terça-feira, 19 de janeiro de 2016

VALORES E PRINCÍPIOS



A vida hoje em dia pode ser muito simples: basta vivê-la! Pois é, basta vivê-la... Parece tudo livre, tudo pode, pois tudo é banal, passageiro... O que hoje é, amanhã pode não ser... Mas, e os valores, os princípios? Então, não é bem assim... Vamos considerar algumas coisas...

Na vida há também os valores e os princípios que norteiam a vida em comunidade. Há também a ideia da “liceidade”, que juridicamente se define como a liberdade de se fazer tudo, mas dentro da lei. Dentro da lei, significa que exercer a liberdade até não ofender a liberdade dos outros. Assim, é, em essência, o ideal da vida em sociedade.

A História da Humanidade registra a evolução dos Direitos Humanos, que começa efetivamente em 1215. Mas, já na antiguidade com os filósofos gregos e romanos, com as conquistas políticas da plebe romana, com os profetas hebreus, se esboçava uma luta pela valorização da pessoa, especialmente os empobrecidos e excluídos. Esse movimento ganhou força a partir do Século XVII, passou pela Revolução Francesa e se consolidou com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, na ONU – Organização das Nações Unidas. “A Teoria na prática é outra”, já dizia Joelmir Betting. Pouca coisa aconteceu de prático até agora, porque ainda há empobrecidos, ainda há excluídos, ainda há guerras e violência.

O grande valor dos Direitos Humanos, na teoria, é a ideia dos Direitos Naturais, isto é aquele que independem da vontade da pessoa, pois a precedem, existem antes dela. Desses direitos o mais importante é o direito à vida e à sua inviolabilidade. Dele decorrem os demais. E ele está consagrado em praticamente nas constituições de todos os países.

Pobreza sim, miséria não!” sempre bradou D. Hélder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife, cuja santidade está prestes a de ser reconhecida pelo Vaticano.

Liceidade, valores, princípios, respeito à vida, não combinam com “o tudo pode”, “com o viver a vida a qualquer custo”, “com a banalização”, “com o desrespeito”, “com a violência”, “com as drogas”, “com a fabricação de armas”, com as guerras”, enfim... Não combinam com uma educação medíocre, que não valoriza o humano, a cultura, a consciência política... Com uma educação, digamos, pró-forma.

Não combinam com uma lei frágil, com a justiça lenta, com o sistema político fundamentado na mentira, na falsidade do discurso, na política profissionalizada, com os desmandos da administração pública.

Valores são essenciais, especialmente os valores da pessoa humana. Os princípios derivam da firmeza de caráter desses valores. Ambos sustentam o equilíbrio da sociedade. Relativizar tudo isso é transformar a sociedade num barco à deriva.

Qualquer semelhança com a realidade atual não é mera coincidência.



Imagem: Google

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