quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A DIGNIDADE DO TRABALHO

A palavra trabalho vem da raiz latina trabs, trabis = trave que se colocavam nos escravos para obrigá-los a trabalhar. Isso na época da Civilização Romana. Por isso que os povos outrora dominados pelos romanos conservaram a raiz latina associada a ideia de trabalho escravo, ou trabalho mais pesado: travail, trabajo, trabalho

 

Já outros povos que sofreram a mesma influência italiana conservaram a raiz latina associada a atividades nobres: labor em latim, que deu origem a lavoro em italiano, labour em inglês e que em português aparece apenas na forma mais aristocrática de labor, lavor, laborioso.

 

Mas, o trabalho pode ser definido como uma ação desempenhada por seres humanos, supondo um gasto de energia, dirigida a um fim determinado e conscientemente desejado, executada mediante uma participação da inteligência, utilizando-se de instrumentos e ferramentas  e que de algum modo produz efeito sobre o seu executante.

 

O fim prático do trabalho e que é o seu aspecto mais importante, exige sempre: execução de uma utilidade e o progressivo domínio do homem sobre a natureza.

 

O trabalho é exercido principalmente para se obter a subsistência e, de acordo com as exigências para o seu exercício, pode ser: qualificado e semiqualificado. Também pode exigir uma aprendizagem técnica, uma formação universitária ou simplesmente uma iniciação a partir da experiência imediata.

 

Algumas formas de trabalho exigem maior dispêndio de energias  espirituais, como o trabalho do cientista e do administrador; outras exigem mais energias físicas, como o do servente da construção civil.

 

Buscar o trabalho é dever de todo o homem, qualquer que seja sua concepção moral ou religiosa. E também direito, reconhecido, solenemente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

 

Qualquer forma de trabalho humano tem uma dignidade inalienável, por isso mesmo é uma atividade de um ser racional e livre. Seu valor não se mede apenas pela categoria a que pertence cada um, mas principalmente pela perfeição com que ele é realizado.


Da mesma forma que o trabalho honesto dignifica o ser humano, melhora sua autoestima, o desemprego é uma indignidade. O capitalismo selvagem dá pouca importância ao emprego, como dá poça importância à pessoa humana. O trabalh0 é apenas ferramenta de produção de lucros. As ferramentas se desgastam, tornam-se obsoletas. Sob o ponto de vista capitalista, os seres humanos, especialmente aqueles que trabalham também.  E chega o momento da substituição e isso acontece de maneira fria e calculista. As ferramentas são descartadas. As pessoas não poder ser descartadas. É preciso uma preparação, ma orientação, um tratamento no mínimo digno.

O constrangimento da demissão, necessária em determinados momentos, não pode ser tão degradante...

 




Imagem: Google

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