terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

MODELOS DE VIDA... (SALVAR OU DESTRUIR O PLANETA?)

Revendo a História dos grandes modelos de vida e suas biografias, podemos pinçar alguns exemplos, atos e atitudes que nos fazem refletir e até nos motivar a transformar nossa vida, não com atos heróicos, mas como pequenos gestos, num tempo em que é tão necessária a radicalidade para construirmos um futuro melhor para nossos descendentes e, por que não, para a humanidade. 

Francisco de Assis, percebendo a futilidade e a banalidade da vida luxuosa, num gesto de extrema coragem para seu tempo, despiu-se, ficou literalmente nu em plena praça e, cobrindo-se de roupas simples foi para a floresta conviver com os animais e com os amigos que atenderam o seu chamado para Uma vida pobre, natural, sem luxo.

Madre Tereza de Calcutá, conta-se, ainda jovem vivia enclausurada. Certo dia ouviu  os gritos de um mendigo que clamava por comida. Incomodada, foi até a superiora, advogando ajuda para aquele homem. Foi orientada a voltar para o seu quarto e não se preocupar, pois sua missão era orar pelo fim da pobreza. Mas os apelos continuavam. Novamente a superiora negou ajuda. O que ela fez? Pulou o muro, atendeu o mendigo e nunca mais voltou à clausura. Preferiu o clausura do mundo onde estão os pobres e fundou sua instituição que espalha caridade, não só na índia, mas em todo o mundo.


Maximiliano Kolbe, padre polonês, contemporâneo e amigo de João Paulo II, preso pelos nazistas, viu um um companheiro de prisão estava marcado para morrer fuzilado. Chorava muito e pedia clemência, pois tinha família para cuidar. Maximiliano, condoído, apresentou-se ao soldado para morrer em seu lugar, o que prontamente o soldado aceitou. E assim aconteceu. Não faz tempo que aquele homem, salvo pelo padre, morreu de morte natural. Kolbe foi canonizado por João Paulo II.


Sidarta Gautama, o Buda, vivia no palácio, sendo preparado para ser o futuro rei do seu povo, que ele não conhecia, pois estava enclausurado e protegido. Adolescente resolveu fugir para conhecer o seu país e, naturalmente, o seu povo. Chegou até a periferia e viu o quanto era o sofrimento de sua gente. Ficou compadecido e se junto aos párias, os excluídos, os quais, eram identificado pelas cabeças raspadas. Buda também raspou a cabeça em solidariedade e nunca mais voltou ao palácio, abandonado o seu projeto de ser rei. Por isso os sacerdotes budistas raspam suas cabeças. É em solidariedade aos mais pobres e excluídos.

Pedro era o mais rude dos apóstolos. Mesmo assim Jesus o escolheu como o seu sucessor, Ainda assim, Pedro, nos momento críticos da morte de seu mestre, o negou três vezes. Pedro fez um grande trabalho para divulgar o cristianismo. Foi para Roma, onde se transformou no primeiro Papa. Perseguido pelos Romanos, foi preso e condenado a morte na cruz, o castigo para os piores inimigos de Roma. Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, pois achou-se indigno de morrer como Jesus, seu mestre.

Tiradentes era o mais inculto dos Inconfidentes mineiros. Durante o processo investigatório pelos emissários portugueses, foi recaindo sobre ele a principal culpa do movimento contra a Coroa Portuguesa. Foi condenado à forca, o único. Muito fraco, seu corpo não conseguiu matá-lo, tendo para isso a ajuda do carrasco que abriu o cadafalso. José Joaquim da Silva Xavier, o seu verdadeiro nome teria dito momentos antes de sua morte: “Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria”. Os nacionalistas brasileiros passaram a retratá-lo muito parecido com Jesus, O Salvador da Pátria.

São muitos, milhares, talvez milhões de exemplos de pessoas doaram e doam suas vidas para o bem do próximo. São pessoas essenciais para a vida de outras pessoas. Capazes de pequenos gestos e grandes atitudes.

Que tal fazermos a nossa parte, pelo menos economizando água e protegendo o resta da natureza? Passaremos para a história como “salvadores da pátria”, e não como a geração que destruiu o planeta...



Imagens: Google

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