cultural, literário, educacional ou em qualquer outro de interesse social.

Viver é isso: construir passo a passo a imortalidade tanto na terra quanto no céu. Assim terá valido a pena o amor que nos gerou e, melhor ainda, terá valido a pena ter vivido essa maravilhosa travessia...



Imagem: Google

QUERO MÚSICA... QUERO "BOLERO" DE RAVEL

Quero música
Para meus ouvidos já cansados de tanto barulho dessa civilização maluca, com seus sons estúpidos que me ensurdecem.  Música que suaviza, que acalma que me faz sentir gente...

Quero música
Com melodia, mas que as letras... Quero o toque na alma... Quero a qualidade dos instrumentos... Quero a leveza das mãos... Quero a suavidade dos sons...

Quero música
Que me faça viajar por mundos nunca dantes conhecidos... Mundos que talvez não existam... Mundos que foram concebidos pelas mentes superiores dos compositores de verdade...

Quero música
A arte pela arte... A música pela musica... Deus se humanizando...  Seres humanos se divinizando... Música arte que faz o equilíbrio entre o céu e a terra... Um mundo superior.

Quero música
Porque preciso descansar... Sinto as dores do parto... Preciso da força que vem do espírito... Quero a musica que fortalece o espírito, inunda a alma e faz a alegria dos amantes.

Quero música
Musica é comunicação acima do humano... Quem ama sofre da pobreza do vocabulário... Por isso canta... Por isso compõe... Por isso declama... Como o pássaro que gorjeia alegremente incentivando a amada a permanecer firme no ninho para que os filhotes nasçam...  Os pássaros cantam o futuro...

Quero música
Quero pensar no futuro... Não lamentar o passado... Quero ser forte no presente... Amar no presente... Viver o presente... Só assim construirei o futuro... Quero embalar minha amada ao ritmo da suavidade da não pressa, ao som da melhor música dos anjos.

Quero música
Não fuga... Inquietude... Não sossego... Paz... Não tribulação... Vontade... Não acomodação... Estar junto com meu amor... Não saudade... Música como elo da corrente entre corações...  O meu coração com o coração do meu amor... Fusão siamesa, fundida pelos acordes de uma divina canção.

Quero música
A felicidade plena.., Em pleno burburinho dos apressados e inquietos... Onde a música faz a adrenalina crescer... A surdez aparecer...  O egoísmo aflorar... A vida mudar de sentido... Encurtar-se numa anti-vida.

Quero música

Para os meus ouvidos e minha alma... Para os ouvidos e para a alma do meu amor...

QUERO MÚSICA... 
QUERO "BOLERO" DE RAVEL
Vídeo: YouTube

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

UNIDADE NA DIVERSIDADE


Uma comunidade é feita de pessoas... Pessoas são únicas, indivisíveis... (Por isso indivíduo)

Psiquiatras, psicólogos, biólogos e afins tentam classificar os seres humanos, agrupando-os em tipos, biótipos, etnias e outros, mas permanece o “mistério” (ou o milagre) da individualidade.

Pessoas são únicas... Cada uma tem sua história, suas emoções e sentimentos, seus desejos, suas expectativas, seus projetos, seus sonhos. Em cada pessoa há uma carga tristeza, frustrações, alegrias, muitas vitórias e algumas derrotas... E acontecimentos que determinaram mudanças radicais em suas vidas...

Pessoas são únicas... Mas não vivem, muitos sobrevivem sós... Daí a família, a comunidade, a amizade, a ajuda mútua, a interdependência... A unidade na diversidade!

Desafio não só para os líderes, mas para todos... O desafio da leitura e da compreensão da individualidade que precisa ser respeitada e valorizada.

Sim, vale para todos... É regra de outro para que a convivência, paz e harmonia social aconteça e os fins últimos sejam alcançados. Vale para a família, para o ambiente de trabalho, para clubes socioesportivos, igrejas de qualquer credo. De novo: não serve apenas para os líderes, mas para todos indistintamente.

