domingo, 30 de novembro de 2014

RELIGIOSIDADE, PRECEITO E SENTIMENTO


Não resta dúvida de que a religião é muito importante para o ser humano. Difícil dizer que ela é um freio social... Não... Não é isso. Porém a religião, vivida com consciência, com maturidade, com vocação, como fruto de uma escolha, produz na pessoa um sentimento de bem, de fazer o bem, não o mal. A religião é uma ótima conselheira.

A religião leva ao altruísmo, que é a vontade quase inata de contribuir para um mundo melhor, ajudando as pessoas, dedicando-se ao voluntariado. As religiões de índoles cristãs chamam isso de caridade, que é fazer o bem sem ver a quem... Atitudes assim, de fato, tornam o mundo melhor, melhorando as relações interpessoais, reforçando a confiança mútua, algo que tem feito muita falta hoje em dia.

As religiões têm os seus preceitos, que é uma palavra de origem latina, cujo radical é praeceptus e que significa ordem, regra, norma, condição. E lógico que as religiões são sistêmicas e possuem seus preceitos. A adoção desses preceitos estão ligados à posições, opções pessoais e, também, às vocações para o rito, para o culto e para as atividades decorrentes dessas opções...

Tudo isso em tese. Seguir as vocações deve ser um sentimento espontâneo, mas maduro ou em crescimento constante até a dedicação plena. A pratica da religiosidade não deve ser infantilizada, isto é, seguida por obediência cega.  Essa situação pode acontecer na infância, tempo em que as crianças vão aprendendo a seguir as práticas dos adultos como exemplo e modelo. Mas a partir de uma certa idade os passos na religião devem ser próprios, com consciência do livre querer, do livre entendimento.

A religiosidade madura que leva aos cumprimentos dos preceitos por vocação, passa pelo sentimento de realização pessoal, de pertença a um grupo, cujos membros colimam sonhos e buscam objetivos comuns.

Esses sentimentos de pertencimento, de construção mútua são fundamentais na religiosidade. Porque no final das contas o que fica mesmo é a alegria de fazer e a felicidade de realizar. Não a liberdade tolhida, não a obrigatoriedade, não o dever pelo dever. 

Impossível um Deus que tenha em seus planos o sofrimento, o tolhimento de seus seguidores. Todas as religiões pregam o amor. Existe algo mais sublime? Mas o amor, nos seus mais diversos matizes, é uma conquista. Conquistamos o amor a Deus pelo cumprimento livre do preceito, numa relação vertical com Ele... Conquistamos o amor das pessoas pela partilha desse amor relação horizontal, isto espalhando o amor pelas pessoas de nosso relacionamento...

Conquistamos o amor de uma pessoa pela verdade, pela liberdade e, sobretudo pelo respeito que desenvolvemos durante toda a nossa vida. Aprendemos a nos doar, não por parte ou por metade, mas por inteiro. E recebemos da outra parte o inteiro dela.

Assim, juntos, lado a lado, não um sobrepujando ao outro, é possível visualizar no futuro a felicidade vivida no presente.

Graças a Deus!



Imagem: Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário