quinta-feira, 31 de julho de 2014

O VIRTUAL E O HUMANO


Ah! As maravilhas tecnológicas! Um dedilhar, um simples apertar de botão e o mundo cai de joelhos diante de nós. O universo, os “buracos negros”, os confins siderais cabem na palma da nossa mão...

HD... Hight Definition... Na Era da Informação tudo enche os olhos... Comunicação instantânea, ninguém mais se perde, motoristas controlados, câmeras inteligentes, “drones” bombardeando aldeias, e levando drogas nos presídios... Controles e monitoramentos remotos... Cirurgias intrauterinas e à distância, microcâmeras, deduragem de veículos irregulares... Maravilhas modernas...

Empresas que se orgulham de seus “SACs” – Serviços de atendimento aos clientes...

Maravilhas modernas e virtuais. Estamos vivendo também a “Era da Virtualidade”... Até que você precise conversar com alguém inserido nessa rede maldita. O humano fica tão apequenado que parece menor que uma ervilha! Duvida? Por isso!

Um caso: uma pessoa acostumada a pagar suas contas em dia, precisou efetuar pagamentos numa cidade fora de seu domicilio. Jê fez isso tantas vezes... Maravilhas modernas. Mas desta vez não deu certo. O pagamento não chegou onde deveria chegar. Aliás, dois pagamentos: um da conta de energia e outro da cona da TV por assinatura. Estava tranqüila até que passou a receber aquelas mensagens desagradáveis da inadimplência. A energia não foi cortada, mas a TV sim. E agora, como fazer para falar com alguém? Algo extremamente difícil, para não dizer impossível.  Só o “call center”. O sinal está cortado. Ela está sem TV. E aquelas promessas: “Estamos encaminhando. Favor aguardar 24, 48 ou 72 horas. E lá se vão mais de 20 dias, ou 480 horas e nada!

Maravilhas modernas... Maldição humana... E não aparece aquela pessoa realmente responsável, líder, macho, capaz de dar um murro mesa e ter “aquilo roxo” para mandar ligar o sinal e depois ver onde está o dinheiro, pois o pagamento está devidamente comprovado.

Pobre ser humano, escravo e vítima da tecnologia e vítima, também, da não só da mecanização tecnológica, mas da mecanização humana. As pessoas são condicionadas a expressar exatamente aquilo, sem fugir uma linha.

Imaginemos o que vem por aí. Os catastrofistas de plantão têm razão. Vai falar humanidade nessa nova realidade das coisas. Uns são felizes, muito felizes, pois a tecnologia lhes faz bem... Outros sentem na pele a escravidão de depender de alguém que lhe resolva os problemas surgidos.

Procons... Juizados de pequenas causas... Barracos... Redes Sociais... Televisão... Eles não nem aí com essas coisas... Estão acima do bem e do mal... Estão, sim, interessados em que a pessoa prejudicada pague novamente. Assim o lucro é um pouco maior. A menos que...

A menos que você encontre, como nosso personagem encontrou, nesse emaranhado de códigos e falas mecânicas, alguém, um ser humano, que se interesse pelo seu problema e interfira pessoalmente para a sua solução. O sinal de sua TV por assinatura voltou...

Maravilhas modernas.



Imagem: Google

quarta-feira, 30 de julho de 2014

AGRADECER SEMPRE



Encontramos o texto abaixo numa publicação chamada “Reflexões para um Brasil Cristão, publicada pela “Associação do Senhor Jesus” – Campinas, SP:

“A história é assim: Antônia é uma respeitada faxineira que criou seus filhos com dignidade. Um é advogado, a outra é nutricionista e o outro é arquiteto. As amigas insistem para que ela aceite a oferta dos filhos de levar uma vida de madame. Ela prefere continuar na profissão que ajudou a criá-los. Vive dizendo que logo se aposenta e poderá descansar em sua casa, a mesma onde os criou. Com sua própria história, Antônia evangeliza e cura os corações que nunca estão satisfeitos com o que têm. Você é agradecido com o que tem? Pede forças a Deus para lutar dignamente pelo que gostaria e precisa?”

Apesar do conteúdo religioso, vale uma reflexão sobre a gratidão. O mundo atual é essencialmente consumista e bombardeia constantemente a nossa consciência para o consumo e para o individualismo. Exatamente o sentido oposto da realidade: a interdependência. Todos nós, na vida social, precisamos uns dos outros. E é natural que o agradecimento, ou a disposição constante para agradecer, não só ao Deus de sua crença, pelos dias que amanhecem, pela chuva que cai e faz germinar as sementes e recarregar os aquíferos e irrigar as nascentes,,, Agradecer pela saúde, pelo teto, pela alimentação, pelos sorrisos das pessoas com quem cruzamos nos caminhos da vida.

A gratidão é uma predisposição interna, não externa, imposta de fora para dentro, resultado de um condicionamento. É um estado da alma, do espírito, é natural, espontânea.

Quem ganha com um “muito obrigado”? Todos ganham... Ganham aqueles que recebem... Ganham aqueles que oferecem...

Agradecer não enfraquece a pessoa, muito menos leva a uma submissão. Agradecer os bens que conseguiu, os feitos pessoais, as vitorias dos filhos, o poder trabalhar, o ter trabalhado e conseguido uma aposentadoria e descansar com a consciência tranquila por ter feito tudo que poderia ter feito... Amado o tanto que amou. Ter recebido o amor que mereceu.

O luxo, a ganância, a prepotência, a arrogância, o sentimento de superioridade, o não agradecer, são passos para trás que conduzem ao isolamento, à solidão, à tristeza...

Agradecer sempre... Eis o caminho para uma sociedade justa, alegre, solidária, unida, feliz! O melhor dos mundos...


Imagem: Google



terça-feira, 29 de julho de 2014

UM MOMENTO, POR FAVOR!



Quero parar um pouco. Vou desligar os celulares, o tablet, o notebook. Vou para um canto e recolher-me junto à minha solidão...

Um momento, por favor!
Quero ficar só, meditar, orar, fortalecer-me, fazer um balanço de minha vida e encarar o futuro. Que caminhos vou seguir? A que destino vou chegar?

Um momento, por favor!
Quero estar em contato com o Deus da minha crença (cada um tem o seu). E Ele que dá sentido para minha vida. Quero ouvi-lo no meu e no Seu silêncio. A vida está muito corrida, muito barulhenta. O ruído me desumaniza e não me deixa ouvi-Lo.

Um momento, por favor!
Quero conversar com Deus... Quero ouvir Dele os ensinamentos, os valores humanos, a ética, os comportamentos em sociedade, com os amigos, com os parentes, com os meus compromissos comuns a todos os seres humanos.

Um momento, por favor!
Quero rever o meu passado, a minha história, meus erros, meus acertos. Não quero esquecê-los, nem me arrepender deles, mas colocá-los na página correta do meu livro da minha vida. Quero aprender com eles e com eles me reconciliar. Com certeza vou ser uma pessoa melhor.

Um momento, por favor!
Quero desconstruir minha vida e reconstruí-la para o hoje. Quero virar as páginas do tempo. Viver o presente e preparar o futuro. Este não é um lugar ou um tempo distantes. Eles estão por perto, sim.

Um momento, por favor!
Quero analisar minha saúde. Verificar se estou fazendo tudo conforme os médicos me orientaram? Faço os regimes? O meu amor sabe de tudo a respeito da minha saúde? Estou bem... Tenho certeza que sim!

Um momento, por favor!
Quero pensar no meu amor, na sua vida, na sua saúde, na sua felicidade. Sei que tudo isso está em minhas mãos, em minhas atitudes, em meus gestos... Quer ser ainda melhor, a cada dia: amar mais, surpreender mais, respeitar mais, contemplar mais... Fazer da nossa vida a alegria pura...

Um momento, por favor!
Façam isso... É bom... Tocar-se... Sentir-se... Saber que você existe... Que você sente.... Que você ama! Que é amado! Pare... Medite... Recarregue suas energias... Não tenha pressa! Deus fez o mundo em 7 dias, mas não foram dias humanos, mas inseridos no contexto da eternidade....

Um momento, por favor!


sexta-feira, 25 de julho de 2014

DE ARIANO VAI FICAR MUITA SAUDADE!

Palavras de Ariano Suassuna:

“Eu digo que das três virtudes teologais chamadas, eu sou fraco na fé e fraco na qualidade, só me resta a esperança. Eu sou o homem da esperança”.

Ariano Vilar Suassuna, dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro, nasceu em João Pessoa, Estado da Paraíba, no dia 16 de Junho de 1927. Faleceu no dia 23 de Julho de 2014, em Recife, Pernambuco.

Suas peças teatrais: Uma mulher vestida de Sol, O deserto da princesa, Auto de João da Cruz, Torturas de um coração, O Castigo da Soberba, O Rico Avarento, O Auto da Compadecida, O Casamento Suspeitoso, O Santo e a Porca, O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna, A Pena e a Lei, A Farsa da Boa Preguiça, A Caseira e a Catarina

Seus romances: d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, a História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (que ele mesmo classificou como romance “armorial-popular brasileiro”)

Suas conquistas: Professor de Estética na Universidade de Pernambuco, ajudou a fundar o Teatro Popular do Nordeste, co-fundador do Conselho Federal de Cultura, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE, defendeu tese de Livre-Docência, com o título: A Onça Castanha e a Ilha Brasil, Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira, aposentou-se como Professor Universitário em 1994

Suas realizações: idealizador do “Movimento Armorial”, para defender, divulgar e valorizar a cultura popular, para o qual convocou pessoas ligadas a todo tipo de música, desde o erudito até o compositor e cantador simples do povo.

... E Muitas outras...

São tantas, inumeráveis mesmo as qualidades de Ariano. Erudito, Professor Universitário, Livre-Docente, mas um homem do povo. Quem dele se aproximava ou com ele convivia, ou seus alunos ou seus discípulos, não se cansam de contar as tantas vezes que se emoci0naram com sua simplicidade, sua alegria, sua esperança, seu amor pelo povo, especialmente do sertão nordestino.

Homem do povo... Amante do futebol, torcedor fanático do Sport Clube do Recife. Aos 80 anos deu o “ponta-pé inicial” de uma partida entre o Sport e o Corinthians. Pé quente seu time ganhou e a torcida foi ao delírio. Quando ia ao estádio ficava junto do povo e comandava o grito da torcida. Tinha um jeito especial de usar as cores do time. Sempre que comparecia a uma solenidade importante usava terno preto e casa vermelha ( as cores do Sport) o que chamava de “esporte fino”. O Sport imortalizou o amor de Ariano ao escrever na camisa a sua frase “Felicidade é torcer pelo Sport”.

Alguns pensamentos seus:

“A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte gosto médio é mais prejudicial que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio”.

“Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa”.

‘...É muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos; o país dos privilegiados e o país dos despossuídos”.

“Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas”.

“Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo que é vivo, morre.  (do Auto da Compadecida)”.

2014 está sendo um ano difícil para a cultura brasileira.

O céu está em festa com as histórias ao vivo de Ariano Suassuna. O Brasil só não está mais pobre, porque o que ele escreveu continua vivo por aqui.
Mas que a cultura nordestina está triste não há como negar.





quinta-feira, 24 de julho de 2014

QUANDO O COMINHO DESTEMPEROU O DIA



O dia prometia ser especial... E foi!

Ela acordou bem cedinho, aliás, um pouco mais cedo que de costume. O dia prometia ser especial, pois faria uma apresentação para sua equipe de trabalho e para qual vinha se preparando há mais de uma semana.

Uma roupinha diferente, um toque especial no cabelo, um par de sapatos um pouco mais alto...

O único porém: deveria ir de ônibus, como todos os dias. Não morava ma periferia, mas na região metropolitana.

Foi para o “ponto”, ansiosa e, de fato, tomou o primeiro que passou. Ainda bem que estava adiantada. Sentou-se numa dos últimos bancos. Colocou o fone de ouvido e começou a ouvir música, exatamente para relaxar, já que o que tinha estudado e ensaiado tudo que precisava.

Assim fez... Até tirou um cochilo, importante para chegar ao trabalho ainda melhor.

E então aconteceu... Já quase no final da viagem, um senhor entra no ônibus e se dirige, também, para os últimos bancos. Ficou em pé. Tinha acabado de passar na feira e estava com a sacola ecológica cheia, principalmente de ingredientes para tempero.

E o “sabor” que realmente tomou conta do ônibus e atingiu diretamente o cabelo muito bem cuidado da moça foi o cominho... Cheiro realmente muito forte... Ela literalmente “viajava” ao som das músicas.

De repente acordou e assustada e quase sufocada pelo cheiro do cuminho. Experimentou o cabelo... Cominho puro.  Deu um pulo e gritou para o homem da sacola:
- Viu o senhor fez? Contaminou o meu cabelo, a minha roupa! E agora o que vou fazer?

O homem continuou tão tranqüilo quanto começou sua viagem. Nem percebeu se a moça estava falando com ele ou não.

Ela desceu no próximo ponto, muito perto do trabalho. Já não estava tranqüila, e não sabia o quê fazer para se livrar do tempero. Logo na entrada ouviu de seu colega brincalhão:
- Oi amiga, madrugou hoje e já deixou o almoço pronto? Posso lhe fazer companhia?

Nervosa, ansiosa, constrangida, corajosa... Deu conta do recado. Depois se recolheu no seu canto, cumpriu as missões do dia, evitando o contato com os demais colegas.

Da sua cabeça não saía a imagem do homem tranqüilo e sua sacola de temperos. E, principalmente, do cominho que destemperou o seu dia.



Imagem: Google

quarta-feira, 23 de julho de 2014

FILHOS MELHORES PARA O NOSSO PLANETA


A frase da ilustração circulou no Facebook (a única fonte que temos), mas merece uma pequena reflexão.

As duas idéias são fundamentais. Cuidar do planeta é essencial. As gerações futuras vão culpar fortemente a geração atual pelo estrago que está nele  sendo feito. Irresponsabilidade total.

A questão da água em São Paulo. O desmatamento da Amazônia, A questão Indígena, O fim da Mata Atlântica. A fauna e a flora em extinção. As cidades entupidas de carros. Periferia abandonada. Violência. Tráfico. Consumo. Educação sucateada. E tantas outras mazelas... Isso para falar apenas do Brasil. Imagine-se o que vai pelo mundo.

Sim, seremos cobrados por isso no futuro.  Mas o que importa. Estaremos mortos nesse futuro.

A questão os filhos melhores para o nosso mundo também é séria e muito, mas muito mais trabalhosa. Começa no berço. Educação é a base.

É claro que o processo educacional precisa evoluir, acompanhar o aparato tecnológico ao qual as crianças têm acesso.  Discurso tem de ser melhorado constantemente.  Mas jamais perder de vista os valores humanos básicos e aqueles que sustentam e equilíbrio da sociedade.

A moral muda. Os valores vinculados à nova moral devem se considerados. Hoje, a família já não é a mesma de algumas décadas atrás. As uniões homossexuais são uma realidade no mundo e no país. O preconceito felizmente seriamente combatido. O divórcio, muito mais simplificado. As instituições formadoras de opinião precisam participar desse processo. As igrejas, os sindicatos, as ONGs, a mídia, as Universidades, os Partidos Políticos...

E qual deve ser o conteúdo desse discurso? Difícil estabelecer. Mas a sociedade tem gente capacitada para isso. Mas acreditamos que a ética deve ser preservada.

A ética deve ser ensinada, praticada, muito antes de se ensinar uma segunda língua, por exemplo. A ética está envolvida no jogar um papel no chão, no colocar o lixo em local inadequado, no desobedecer aos sinais de trânsito, nas pequenas corrupções, nos mínimos roubos. Pequenas atitudes que viciam e estão na gênese dos grandes roubos e grandes corrupções.

Falta consciência política, não a política como profissão, mas aquela em que o bem comum está em primeiro lugar.

Embora estejamos em plena era do consumismo, este não é a essência da vida. O TER deve continuar sendo mais  importante que o SER.  Essa inversão de valores faz com que, no fim da linha destruamos o planeta e muito pouco ofereceremos às gerações futuras.



