sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS DE MASLOW


Abraham Harold Maslow (nasceu em 1908 e faleceu em 1970), psicólogo americano, ganhou notoriedade no mundo da psicologia do trabalho por estudar as necessidades humanas, a partir de suas observações e dos reclamos das pessoas em seu consultório.

Muita gente, hoje em dia, na aceitam as suas ideias ou as acham ultrapassadas, porém, elas continuam influenciando as políticas de recursos humanos de muitas empresas.

Maslow explica que as pessoas são motivadas no trabalho, e na vida, por suas necessidades, começando pelas necessidades básicas, relacionadas à sobrevivência e segurança. A partir do momento em que essas necessidades são satisfeitas, as exigências mudam, as necessidades passam a ser sociais e de autorrealização. Então, Maslow sistematizou sua teoria, chamando-a de Hierarquia das Necessidades Humanas. Na sequência apresentamos uma síntese dessa hierarquia.

As Necessidades Básicas, também chamadas de Fisiológicas, são aquelas ligadas à sobrevivência e são as seguintes: alimentação, abrigo (ou casa para morar), acesso a saneamento básico, repouso, sexo, recursos materiais mínimos para garantia da realização dessas necessidades. As pessoas precisam exercer o seu direito à vida e ao trabalho. Enquanto o não acontecer elas não pensam em outra coisa.

Uma vez satisfeitas essas necessidades fisiológicas, a motivação passa para âmbito da segurança. As pessoas passam a pensar em garantir a proteção de sua casa, com grades, muros e outras formas de proteção. Pensam, também, em seguro de vida, planos de saúde, estabilidade no emprego, com a busca de cursos de aperfeiçoamento e definição de carreira.

O terceiro estágio das necessidades acontece com a satisfação das questões de segurança e passam para o âmbito social. As pessoas passam a buscar grupos de relacionamento, procuram acesso às redes sociais, desejam ampliar os círculos de amizade com associação em clubes esportivos e sociais, atuação em instituições de voluntariado, religiosas ou não.

No estágio seguinte, o quarto, as pessoas já integradas socialmente, se motivam para realizarem necessidades pessoais e passam a se preocuparem, por exemplo, com autoestima, partindo, por um lado, para a melhoria da apresentação pessoal, com o consumo de cosméticos, seguir a moda, consumir produtos de marca; e, por outro, esperam o reconhecimento por parte das outras pessoas, principalmente dos chefes, de suas capacidades de trabalho e de iniciativas. Sonham com promoções e com a consolidação de suas carreiras e posições sociais.

No quinto e último estágio, uma vez superadas e alcançadas as necessidades anteriores, as pessoas se motivam e direcionam seus objetivos para a autorrealização, isto e, desejam concretizar seus sonhos, realizar algo grandioso, não só ser reconhecido socialmente,  como se sentirem adequadas e satisfeitas consigo mesmas detendo o conhecimento holístico, que e o saber amplo e irrestrito.

Maslow não previu uma rigidez nessa hierarquia, porque a própria realidade sempre mostrou as pessoas vão superando suas necessidades e evoluindo em direção do crescimento, cumprindo as etapas à medida em elas vão se apresentando. Não é linear... Assim, aquisição da casa própria, por exemplo,  pode demorar um pouco mais, até a consolidação da carreira, ou a conclusão dos cursos superiores e de pós-graduação.

As ideias de Maslow continuam, sim, atuais...



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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A DIGNIDADE DO TRABALHO

A palavra trabalho vem da raiz latina trabs, trabis = trave que se colocavam nos escravos para obrigá-los a trabalhar. Isso na época da Civilização Romana. Por isso que os povos outrora dominados pelos romanos conservaram a raiz latina associada a ideia de trabalho escravo, ou trabalho mais pesado: travail, trabajo, trabalho

 

Já outros povos que sofreram a mesma influência italiana conservaram a raiz latina associada a atividades nobres: labor em latim, que deu origem a lavoro em italiano, labour em inglês e que em português aparece apenas na forma mais aristocrática de labor, lavor, laborioso.

 

Mas, o trabalho pode ser definido como uma ação desempenhada por seres humanos, supondo um gasto de energia, dirigida a um fim determinado e conscientemente desejado, executada mediante uma participação da inteligência, utilizando-se de instrumentos e ferramentas  e que de algum modo produz efeito sobre o seu executante.

 

O fim prático do trabalho e que é o seu aspecto mais importante, exige sempre: execução de uma utilidade e o progressivo domínio do homem sobre a natureza.

 

O trabalho é exercido principalmente para se obter a subsistência e, de acordo com as exigências para o seu exercício, pode ser: qualificado e semiqualificado. Também pode exigir uma aprendizagem técnica, uma formação universitária ou simplesmente uma iniciação a partir da experiência imediata.

 

Algumas formas de trabalho exigem maior dispêndio de energias  espirituais, como o trabalho do cientista e do administrador; outras exigem mais energias físicas, como o do servente da construção civil.

 

Buscar o trabalho é dever de todo o homem, qualquer que seja sua concepção moral ou religiosa. E também direito, reconhecido, solenemente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

 

Qualquer forma de trabalho humano tem uma dignidade inalienável, por isso mesmo é uma atividade de um ser racional e livre. Seu valor não se mede apenas pela categoria a que pertence cada um, mas principalmente pela perfeição com que ele é realizado.