Algumas pessoas se fixam em determinadas idéias e tentam “reduzir” as demais ao nível de seu pensamento, enquadrando-as na sua foram de pensar. Agir assim não é respeitar a diversidade. É o fanatismo, a heresia...

Pessoas religiosas dizem que a sua religião é a única e que fora dela não há salvação... Em política, a ideologia fala mais alto e não há respeito  pelas idéias alheias...  Assim acontece em todos os campos do conhecimento e da cultura humanas.

Fazer a unidade de propósitos e a instituição crescer, construir sua história, contribuir para o bem comum, para a felicidade geral, respeitar a diversidade do ser pessoa, os dons, os valores, a cultura... Transformar as características de cada um em potencialidade de realização... Eis os desafios do mundo moderno,,,

...E surge a grande e inquietante pergunta: como compreender tudo isso se uma das verdades do mundo moderno é a banalização?

Estamos inquietos...




Imagem: Google.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

BRAÇOS CRUZADOS



Quando falamos em “braços cruzados” logo vem à mente a ideia de greve. Tal grupo de trabalhadores ou trabalhadores de determinada empresa “cruzaram os braços”, estão em greve por tais e tais motivos.

Sem entrar no mérito da legalidade ou não de uma greve, “cruzar os braços” pode dizer muita coisa ou emitir uma série de recados e sinais.

É uma linguagem corporal, e os psicólogos selecionadores (recrutadores) se utilizam dessa linguagem como uma das ferramentas para determinar se aquela pessoa é indicada ou para a função que estão procurando.

É muito comum uma criança “cruzar os braços” numa atitude de rebeldia, bronca, birra...

Num diálogo social, a postura de “cruzar os braços” indica ou sinaliza a indisposição de aceitar a opinião alheia.

Em qualquer situação, conversas, ambientes como o de festas, confraternizações, reuniões religiosas, o ato instintivo de “cruzar os braços” emite o sinal de alerta de que algo está errado e aquela pessoa não está se sentindo bem ou inadequada naquele lugar.

“Cruzar os braços” é uma postura voluntária quando se trata de situações com como as greves. E é comum numa assembléia sindical os trabalhadores presentes se postarem diante dos discursos de braços literalmente cruzados. Nos movimentos mais radicais a pré-disposição é de, inicialmente, não aceitar qualquer proposta, não dialogar, manter a greve para mostrar aos patrões o quanto são (ou estão) fortes... E com isso obter deles o que querem.

No demais da vida também é assim. Porém, a atitude é mais instintiva, involuntária e espontânea, pois faz parte das características individuais e específicas das pessoas.

Não resta dúvida que as pessoas com essas características precisam se cuidar. “Cruzar os braços”, dificultar um diálogo, dando dicas negativas a um selecionador (em caso de entrevista de emprego, por exemplo), é-lhes prejudicial e fecham portas.

Portanto, atenção aos conselhos de pessoas bem mais vividas e especialistas em relações interpessoais. Descruzar sempre os braços, se policiar em relação a isso. Sempre que notar que está de “braços cruzados”, descruze-os... Treine isso...

Perceba que com os braços abertos é muito mais fácil acolher, abraçar, ser receptivo, esbanjar alegria...

... E abrir portas!



Imagem: Google.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

COBRAS - SER OU NÃO SER


Falar em cobra, serpente, logo vem aquele arrepio do animal peçonhento, sinônimo de veneno e de morte. Todos conhecemos pessoas que tem pesadelos terríveis quando apenas ouve a palavra  que lembra esse animal rastejante

As histórias são muitas... Há misticismo e um amplo espectro mítico envolvendo esse animal. Todas as civilizações, desde as pré-históricas até as atuais, têm algum simbolismo relativo a ele. Cobra ou serpente dá medo!

Na verdade a cobra é um elemento essencial na natureza como equilíbrio fator de equilíbrio natural ou na cadeia de alimentos. Vamos imaginar a situação hipotética da eliminação de todas as cobras da natureza... O que irá acontecer? Uma verdadeira tragédia, pois cobras se alimentam de ratos! (...E de outros) E o seu veneno é matéria prima de uma gama muito grande de medicamentos que salvam vidas e é ainda muito pouco estudado.

