terça-feira, 7 de julho de 2015

"DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS"

“É muito interessante a ótica: se pensarmos como filhos de Deus, o nosso PRÓXIMO é a imagem semelhança Dele. Se pensamos como líderes talvez o PRÓXIMO seja uma ferramenta do sistema; se pensamos como ferramenta do sistema talvez o PRÓXIMO seja nosso concorrente; como cliente o PRÓXIMO seja o nosso prestador de serviços; como prestador de serviços, o PRÓXIMO é nosso cliente. Que loucura é essa? Fica a pergunta: onde este o amor de Deus? Será que estamos adaptando o amor de Deus à nossa conveniência ou a conveniência faz com tenhamos DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS?”
Mário Sério R. Santos

É uma reflexão religiosa... A igreja Católica não está alheia a comportamentos como esses. Já na reunião dos bispos em Santo Domingo, foi incluída no documento final a preocupação com a coerência entre fé e vida e um alerta nesse sentido, pois detectaram que um dos grandes problemas da atualidade da Igreja Católica era e é essa incoerência de postura: no âmbito da igreja é uma coisa e na vida social outra (Dois pesos e duas medidas).

Entretanto, podemos expandir essa reflexão para a nossa vida social. Não é possível agirmos socialmente  em contradição com nossa essência.

Se somos bons, religiosos, caridosos, acolhedores, altruístas, essas qualidades podem e devem marcar nossas ações nos ambientes que frequentamos e principalmente nos julgamentos que fazemos e decisões que tomamos.

Somente as pessoas, maldosas, dissimuladas, arreligiosas, estão aptas a agir com dois pesos e duas medidas, pois não tem consistência moral.  Pessoas assim estão sempre atentas para tirar proveito das oportunidades que se lhe apresentam, mesmo que para isso tenham que cometer erros de julgamentos, ser incoerentes e incongruentes.

O amor de Deus pode ser praticado por pessoas que não professam a religião, por opção consciente e madura. O amor de Deus tem tudo a ver com a proposta da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, Capítulo I, em que elenca os principais valores e posturas do amor verdadeiro.

É certo que a religiosidade é necessária, pois ela capacita as pessoas para o exercício do amor verdadeiro. Entretanto, podemos encontrar pessoas amorosas, sem que elas sejam profundamente religiosas. São pessoas que mantém a coerência entre fé e vida. A fé advém daquilo em que acreditam e acolhem as pessoas com esses sentimentos. São pessoas fundamentais para a muitas outras pessoas. São âncoras, ombros amigos, retaguardas de bons conselhos, palavras de apoio, de incentivo e, sobretudo, atitudes e gestos solidários.

Irmãos de fé, ferramentas de trabalho, concorrentes, clientes, prestadores de serviços, voluntários, ou companheiros de caminhada... Nada disso importa ou faz a diferença, quando os encaramos como Filhos de Deus, merecedores da coerência entre fé e vida e nunca serem tratados com cois pesos e duas medidas.



Imagem: Google

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