Da mesma forma que o trabalho honesto dignifica o ser humano, melhora sua autoestima, o desemprego é uma indignidade. O capitalismo selvagem dá pouca importância ao emprego, como dá poça importância à pessoa humana. O trabalh0 é apenas ferramenta de produção de lucros. As ferramentas se desgastam, tornam-se obsoletas. Sob o ponto de vista capitalista, os seres humanos, especialmente aqueles que trabalham também.  E chega o momento da substituição e isso acontece de maneira fria e calculista. As ferramentas são descartadas. As pessoas não poder ser descartadas. É preciso uma preparação, ma orientação, um tratamento no mínimo digno.

O constrangimento da demissão, necessária em determinados momentos, não pode ser tão degradante...

 




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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

RELIGIÃO, PRECEITO E SENTIMENTO


Uma passagem bíblica:
Lucas 18, 10-14: “Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu, o outro, publicano. O fariseu, em p é, orava no seu interior desta forma: Graças de tou, o Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o  que se exaltar será humilhado,  e quem se humilhar será exaltado”.

Não resta dúvida de que a religião é muito importante para o ser humano. Difícil dizer que ela é um freio social... Não... Não é isso. Porém a religião, vivida com consciência, com maturidade, com vocação, como fruto de uma escolha, produz na pessoa um sentimento de bem, de fazer o bem, não o mal. A religião é uma ótima conselheira.

Leva ao altruísmo, que é a vontade quase inata de contribuir para um mundo melhor, ajudando as pessoas, dedicando-se ao voluntariado. As religiões de índoles cristãs chamam isso de caridade.

A religião é, sim, uma ótima conselheira. Mas precisa ser vivida corretamente. Ou melhor, de forma equilibrada, sem exageros, de maneira que produza no espírito os benefícios indicados no trecho do Evangelho de Lucas, mostrado no início deste texto.

A moderação começa pelo equilíbrio entre o exercício da espiritualidade e o rito. A espiritualidade é vivenciada como aquele publicano que, humilde, se coloca no fundo do templo e se predispõe a ser perdoado e a receber as graças que merece. Já o fariseu vive o rito, mostra-se aos demais que é puro e bom e bate no peito para que todos vejam. O fariseu é arrogante. Os arrogantes nunca serão justificados (ou abençoados). Há fortes indícios de que os fariseus quando recorrem ao templo, deixam um rastro de indignidade pelo caminho: injustiças cometidas, lares desestruturados,  sofrimentos, tristezas, abandonos, exclusões sociais.

É injusto julgar. Não devemos assim proceder. Mas é o indicativo do trecho citado do Evangelho. Com a palavra os exegetas e teólogos.

O grande lance do equilíbrio entre rito e fé é o equilíbrio entre fé e vida. A vida de fé deve se projetar na vida social, a começar no micro ambiente familiar. Isso evita o trágico comentário de que “na igreja é bonzinho, na rua é uma peste”. Ou, “...quem vê o jeito daquela pessoa na igreja, nem imagina o que ela faz em casa. Os parentes que o digam!”

Religião, preceito, sentimento e fé, bem vividos é fonte de felicidade, de paz de espírito e de maturidade.



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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O HOLOCAUSTO

Roupas dos judeus empilhadas em cena do documentário “Noite e Neblina” (1955)

Termo que, originariamente, designava um rito religioso pagão, no qual uma pessoa era queimada inteira em oferenda aos deuses ou a um determinado deus, protetor de uma atividade específica. O Cristianismo, sem abolir totalmente o ritual, substituiu o sacrifício humano por sacrifico de animais.

Ao ser usado como nome próprio, remete à política de extermínio dos judeus, residentes na Europa, desenvolvida pela Alemanha Nazista.

Quando o regime nazista chegou ao poder, em janeiro de 1933, adotou de imediato medidas sistemáticas contra os judeus, considerados como não pertencentes à raça ariana. Os órgãos do governo, os bancos e o comércio uniram esforços para afastá-los da vida econômica. A transferência contratual de empresas judias a novos proprietários alemães recebia o nome de “arianização”. Em novembro de 1938 todas as sinagogas da Alemanha foram incendiadas, destruídas as lojas de comerciantes judeus e milhares deles aprisionados. Este acontecimento, conhecido como a Noite dos Cristais marcou o início da política de extermínio da raça judia na Europa.

Ao ter início a II Guerra Mundial, o exército alemão ocupou a metade ocidental da Polônia. Os judeus poloneses foram obrigados a transferir-se para guetos que já se assemelhavam a campos de concentração. Em junho de 1941, os exércitos alemães invadiram a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), realizando execuções em massa de judeus no território recém-ocupado. Um mês depois Hermann Wilhelm Goering ordenou a execução da ‘solução final da questão judaica’. E foi criado um novo método de extermínio: os campos de concentração.

Na Polônia foram construídos campos, equipados com instalações de gás com imensos crematórios para incinerar os corpos das vítimas, apagando vestígios do extermínio. As deportações foram realizadas em toda a Europa ocupada pelos alemães, muitas das quais gerando problemas políticos e administrativos. As mais numerosas aconteceram, durante o verão e o outono de 1942, para os campos de Kulmhof, Belzec, Sobibor, Treblinka, Lublin e Auschwitz. O transporte das vítimas para os "campos da morte” era feito por trem e, sempre que possível, os alemães tomavam posse de todos os pertences dos deportados. O número de vítimas de Auschwitz ultrapassou a cifra de um milhão.

