quinta-feira, 27 de novembro de 2014

AH! OS PENSADORES...


Existe uma atividade humana da qual muita gente participa: o “pensar”. Uns dedicam exclusivamente a ela. Outros pensam, desenvolvem seus sistemas cognitivos, mas se dedicam a outras atividades profissionais.  De uma ou de outra maneira contribuem para a construção do edifício cultural da sociedade.

Pensar todos pensam. Nada do que é feito, de alguma maneira passa pela razão, sede do pensamento. Mas a massacrante maioria pensa utilitariamente, isto é naquilo que vai fazer naquele instante ou no instante seguinte. Poucos pensam mais adiante, menos ainda no futuro.

Clássico é o exemplo dos políticos. Imediatistas e narcisistas, cem por cento pensam na própria imagem, no marketing pessoal e nada ou quase nada no bem comum. Quando o fazem, o bem comum é uma mera retórica incorporada no discurso narcisista.

É apenas m exemplo, um protótipo do acontece em toda a sociedade atual, dominada pelo hedonismo, pelo consumismo, pelo egocentrismo e até pela arrogância.

Mais do que nunca os verdadeiros pensadores fazem falta. Referimo-nos aos pensadores natos, que enxergam para além do horizonte, que compreendem o fator humano na sua centralidade e sabem para qual destino a humanidade caminha. Não falam, pois não são ouvidos.  Se tentam falar, a mídia, dominada pelos donos do poder, não lhe dão voz, se conseguem, são como “Joãos Batistas” clamando no deserto.

Os pensadores natos existem, mas ninguém os conhece. Pertencem à uma geração sombria... E nas sombras das megalópoles são invisíveis. Nas escolas públicas são desconhecidos pois ministram míseras aulinhas por semana. Nas universidades pertencem á velha guarda ou são considerados outsiders, poucos lidos e muito menos consultados.

Os pensadores, cada um com sua ideologia, com seus sistemas de idéias, com sua profunda formação humana, a partir dos clássicos gregos, romanos, medievais, modernos, liberais, socialistas utópicos e materialistas (que muitos consideram ultrapassados, anacrônicos), bem que poderiam fornecer às gerações atuas bases humanas para o pensar e o proceder das pessoas no mundo de hoje.

E o que acontece? A juventude é formada pelo imediatismo, pela banalização, pela fala de compostura, pela falta de humanidade. Nas palestras, divulgadas pela mídia e redes sociais vemos a baixaria, os palavrões, a falta de educação, a falta de conteúdo, a falta de humanismo e humanidade de pretensos pensadores e formadores de opinião. Isso sem falar dos freqüentadores de programas televisivos que se jactam da mesma importância (de formadores de opinião) mas que não passam de meros palcos para o exibicionismo narcisista e mercenario... E nada acrescentam!

Ah! Pensadores, como os senhores fazem falta...

 



Imagem: Google.

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