domingo, 23 de novembro de 2014

O CINEMA ONTEM, HOJE E SEMPRE


O cinema é uma das fontes de diversão popular. É também uma mercadoria que precisa ser vendida. Não vamos aqui entrar no mérito de sua história, como começou, como cresceu e se transformar na “indústria” que é hoje.

Interessa-nos as suas linguagens e as maneiras que nos afetam. O cinema, hoje muito mais um programa de televisão, ocupam as pessoas quase a totalidade dos seus sentidos, principalmente a visão, a audição e com muita intensidade a emoção.

O cinema é um veículo de comunicação, portanto. Suas luzes atraem, comovem, emocionam cativam, concentram, pedem silêncio, Nasceu como entretenimento, como diversão. Porém, sua história coincidiu com os períodos das grandes crises do Século XX. Por isso se transformou, também, num forte e intenso meio de propaganda ideológica. Especialmente durante as Grandes Guerras e nos períodos entre elas, onde floresceram os grandes sistemas ideológicos como o capitalismo, o comunismo, o fascismo e o nazismo. No pós-guerra, a Guerra Fria, a Corrida Armamentista, a Corrida Espacial, as guerras localizadas...

O cinema fez parte de todo esse contexto, ora servindo a um dos lados, ora ao outro lado. Ele também teve sua guerra particular, que no fundo era uma guerra de informação.

Hoje, o cinema está a serviço do consumo, portanto do Capitalismo. Nos seus primórdios as produções, inspiradas no teatro e na literatura, beiram a inocência, a infantilidade, o divertimento puro e simples. Com o tempo, mercê das contingências histórias e do avanço tecnológico, suas produções foram se sofisticando e se transformando em indústria pesada, exigindo financiamentos gigantescos e o emprego de milhares de pessoas, especialmente nas especializações exigidas.

Essas sofisticações não pararam apenas nos aparatos produtivos, mas também nas mensagens embutidas subliminarmente. Seus conteúdos continuaram em boa parte direcionada ao divertimento, mas outra boa parte destinada à reflexão adulta, com histórias picantes, conflitos de consciência, retratos cruéis da realidade pessoal. Para esse tipo de filmes, passaram a ser exigida maturidade para vê-lo e compreendê-lo. Daí os filmes adultos, não só pela abordagem sexual, com nudez pura, mas também pelo conteúdo ideológico, político e de transformação social...  Portanto, revolucionária.

Uma coisa é importante para o expectador de cinema refletir: um filme nada mais é uma literatura viva, filmada conforme o pensamento e a ideologia de seu diretor. Em conjunto com o produtor e com o roteirista ele conta uma história a partir de sua visão de mundo. Se eles estão a serviço de um sistema, vão atendê-lo e tentar “fazer” a cabeça do expectador. Se eles não estão vinculados a nenhum grande sistema, tornam-se underground (subterrâneos) e produzem mensagens fortes de transformação, muitas vezes boicotadas pelo mercado. De mundo surgem obras primas, chamadas cinema de arte.

O cinema hoje é popular, popularesco... Mesmo as grandes séries que arrebatam milhões e faturam bilhões (para a vibração do mercado).

O cinema de arte continua sendo feito às duras penas. Tem um papel a cumprir... Para tão poucas pessoas verem, ouvirem e se transformarem...



Imagem: Google

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