Ao terminar a guerra, milhões de judeus, eslavos, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, comunistas e pessoas pertencentes a outros grupos haviam morrido no Holocausto. Mais de cinco milhões de judeus foram assassinados. Com o fim da guerra inúmeros dirigentes nazistas foram condenados, alguns executados, pelo Tribunal Internacional de Crimes de Guerra, em Nuremberg.

Nazismo, ou qualquer outra doutrina semelhante, não combina com Cidadania e Direitos Humanos.



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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

HITLER E O NAZISMO


Adolph Hitler foi um líder político alemão nascido na Áustria (1889-1945). Nasceu em Braunau e mudou-se para Viena em 1907. Em 1913 foi para Munique, na Alemanha, fugindo do alistamento no Exército de seu país. Com o início da I Guerra Mundial, ingressou no Exército alemão. Em 1919 filiou-se ao Partido Operário Alemão (DAP), mais tarde rebatizado Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), apelidado de "nazi". Em 1921 passou a chefiar o partido. Foi preso em 1923, após uma tentativa de golpe de Estado – o Putsch de Munique. Na prisão escreveu o livro Mein Kampf (Minha Luta), expondo suas idéias. Tornou-se cidadão alemão, assumindo o poder como chanceler em 1933. Começou então a expansão militarista alemã, a princípio aceita pelas potências ocidentais.

Ao final da I Guerra Mundial, além de perder territórios para França, Polônia, Dinamarca e Bélgica, os alemães foram obrigados pelo Tratado de Versalhes a pagar altas indenizações aos países vencedores. Isso fez crescer a dívida externa e comprometeu os investimentos internos, gerando falências, inflação e desemprego em massa, criando condições favoráveis ao surgimento e à expansão do nazismo no país.

O Nazismo foi um regime político de caráter totalitário que se desenvolveu na Alemanha com base na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler, que orientou o programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. De caráter nacionalista, defendeu o racismo, a superioridade da raça ariana e a luta pelo expansionismo alemão e negou as instituições da democracia liberal e a revolução socialista.

O Partido Nazista, utilizando-se de espetáculos de massa (comícios e desfiles) e dos meios de comunicação (jornais, revistas, rádio e cinema), conseguiu mobilizar a população por meio do apelo à ordem e ao revanchismo. Em 1933, Hitler foi nomeado primeiro-ministro, com o apoio de nacionalistas, católicos e setores independentes. Um ano depois se tornou chefe de governo (chanceler) e chefe de Estado (presidente) Passou a interpretar o papel de führer, o guia do povo alemão, criando o III Reich.

Com poderes excepcionais, Hitler suprimiu todos os partidos políticos, exceto o nazista; dissolveu os sindicatos; cassou o direito de greve; fechou os jornais de oposição; e estabeleceu a censura à imprensa. Apoiando-se em organizações paramilitares, SA (guarda do Exército), SS (guarda especial) e Gestapo (polícia política), realizou perseguições aos judeus, aos sindicatos e aos políticos comunistas, socialistas e de outros partidos.

O intervencionismo e a planificação econômica adotados por Hitler não eliminaram, no entanto, o desemprego e impediram a retirada do capital estrangeiro do país. Houve um acelerado desenvolvimento industrial, que estimulou a indústria bélica e a edificação de obras públicas. Esse crescimento deveu-se em grande parte ao apoio dos grandes grupos alemães, como Krupp, Siemens e Bayer a Adolf Hitler.

Em desrespeito ao Tratado de Versalhes, Hitler reinstituiu o serviço militar obrigatório, em 1935, remilitarizou o país... Em 1936 enviou tanques e aviões para amparar as forças conservadoras do general Francisco Franco durante a Guerra Civil Espanhola. Nesse mesmo ano promoveu o extermínio sistemático dos judeus por meio da deportação para guetos ou campos de concentração. Anexou a Áustria e a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia (1938). Ao invadir a Polônia, em 1939, deu início à II Guerra Mundial.

Hitler anexou vários países da Europa e ordenou o extermínio de judeus – cerca de 6 milhões são mortos. Quando as tropas soviéticas cercaram Berlim, já no final da Guerra, em abril de 1945, matou-se no bunker da chancelaria. Minutos antes se casou com sua amante de origem judia, Eva Braun.

Terminada a guerra, instalou-se na cidade alemã de Nürenberg um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra cometidos pelos nazistas, resultando em: 25 alemães condenados à morte, 20 à prisão perpétua, 97 a penas curtas de prisão e 35 são absolvidos. Dos 21 principais líderes nazistas capturados, dez foram executados por enforcamento em 16 de outubro de 1946.

Conhecer fatos históricos como esse é um dos caminhos para se evitar que tragédias semelhantes voltem a acontecer.



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domingo, 24 de janeiro de 2016

SEMPRE JOVEM


Não precisa ser ou fazer tudo isso... Mas o exemplo serve para para que não desanimemos antes da hora. Por mais dificuldades que enfrentamos, é bom sabermos que existe vida la fora.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O PRINCÍPIO DA AUTORIDADE


“Manda quem pode, obedece que tem juízo”... Essa é a máxima que circula por aí quando o assunto é autoridade... É uma definição arcaica de autoridade, eivada de tradicionalismo, absolutismo e arrogância. Coisa dos tempos dos coronéis quando a truculência baseada nas armas falava mais alto.

A definição moderna de autoridade é bem diferente, mas não é tão recente assim, pois remonta aos tempos de Jesus Cristo. Não, não vamos fazer proselitismo, mas o grande líder dos cristãos deixou uma série de ensinamentos sobre liderança e autoridade que vale a pena relembrar e cultivar.

