segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PERTENCER A SI MESMO


Uma das mais belas características do ser humano é a convivência, a pertença, isto é a participação social em grupos. Já se percebeu isso desde a pré-história, os humanos não vivem e não sobrevivem sozinhos.

É nos grupos, pela afinidade de gostos, de características, de sonhos, de perspectivas que o indivíduo se realizada como gente, sobretudo pessoalmente.

Mas pertencer a grupos e celebrar sua realização é assim tão fácil.  Não se entra nos grupos só porque tem afinidade com ele. É uma estrada, um caminho de mão dupla. Aceitação de ambos os lados. São necessárias adequações... Uns mais, outros menos... Há grupos afins, muitas vezes são rígidos e cedem pouco. As pessoas precisam se conformar, se adaptar... Caso contrário, o grupo simples rejeita, ou até mesmo ignorar as pessoas.

Os grupos são variados e de quantidades infinitas.  Vai desde os grupos em as pessoas pescam juntas, bebem juntas periodicamente, ou simplesmente saem juntas para caminhar ou andar de bicicleta.

São mais intensos os grupos religiosos. Aqueles que se unem para os ofícios pertencentes à fé que praticam. Qualquer deslize ou comportamentos inadequados leva à rejeição.

Assim, antes de aderir a um grupo torna-se necessária uma autoavaliação, no sentido de se descobrir realmente se é isso mesmo que quer.

O grande movimento, a grande conquista é o da conquista de si mesmo, da sua verdade, da sua realidade. A melhor descoberta é a de que a pessoa só contribui para a felicidade dos outros, se realmente é feliz consigo mesma, se a pessoa se aceita como ela é, se é realmente feliz. Não se vive bem quando se vive de forma submissa... Submissa à vontade de outra ou de outras pessoas.

Talvez seja essa descoberta que levou o pensador Friedrich Nietzsche, a escrever a frase, estampada na ilustração acima: “Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo”.

Nietzsche não faz apologia à solidão. O que ele ensina é que pertencer a si mesmo é completar-se, crescer, amadurecer, para que possa integrar-se inteiro nos grupos sociais ou de convivência. Como já dissemos aqui, ninguém é (ou deve ser) metade, para ser feliz pela metade, construir pela metade, contribuir pela metade.

Quem é metade morre mais cedo, ainda que se mantenha vivo.

Portanto, custe o que custar, busque o autoconhecimento, cresça e conquiste a sua liberdade de ser você mesmo... Depois disso, pode pertencer aos grupos que quiser... E o que virá pela frente será pura emoção!


Imagem: Google.

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