quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

OBSERVAÇÕES SOBRE A FÉ


Pois é o que é fé? Todos têm fé? Alguém está isento da fé? De onde vem? Para onde vai?

Não é nosso propósito fazer um tratado sobre a fé, apenas uma reflexão, a partir da necessidade de ter fé, menos de manifestá-la em público, como  missionários. Não é nossa intenção fazer proselitismo...

De uma maneira ou outra todos têm fé... Mesmo aqueles que conscientemente manifestam a sua não-fé, estão, sim, acreditando, tendo fé, que não acreditam na fé. Claro que é um pequeno jogo de palavras, pois estamos nos referindo àqueles que, sendo ateus, combatem os que  desenvolvem a fé religiosa.

Na raiz etmológica da palavra “fé” estão: os gregos com “pistia”, que significa confiança, firme convencimento no acreditar; e os romanos que nos legou “fides”,  com fidelidade, ser fiel, acreditar, confiar, crer em algo mesmo sem ver.

Daí o famoso episódio do encontro de Cristo, já Ressuscitado, com o apóstolo Tomé. Praticamente todos os demais apóstolos já tinham tido algum tipo de contato com o Jesus, menos Tome. Este dizia mais ou menos assim: “Só acredito vendo! Só acredito e tocar nas suas feridas, ver o buraco da lança e os sinais dos cravos”. Jesus dá um “puxão de orelha nele... Venha cá Tome, toque aqui e creia. Porem... Bem aventurados os que crêem se ver e sem tocar...”

Esse “affair” de Jesus com Tomé, que em alguns lugares se transformou em folclore, é significativo para a importância da fé como um estado de espírito para a caminhada da vida. Fé é uma disposição interior que dá força para a superação de obstáculos.

Nenhum passo deve ser dado, se não estiver seguro do chão em que vai pisar...

Nenhuma decisão deve ser tomada, se houver um resquício de dúvida se a decisão é certa. A dúvida é o oposto da fé.

Nenhuma palavra deve ser proferida se ela não passar pela consciência e pela balança da fé. Deve ser pensada e avaliada: “Acredito no que vou falar”?

Na vida tudo é assim... Uma das piores expressões que se pode ouvir de alguém é: “Não sei o quê estou fazendo aqui”!

O médico deve inspirar com confiança, Assim como o advogado, o motorista do ônibus, o pastor, o padre... A igreja, a confissão religiosa, o partido político, o time de futebol...

Tudo nos limites do razoável, sem exageros, fanatismos, alienações... Fé sem razão é infantilidade e castração. Ninguém vai escancarar as portas da casa, com uma TV moderníssima de 40’ à vista e “ter fé” que o ladrão não vai entrar... Assim deve ser também com o coração.

Fé, você tem? É razoável? Então... Vá em frente!



Imagem: Google.

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