Não vamos entrar em aspectos exegéticos bíblicos, mas é importante ressaltar que para os cristãos a grande autoridade vem de Deus, criador de tudo e maior que o universo visível e invisível. Jesus o Filho de Deus, herdou do seu Pai o grande princípio da autoridade, expresso no poder dos milagres relatados nos evangelhos, inclusive aquele de sossegar o vento e a tempestade, e o poder fundamental do exemplo. É isso mesmo o exemplo!

O primeiro da autoridade de Jesus vem do seu exemplo: primeiro ele fez e, depois, nos orienta a fazer o mesmo. Jamais, Jesus mandou, ordenou, antes de da o exemplo, que por atitudes próprias, quer por parábolas, o seu belo método pedagógico.

O exemplo, o primeiro fazer exigem conhecimento, sabedoria, consciência da posição que ocupa na estrutura social, na  organização, na família, na instituição.

Não se pode exercer a autoridade sem conhecimento, sem cultura, sem a sabedoria holística (já tratamos disso neste blog). Jesus tinha sabedoria holística.

A autoridade, portanto, vem do exemplo de servir... Da humildade, pois o verdadeiro líder quanto mais conhecimento tem mais humilde ele é... E melhor serve os seus liderados. Como diz Thomas C. Hunter, no livro O Monge e o Executivo, “o verdadeiro líder influencia as pessoas”... Os liderados o seguem por amor, por paixão, pois sentem que estão sendo transformados por ele. A autoridade é uma referência.

Portanto, exercer a autoridade é muito mais que simplesmente mandar e se fazer obedecer. A autoridade transforma as pessoas, as fazem crescer, as fazem melhores e construtoras de uma sociedade melhor.

Assim, se o mundo vai mal, se a sociedade não vai bem... Se há excluídos, violência, educação de má qualidade, sistema de saúde precário, é porque há carência da verdadeira autoridade, do verdadeiro líder... Da autoridade transformadora... Do líder servidor.



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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

IDEOLOGIAS? QUAL?

Circulam pelas redes sociais frases como essas (sem que sejam identificados seus autores): 1) “Uma mentira repetida muitas vezes transforma-se em verdade”. 2) “Uma mentira repetida muitas vezes não pode se transformar numa verdade”. È lasca, não?

Pensamos em ideologia ou ideologias... Que são ideologias?  Ah! Tem muitas definições nos livros de filosofia, sociologia, política, antropologia e a religiosos...

O certo é que esse termo começou a ser usado mais fortemente com o filósofo Frances Antoine Destutt de Tracy e aprofundado pelo alemão Karl Marx, ambos relacionando o termo ao conjunto de ideias que tentam consolidar o domínio de uma classe social sobre a outra.

Então, a ideologia é a todo o conteúdo de uma comunicação que serve para viabilizar e legitimizar a posição da classe dominante, visando adequar e submeter a classe dominada ou as classes dominadas às suas vontades.

Ao longo da historia muitas ideologias aconteceram no mundo: A Ideologia Democrática, A Ideologia Absolutista, A Ideologia Liberal, A Ideologia Conservadora, A Ideologia Nazifascista, A Ideologia Nacionalista e a Ideologia Capitalista. Qual está vigorando hoje? Qual a melhor? Com certeza a Ideologia Capitalista. E a melhor não sabemos...

Estamos em pleno Capitalismo, tendo o consumismo como mensagem. O Capitalismo pode ser bom, pois Aparentemente respeita os Direitos Humanos e permite uma série de liberdades. Há controvérsias.

Como Marx já havia adiantado, o Capitalismo privilegia uma classe, a classe dos empresários, dos industriais, dos banqueiros, os quais detendo os Meios de Comunicação podem manipular a informação, dirigir ou direcionar o consumo e monopolizar a classe política. Aí está o grande problema dessa ideologia: a exclusão dos “incapazes” de consumir. Pois no Capitalismo quem não tem poder de compra não faz parte do sistema.

A exclusão social, os marginalizados, as vítimas de desastres naturais, os qie não têm acesso à saúde, à segurança, à educação de qualidade, compõem o grande painel de desrespeito aos direitos humanos. Sinal que a Ideologia é falha.

Sim, falho. O Capitalismo não é perfeito, porque permite a pobreza, as exclusões. E se somos humanistas, isto é, se colocamos os seres humanos em primeiro lugar, em prioridade absoluta de qualquer ideologia, de qualquer sistema político, econômico ou social, não podemos aceitar ou colocar qualquer ideologia que não se coaduna com o nosso pensamento.

Portanto, qual ideologia? A melhor ideologia é aquela que engendra em seu âmago o ser humano como prioridade essencial. Nela não deverá haver desigualdades, exclusões ou misérias.


Imagem: Google (Livrepensadores.net)

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

VALORES E PRINCÍPIOS



A vida hoje em dia pode ser muito simples: basta vivê-la! Pois é, basta vivê-la... Parece tudo livre, tudo pode, pois tudo é banal, passageiro... O que hoje é, amanhã pode não ser... Mas, e os valores, os princípios? Então, não é bem assim... Vamos considerar algumas coisas...

Na vida há também os valores e os princípios que norteiam a vida em comunidade. Há também a ideia da “liceidade”, que juridicamente se define como a liberdade de se fazer tudo, mas dentro da lei. Dentro da lei, significa que exercer a liberdade até não ofender a liberdade dos outros. Assim, é, em essência, o ideal da vida em sociedade.

