quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SERÁ QUE VAI DAR TEMPO?

Muitos adjetivos são usados pelos especialistas e pretensos entendidos, a respeito das gerações e hoje e do futuro... É a Geração “Y”, a Tecnológica,  a Multifacetada, e outras tantas denominações.

 Não resta dúvida que serão gerações marcadas pela tecnologia.

E ninguém está preocupado com os impactos dos avanços tecnológicos na condição humana. E nem dá para prever alguma coisa. E não resta dúvida, também, que a população jovem de um certo poder aquisitivo para cima está muito feliz com os equipamentos que têm à mão e que lhe permite a comunicação  imediata com o mundo. É a materialização da “Aldeia Global”, preconizada por Marshall McLuhan.

Pelo menos aqueles que podem ter acesso a essa parafernália comunicativa está sendo feliz à sua moda. E é o que importa. E muita gente, que há pouco tempo nem pensava nessas coisas, graças à políticas distributivas e anarcopopulistas dos governos estão tendo, também, acesso a tudo isso. Justiça seja feita: está se fazendo justiça, convenhamos.

Às calendas o crescimento sustentável, a formação profissional, a educação de qualidade, o conhecimento que liberta.

Há muito tempo, um chefe índio americano, ao contemplar a destruição de sua gente, a devastação de sua terra, pensou consigo mesmo: “...Quando o último animal  se for da face da terra, o homem sentirá um profundo vazio em sua alma, pois perceberá que o que aconteceu com os animais, em breve acontecerá com ele também” . (Conforme o livro de Dee Brown: Enterrem meu coração na curva do rio).

O problema é esse... Há mudanças radicais na condição humana, desde o ambiente até a vida pessoal propriamente dita. As próximas gerações serão surdas, pois os fones de ouvidos não são regulamentados e os sons emitidos superam os decibéis máximos recomendados pela Organização Mundial da Saúde. E está provado que quem não ouve não aprende. É um circulo vicioso, quanto mais alto o som ou o barulho menos se ouve. E quem vai ouvir os professores e formadores de opinião se eles são humanamente incapazes de superar os decibéis que os ouvintes estão usando? Às calendas a educação e a formação do povo!

Mais cedo ou mais tarde aquilo que o chefe índio predisse se instalará na alma do povo. Seres humanos foram feitos para a comunicação, para o diálogo, para as amizades, para ação em comum, para o contato pessoal, para o riso, para a união física, não para as banalidades, para ser feliz a partir das coisas simples, como o contemplar de um jardim, para a visão da planície estando no alto da montanha, para ouvir o canto dos pássaros, para curtir uma “boa” música,  para admiração de uma obra de arte, ou simplesmente, vivenciar um silêncio na penumbra de seu quarto.

A questão é quem vai avisar os incautos e, se conseguir, ainda haverá tempo hábil para a reversão dessas coisas?



Imagem: Google

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