domingo, 26 de julho de 2015

GENÉRICOS E SIMILARES

Expressões ligadas a medicamentos. O povo brasileiro é um grande consumidor de medicamentos, principalmente quando se trata de automedicação. Todos entendem de tudo...

É claro, lógico, que não podemos desprezar os coconhecimentos de pessoas antigas, vividas, que experienciaram a ação das ervas medicinais, que são, na verdade, a matéria-prima de grande parte dos remédios industrializados.

É preciso, porém,  equilíbrio... Sem exageros...

Uma historieta: uma senhora, acompanhando o marido acometido de “pedra nos rins” numa consulta com o nefrologista, indagou ao médico se não poderia dar ao marido um chá de cabelo de milho. O médico, sem se alterar emocionalmente, mas com grande dose de ironia, respondeu:
- Sim, a senhora pode dar a ele o chá de cabelo de milho. Ele não vai se curar das “pedras” e ainda ganhará uma gastrite.

Tratar de calculose renal é muito mais complexo...

Os medicamentos industrializados são exaustivamente estudados e testados. São pesquisados por institutos ligados a governos, por universidades e pelos próprios laboratórios. Demandam anos e anos de trabalhos e gastam incalculáveis quantias em dinheiro. Por isso são patenteados e se tornam propriedade de alguém...

É importante se ter a consciência de uma vez aprovados, os medicamentos deverão ser vendidos para as pessoas, hospitais  e governos, por um preço que num determinado prazo que seja razoável e que eles se paguem e gerem lucros para serem investidos em novas pesquisas.  Por isso alguns são extremamente caros e só ficarão mais baratos ao longo do tempo.

É assim que as coisas acontecem... Alguns governos “quebram” essas patentes ou indenizam os “proprietários” e passam a fabricar esses medicamentos localmente.  Assim nascem os “genéricos”. Os governos, numa espécie de ação social, assumem os custos de sua fabricação. Ou repassam para que os laboratórios nacionais os fabriquem, mediante uma licença e fiscalização oficial.

É muito dinheiro envolvido e imenso os interesses comerciais...

Por isso há a outra face nessa moeda: a pirataria. As fórmulas são copiadas por hackers e entregues a laboratórios que não participam e muito menos contribuem com dinheiro para as pesquisas, Assim nascem os similares. A custo 0 (zero)!

Acontece que os similares nem sempre são fiéis aos originais, ao contrário dos genéricos. Há na literatura médica dados dando conta que os efeitos colaterais inerentes a qualquer medicamento vão muito além dos descritos em sua bula. Alguns já chegaram a gerar câncer linfático.

Apesar de todas as dificuldades geradas pela desatenção oficial à saúde do povo (isso é uma questão de educação política), é melhor evitar a automedicação...

Estão corretos aqueles que preferem os medicamentos originais, de marca. Igualmente corretos os que buscam os genéricos com o “G” nas embalagens. Também corretos estão os que se utilizam dos medicamentos distribuídos pela rede pública e pelos programas governamentais.

Cuidado mesmo com os similares...



Imagem: Google

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