A História da Humanidade registra a evolução dos Direitos Humanos, que começa efetivamente em 1215. Mas, já na antiguidade com os filósofos gregos e romanos, com as conquistas políticas da plebe romana, com os profetas hebreus, se esboçava uma luta pela valorização da pessoa, especialmente os empobrecidos e excluídos. Esse movimento ganhou força a partir do Século XVII, passou pela Revolução Francesa e se consolidou com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, na ONU – Organização das Nações Unidas. “A Teoria na prática é outra”, já dizia Joelmir Betting. Pouca coisa aconteceu de prático até agora, porque ainda há empobrecidos, ainda há excluídos, ainda há guerras e violência.

O grande valor dos Direitos Humanos, na teoria, é a ideia dos Direitos Naturais, isto é aquele que independem da vontade da pessoa, pois a precedem, existem antes dela. Desses direitos o mais importante é o direito à vida e à sua inviolabilidade. Dele decorrem os demais. E ele está consagrado em praticamente nas constituições de todos os países.

Pobreza sim, miséria não!” sempre bradou D. Hélder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife, cuja santidade está prestes a de ser reconhecida pelo Vaticano.

Liceidade, valores, princípios, respeito à vida, não combinam com “o tudo pode”, “com o viver a vida a qualquer custo”, “com a banalização”, “com o desrespeito”, “com a violência”, “com as drogas”, “com a fabricação de armas”, com as guerras”, enfim... Não combinam com uma educação medíocre, que não valoriza o humano, a cultura, a consciência política... Com uma educação, digamos, pró-forma.

Não combinam com uma lei frágil, com a justiça lenta, com o sistema político fundamentado na mentira, na falsidade do discurso, na política profissionalizada, com os desmandos da administração pública.

Valores são essenciais, especialmente os valores da pessoa humana. Os princípios derivam da firmeza de caráter desses valores. Ambos sustentam o equilíbrio da sociedade. Relativizar tudo isso é transformar a sociedade num barco à deriva.

Qualquer semelhança com a realidade atual não é mera coincidência.



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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

NO LIMIAR DO INFINITO... A SOLIDÃO


No limiar do infinito, a solidão... Duas postagens neste blog, a do Padre Fábio de Melo no dia 09 de Janeiro deste ano e o clipe da música “No More Boleros”, em 16 de janeiro, remete-nos a uma reflexão sobre a ideia do amor vinculado à utilidade e à solidão.

Lembramo-nos dos tempos em que a exploração do  espaço sideral era uma novidade, os livros de ficção científica tinham grande penetração popular e os filme como Jornada nas Estrelas, aquela que era exibida emTVs preto e branco, fazia, igualmente muito sucesso.

A maioria dos temas referia-se ao silêncio e à solidão da imensidão sideral, especialmente no limiar, isto é, nos limites do infinito.

O tempo passou e a exploração espacial tornou-se rotina, apesar das imagens cada vez mais espetaculares chegarem até nós via telescópios potentíssimos e naves espaciais que especulam os limites do universo. As perguntas continuam sem respostas. Não se encontra Deus nessas paragens, obrigando os entendidos a encontrarem uma nova dimensão para o criador do universo e das maravilhas nele contidas. Permanece o silêncio e a solidão nesses confins.

De repente baixamos os olhos e contemplamos o entardecer da vida, a decrepitude, o definhamento da consciência, o enfraquecimento físico e o aumento considerável da dependência.

O Padre Fábio lembra o perigo de amarmos as pessoas pelo interesse e pelo grau de utilidade que as mesmas representam para a nossa vida. O envelhecimento diminui lenta e constantemente o poder das pessoas de serem úteis, aumentando seriamente o risco de ficarem sós.

No More Boleros” reflete a solidão de quem ama e perde a pessoa amada, gerando um vazio em sua alma. Porém, a vida fica sem sentido, pois nela “não há boleros”

Assim, como a busca dos limites do universo reforça a solidão do infinito, a chegada do entardecer da vida também reforça a solidão, não a solidão do infinito, mas a solidão do finito.

Percebemos a solidão do abandono... A solidão do esquecimento... A solidão do medo de ficar só... A solidão da dificuldade de se comunicar... A solidão do desapontamento... A solidão da exclusão. Um preço alto do envelhecimento.

Que mistérios povoam o além dos limites do universo? Que mistérios povoam a mente das pessoas solitárias nos asilos, nos leitos dos hospitais, nos quartos de fundo ou nas cadeiras nos cantos das casas?

Onde está Deus? Deus tem a dimensão maior que o universo sensível aos olhos humanos ou aos equipamentos tecnológicos. Ele está muito próximo de quem O ama e muito distante de quem O rejeita.

E com certeza, bem juntinho dos solitários que esperam o momento de ultrapassar os limites do finito e adentrar na imensidão infinita.



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"FILHO INGRATO" (COURO DE BOI), COM TONICO & TINOCO. UMA REFLEXÃO PARA QUEM TEM IDOSO NA FAMÍLIA...


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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O OLHAR 360, A CRUZ E O FUTURO



Uma reflexão de fundo cristão, mas nada proselitista.

A cruz pode significar muitas coisas: sofrimento, morte, castigo, punição, um passo para a salvação, redenção e tantos outros. Destacamos, porém, um simbolismo que bem sociológico e humano e que tem a sua relação com a visão de futuro.