O grande mito da cobra está na Bíblia, onde ela está diretamente ligada ao mal, ao demônio. Como o Cristianismo avançou pelo mundo inteiro, a cobra está estigmatizada no imaginário popular em todos os lugares e cultura.

E acabou até virando motivo de piadas ridicularizantes.

Pessoas tachadas como cobras são perigosas. Nas redes sociais circulam constantemente mensagens de gostos duvidosos relacionando pessoas invejosas, ambiciosas e maldosas como “cobras criadas”.

Mas a grande verdade é que cobras simbolizam a vida nos seus extremos, a renovação e a morte. Quando alguém é picado, se não socorrido a tempo morre.

A cobra constantemente renova sua pele, simbolizando o recomeço... A cada pele nova, uma nova vida.

Cobras requerem dos humanos vigilância constante. As cobras não atacam pelo simples gesto ou prazer de atacar. Elas o fazem quando se sentem ameaçadas, encurraladas, por instinto de defesa. Mas como são rasteiras e sempre se confundem com a vegetação são difíceis de serem notadas.

Opiniões coletivas não são falsas... Ser cobra, humanamente falando, não é um bom sintoma. É, sim, um convite à reflexão. Repensar a maneira de ser, agir, pensar e falar é uma boa alternativa para se livrar dessa pecha.

E motivo de piadas sem graça...


Imagem: Google.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

SURPRESAS DA VIDA


É praticamente impossível estabelecer uma linha contínua para a evolução da vida. Como temos refletido aqui, podemos estabelecer projetos, colimar sonhos, mas jamais ter a garantia de que tudo vá acontecer conforme o previsto.

A vida é cheia de surpresas, o que a torna bela e emocionante... Há as surpresas boas, que fazem a nossa alegria... Há as surpresas desagradáveis, tristes para as quais não estamos preparados como devíamos.  Também, não podemos viver pensando que no instante seguinte vai acontecer algo desagradável ou trágico... Isso é paranóia.

Da mesma forma, não podemos nos empolgar de tal forma com a alegria, que pode nos cegar, pensando que ela será uma constante no nosso viver.

Temos, sim, é que nos amadurecer no tempo certo para estamos sempre fortalecidos, não só para as alegrias como também para as tristezas... E para as surpresas!

Quantas pessoas, no auge da sua alegria, sofrem o impacto de algo desagradável. Porém, logo em seguida algo bom acontece que minimiza o efeito ou mesmo reverte “aquela” tristeza.

Por outro lado, quantas coisas boas nos podem acontecer em momentos de “escuridão”, preocupações principalmente em relação à saúde e ao futuro. Um bom professor pode encontrar um ex-aluno em momento estratégico de sua vida e esse aluno lhe abrir uma porta de alegria, consolo e esperança...

O verdadeiro pobre é aquele que mesmo na necessidade plena não pede ajuda, conforme ensinou São Vicente de Paulo e é uma grande verdade. Gente assim tem plena confiança na providência divina. E ela chega.  Muitas histórias se ouvem à “boca pequena”, em que famílias inteiras, com despensa vazia e tendo como esperança apenas a força da oração, de repente, do nada, aparecem os suprimentos. Surpresas extremamente agradáveis para os fortes na fé.

A fé é assim: para quem acredita nenhuma explicação é necessária... Para quem não acredita nenhuma explicação é possível.

Portanto, o segredo é o amadurecimento, o fortalecimento moral e ético (as duas coisas são diferentes) e jamais perder a fé, mesmo em situações extremas. Quando alegres e felizes é preciso confiar, cuidar-se e batalhar para que este estado nunca termine. Quando tristes, a postura é a mesma para que tais momentos passem e se transformem em alegria.

E o mais importante: as surpresas da vida, em quaisquer circunstâncias contribuem para o nosso crescimento. Assim sendo, elas são sempre bem-vindas!

Assim, segue o trem da história...



Imagem: Google.