A cruz tem duas hastes: a vertical que aponta para o alto e para o infinito e é um elo com o sobrenatural, com o místico, com os sonhos, com os horizontes distantes. A haste horizontal, ainda que pregada na parte alta da haste vertical, simboliza o humano e suas necessidades de viver em comunidade. Por isso lembra os braços abertos dispostos a acolher, a juntar e juntar-se, para a caminhada em direção dos objetivos colimados.

A haste vertical é ideológica, busca os conhecimentos, a cultura, a sabedoria. Para os cristãos a fonte da fé.

A haste horizontal lembra, sabiamente, que nenhum ser é uma ilha e que nada consegue sozinho. Um precisa do outro, daí a noção de comunidade. Quem vive só, isolado, morre logo (ou já morreu, quando tomou a decisão de isolar-se, apesar de ser um direito de escolha). Pois, se alguém, de fato, quiser chegar a algum lugar na vida, sozinho não vai conseguir.

A cruz lembra ainda, e isso é muito importante, o despojamento. Cristo morreu despojado, inclusive do seu aspecto humano. Todos os outros condenados do Império Romano ao suplicio da cruz foram igualmente despojados de tudo, da sua liberdade, da sua vida. A morte de cruz é cruel.

Para alcançar objetivos na vida, sonhar alto, vivenciar as ideias, viver em comunidade, buscar os horizontes, é preciso renúncias e despojamentos. Renunciar ao que pesa e dificulta a comunidade e o relacionamento com outras pessoas. Despojar-se da arrogância, do autoritarismo, da metidez e revestir-se da humildade e disposição para o diálogo.

A haste horizontal, também, sendo puramente ideológica, remete a Salomão, que do alto de sua sabedoria, permitida por Deus, recomenda que “...Teus olhos devem olhar à frente, para que tua vista preceda teus passos”.

Vamos traduzir essas palavras como um alerta, nesse mundo pleno de surpresas, violência, e inovações tecnológicas constantes. É preciso a visão 360º, isto é, antes de qualquer atitude, qualquer opinião, qualquer julgamento, qualquer passo à frente, primeiro, um olhar em tudo o que nos cerca, exatamente na dimensão 360º. É prudência mesmo!

O olhar 360 torna-se melhor e mais profundo na perspectiva da cruz, com todos os seus simbolismos, com todos os seus ensinamentos que vão muito além daquele acontecimento perdido da História da Humanidade, mas vivo na memória dos cristãos, naquela sombria sexta-feira, no Monte Calvário.



Imagem: Google

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

TEMPO E VIDA



Por esses dias circulou nas redes sociais, numa foto montagem, uma frase que nos chamou a atenção, apesar de não ter sido identificado na publicação o autor da referida frase. É a seguinte:

“Não dê tempo ao tempo, dê vida ao tempo!”
(Desconhecemos o autor)
(Ilustração acima)

Imaginamos que o propósito desta mensagem se coaduna com os propósito do nosso blog, que é a valorização das atitudes humanas positivas, pois somos partidários da ideia que a vida é um dom divino, um presente do Deus de nossa crença, e que, portanto, deve ser vivida com dignidade do começo ao fim, fazendo valer a pena os “investimentos” feitos em nós por Deus, por nossos pais e por todos aqueles que acreditaram em nós.

Há muita gente que pensa no sentido da não pressa acreditando que o tempo é o senhor de tudo, pois tudo resolve, tudo cura, tudo esquece A espera desse milagre causa letargia, zona de conforto e faz com que as pessoas deixem de viver a vida como ela bem merece e não conquiste as vitórias que lhes estão reservadas.

É muito fácil perder o bonde da história. Basta sentar sobre o passado e passar a lamentar tudo o que não foi feito. Já dissemos aqui, em postagens recentes, que o passado só tem importância quando é fonte de ensinamento para fortalecer o presente e ser alavanca para o salto rumo ao futuro. Assim o futuro passa a ser sempre presente.

Realmente é preciso dar vida ao tempo. As oportunidades não devem ser desperdiçadas. As águas passam apenas uma vez por aquela ponte, por aquele moinho. As oportunidades, como águas correntes escapam apenas uma vez pelos vãos dos dedos.

Dar vida ao tempo não é vivê-lo desordenadamente como se o mundo fosse acabar amanhã. Temos repetido aqui a ideia do equilíbrio, da  prudência, do projeto de vida, das estratégias e dos passos a serem seguidos para a consecução dos objetivos. Nade ir com sede ao pode.

Nada de exageros, de aventuras perigosas...Dar  O importante é respeitar os valores humanos, as pessoas, aceitar as diferenças, dizer não à violência,  arrogância, ao autoritarismo.

Dar vida ao tempo é amar a vida, respeitando-a como direito inalienável, portanto intocável... É amar as pessoas, respeitando-as como gente, como iguais. Dar vida ao tempo é ser solidário, empático, acolhedor, amigo de verdade. Até um político pode dar vida ao seu tempo, assumindo, de fato, sua vocação e seu ideário e trabalhando para a promoção do bem comum, isto é, defendendo honestamente os direitos de seus eleitores e trabalhando para a conscientização e amadurecimento político de  roda a sociedade.

Todos os seguimentos sociais tem sua parcela de contribuição para dar vida ao tempo de todos: médicos, juízes, jornalistas, profissionais liberais, trabalhadores industriais, servidores públicos, gente da iniciativa privada e prestadores de serviço.

Basta viver bem as vocações que abraçou...



Imagem: Facebook

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

EXORCIZAR FANTASMAS


Alguma lembrança não lhe sai da cabeça? Fatos e  coisas surgem em sua mente no momento em que você vai tomar decisões rumo a sua felicidade? Se as respostas são “sim”, é sinal que fantasmas no seu passado estão ainda assombrando a sua vida. É preciso exorcizá-lo!

O maior inimigo que temos de enfrentar em nossa vida somos nós mesmos, dizem os especialistas. E uma das maiores dificuldades nesse embate é o autoconhecimento. Quando olhamos no espelho, fixamo-nos nos nossos traços físicos e na nossa aparência, não  podemos fugir ao que está em moda. Precisamos nos manter na moda para não perdermos o trem. Assim prega o capitalismo consumista.

Ninguém se preocupa com os traços físicos que revelam as características da alma. Alma é “animus”, é sopro de vida, é essência, é a determinante inconsciente das ações conscientes. Alma boa se revela no consciente físico com gestos se atitudes boas. O contrário também é verdadeiro. Essência ruim, ou ruim na essência, na alma, gestos e atitudes ruins, maldosos.

A chave é, repetimos, a compreensão, o autoconhecimento. Conhecermos a nós mesmos é o grande desafio, a grande luta. Pior: é a mais solitária das lutas...

Pois, quem conhece a si mesmo sabe controlar os seus sentimentos, suas atitudes, suas reações diante das incertezas da vida, especialmente no que se refere aos relacionamentos pessoais Mas os benefícios são enormes, imensuráveis, com consequências infalíveis na alegria, na felicidade e, sobretudo, no equilíbrio da vida.

Essa guerra é plena de grandes batalhas, entre elas o enfrentamento dos nossos fantasmas. Fantasmas não existem fisicamente, mas podem nos assombrar emocionalmente. São traumas, decepções, frustrações, abandonos, perdas, situações com as quais não soubemos lidar na nossa infância ou mesmo na vida adulta.

O grande lance é a reconciliação com o nosso passado. “Águas passadas não movem moinho”, é o dito popular extremamente verdadeiro e que se encaixa perfeitamente no tema de hoje. O passado só tem importância quando ele fortalece o presente, solidificando-o. Então, nada de remoermos situações, fatos e coisas que não têm mais solução.

Fantasmas nos assombram e nos impedem de ver a realidade da vida presente tal como ela é: muitas vezes exatamente consequências desses fantasmas não exorcizados.

Monte uma estratégia. Enfrente os fantasmas um de cada vez, cada um com as ferramentas emocionais apropriadas. Solicite ajuda. Não exagere, não crie dependências, especialmente das drogas lícitas e ilícitas. Aprofunde sua religiosidade, sua amabilidade, seu acolhimento, sua amizade. As decisões são suas, solitariamente suas.

Tudo o mais virá por acréscimo.



Imagem: Google

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

PAZ E FORÇA NÃO COMBINAM



Quando se fala em paz... Quando se recorda frases impactantes sobre a paz, como essas:

A paz não pode ser mantida pela força. Somente pode ser atingida pelo entendimento”. Albert Einstein

Se a paz não puder ser mantida com honra deixa de ser paz”. (Bertrand Russell)

Não há um caminho para a paz. A paz é caminho”. (Gandhi)

... logo vem à tona questões maiores como as relações internacionais, nas quais a paz está vinculada ao entendimento entre as nações, entre os povos, entre as civilizações.

De fato, paz lembra guerra, anterior ou não. Aliás, o está sempre em guerra. Com efeito, desde há séculos, a guerra é uma constante na vida da humanidade. Foram (e são) guerras motivadas por interesses de nações mais poderosas (fracas), cujas sociedades necessitam de produtos cujas posses estão nas mãos de nações menos poderosas e menos ricas.

As guerras são sempre imperialistas, isto é, de conquista e dominação. Em cima dessa ideia, tem sentido e motivação as frases de Einstein, Russell e Gandhi. A História tem mostrado que a paz é sempre conseguida com a aceitação da dominação de uma nação fraca pela não forte, portanto, uma paz sem honra. Uma paz conseguida pela força apenas adia a continuação da guerra.

O fim das grandes e pequenas guerras se dá pelo entendimento, pela negociação justa.

O mesmo princípio da conquista da paz pelo entendimento e não pela força pode (e deve) ser aplicado no micro universo das relações humanas, especialmente no micro universo do lar.

Nesses ambientes, essenciais para o equilíbrio social, Paz e força não combinam, como não combinam a presença da desigualdade, da exclusão, do domínio do forte sobre o fraco.

Não é possível uma amizade perfeita sem a aceitação da igualdade. Como não é possível, também, a paz e a harmonia do lar sem a igualdade, sem o respeito, sem a aceitação do papel de cada um nesse micro universo.

Os pais devem se amarem intensamente. Esse amor gera segurança e de equilíbrio nos filhos. O amor deve ser a base da autoridade equilibrada que os pais devem exercer sobre os filhos. Não a autoridade que massacra, mas a autoridade que convence. A paz chega como corolário de todo esse processo...

Esse é o caminho, como ensina Gandhi. A paz assim conseguida espalha-se pela sociedade e, pelo caminho da utopia, pode chegar às nações.

Um sonho quase impossível. Mas um sonho que faz caminhar.



Imagens: Google

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

PESSOAS ÁCIDAS


Hoje vamos comentar um pouco sobre a acidez. Não, não vamos entrar nos meandros da .química e suas fórmulas. Sabemos o quanto a química é importante para a nossa vida, nossa saúde, e a para no nosso tão maltratado ambiente.

O nosso blog trata de coisas humanas. Hoje, vamos dar uma palhinha sobre comportamentos originados de pessoas ácidas.

Os ácidos devem ser compreendidos e utilizados da maneira correta. Porém, quando pensamos em “pessoas ácidas”, de imediato, ocorre a ideia de pessoas corrosivas, pois muitos ácidos são corrosivos. É isso mesmo. Pessoas ácidas, polêmica à parte, são corrosivas.

Há, porém, quem veja algo de positivo nessas pessoas: honestidade, sinceridade, agem prontamente. Elas mesmas se defendem das acusações negativas afirmando essas qualidades. São como os ácidos orgânicos que fazem bem à saúde. Esquecem-se que existem os ácidos inorgânicos que não ofensivos ao organismo humano e ext4remamente perigosos, apesar de também agirem prontamente, causando até à morte.

Pessoas ácidas matam os relacionamentos saudáveis. Grande parte dos ácidos são, sim, corrosivos. Vide as chuvas ácidas, fruto da poluição atmosférica,  que destroem a natureza, prédios, pontes.

A grande verdade é que pessoas ácidas são amargas, frustradas, irônicas, sarcásticas, desdenhosas, arrogantes, autoritárias, ofensivas... Posturas terríveis que detonam diálogos construtivos, relacionamentos saudáveis... Interrompem amizades verdadeiras.

Pessoas amargas e frustradas ainda não amadureceram o suficiente para reconciliarem-se com o seu passado... Pessoas irônicas, sarcásticas e desdenhosas, são inseguras e ao mesmo tempo chatas, de difícil convivência... Pessoas arrogantes, autoritárias e ofensivas se acham acima do bem e do mal e falta-lhes a necessária humildade... Todas essas dificuldades de relacionamentos superam em muito as possíveis qualidades relacionadas às pessoas ácidas.

O melhor exercício para contrapor a acidez das pessoas é a gentileza, tanto de quem é “ácido” quando para quem é “obrigado” a conviver com elas. Mas é muito difícil “amadurecer” uma pessoa infantilizada, que não cresceu emocionalmente. Vai depender então da paciência.

Ou se tem paciência e tenta ser gentil ou condena a pessoa (ou ela se condena) ao ostracismo, ao esquecimento. Azar de quem? De quem não cresceu. Pena que isso só fará crescer essa “acidez”.

... E o mundo e a vida continuam girando!



Imagem: Google

sábado, 9 de janeiro de 2016

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

VARIAÇÕES SOBRE O MUNDO ATUAL


Uma visão pratica do mundo atual. Na postagem anterior comentamos sobre os paradigmas. E o que faremos hoje será uma tentativa de compreendermos um dos paradigmas que condicionam a nossa vida na atualidade.

Nada científico, mas uma visão desinteressada e desfocada das grandes teorias sociais, políticas e filosóficas.

Assim, iniciando as considerações, o mundo atual é “apelativo”, fruto da massificação via meios de comunicação, com apelos insistentes ao consumo. No fundo á um “apelo” repetitivo no sentido do comprar: “Compre”... “Compre”... “Compre”... Tudo é marketing... Tanto que uma das mais promissoras atividades na atualidade é a propaganda e suas agências.

O mundo atual é egocêntrico, com forte incentivo ao individualismo. Houve um tempo recente em que os livros de autoajuda estavam em alta e enriqueceram muitos autores especializados em crescimento pessoal. Paralelamente e em contraste o mundo atual apela para o voluntariado e dá especial valor aos trabalhos de assistência social, que ele chama de Terceiro Setor.

O mundo atual prega o “levar vantagem em tudo”. Que a motivação “é ter Deus dentro de si” e que o sucesso vale qualquer sacrifício. O mundo pertence aos melhores.

No mundo atual o primado é da beleza pessoal, Nesse quesito sobressai o culto ao corpo, o narcisismo, a sensualidade e o sensualismo.

O culto ao corpo é uma bela postura no que se refere à saúde, mas é uma bela fonte de renda para a indústria de complementos alimentares e de cosméticos. O narcisismo evoca a admiração de si mesmo, o apego ao ego. A sensualidade está ligada à indústria do sexo e ao sensualismo, à banalização dos valores.

Diante de tais condições, o mundo atual é extremamente materialista, vítima do capitalismo selvagem, eu tem o consumismo e a ideia do “ter” antes do “ser”, como características essenciais.

Como resultado, vivemos num mundo virtual onde predomina o distanciamento pessoal e a frieza das relações humanas. Há uma nova linguagem, o internetês, na qual só quem está envolvido e familiarizado com o manuseio dos equipamentos eletrônicos tem condições de participar.

O mundo atual fala muito sobre a questão ambiental, porém nada faz. É uma espécie de cortina de fumaça para encobrir a destruição do planeta que segue célere. Há quem diga que em 60 anos a produtividade do planeta cairá a zero.

Portanto, as notícias não são boas. Vivemos o mundo da indiferença, do isolamento pessoal, do distanciamento da religião, das novas formas de pobreza, dos ricos cada vez mais ricos e dos pobres cada vez mais pobres.

Ah! Sim... Nessa situação confusa florescem as religiões de varejo, isto é, aquelas que prometem milagres e curas fáceis, mas apenas enriquecem seus mentores. É uma realidade da qual não podemos fugir.


Imagem: Google