Imagem: Facebook

terça-feira, 22 de julho de 2014

PROBLEMAS, PROBLEMAS... PROBLEMAS!


Viver é estar sujeito a emoções diárias. Que bom que é assim, Caso contrário tudo seria monótono e sem graça. Desafios constantes fazem a vida valer à pena.

Bom mesmo seria viver sem problemas, mas com as emoções necessárias. Circula pelas redes sociais inúmeras frases de efeito a respeito de tudo, inclusive sobre os problemas da existência. Algumas são infantis outras devem ser levadas a sério. O importante é ter a sabedoria para separar o “joio do trigo”.

Uma dessas frases diz mais ou menos assim:

“A maioria dos problemas na vida são causados por duas razões: agir sem pensar e pensar sem agir”.
(autor não identificado)

Dá, sim, para pensar. A vida para ser boa precisa de emoções a todos os instantes: sonhos realizados, objetos de consumo (muito desejados) adquiridos, o emprego dos sonhos, o sorriso da mulher capa de revista, o galã alto, moreno, sarado de olhos verdes, o diploma planejado, o amor desejado,  a viagem de encher os olhos, as histórias muitas para contar.

Tudo movido pela emoção, gerando cada vez mais emoção. Porém, não se deve agir movido puramente pela emoção. O risco de algo dar errado é muito grande. A emoção escamoteia a capacidade de planejar. Planejar a vida, os objetivos, as metas, os caminhos a serem percorridos, são atitudes fundamentais para a realização pessoal e profissional e manter-se apto para vivenciar as emoções da vida. Elas não vêm de graça, portanto.

Por outro lado só pensar, só refletir, sem participar, sem contribuir, sem gerar atitudes também é um grande risco. É a omissão.

Do que o mundo menos precisa é dos fiscais de trabalhos feitos. São pessoas com elevado senso de crítica, que observam tudo, esperam o trabalho terminar e em seguida se aproximam e dão seus palpites. São pessoas e opiniões inconsequentes, inoportunas e inteiramente dispensáveis. Elas, sim, deveriam participar dos trabalhos, pedir educadamente, voz e vez para fazer suas observações para o melhor andamento daquilo que está sendo feito.

São pessoas que participam daquele grupo do “quanto pior melhor”. Fazem mal aos outros, à sociedade, e principalmente, a si mesmas, pois não crescem como gente e têm grandes chances de se tornarem infelizes e solitárias.

As coisas não devem ser assim. Pessoas que pensam, mas não agem... Algum motivo tem para serem assim. Que procurem ajuda externa, se a força de vontade não for suficiente para mudarem essa situação ou condição.

Xô fiscais de obras feitas...



Imagem: Google

segunda-feira, 21 de julho de 2014

AMADURECER


ciclo natural mostra que primeiro vem as flores, depois os frutos... Estes amadurem caem, as sementes germinam e nascem novas plantas... e o ciclo continuam e a natureza se mantém...

Com a vida das pessoas as coisas são mais ou menos assim... a grande diferença é que para uma pessoa a vida é uma só. O seu ciclo termina e se não foi feito por ela para continuar viva na memória das outras pessoas, volta ao nada e tudo continua como se nada tivesse acontecido.

Portanto, o segrego é “acontecer” ou “fazer história”... E só uma pessoa madura consegue isso. Amadurecer não é envelhecer. Amadurecer é desenvolver a capacidade de, através do autoconhecimento, controlar suas emoções, que aprende a lidar com as necessidades da vida, de maneira realista e ainda consegue visualizar os prós e os contras das decisões tomadas, isto é, as consequencias positivas e as negativas de suas atitudes.

Há pessoas e não crescem, pois vivem numa “zona de conforto”. Foram superprotegidas na infância, foram podadas, não vivenciaram liberdade com responsabilidade. Não aprenderam a reconhecer seus pontos fortes, que precisam ser reforçados e mantidos e os pontos fracos que devem ser melhorados.

Portanto, uma pessoa madura toma decisões com segurança. Mas, esse processo de maturidade não acontece num estalar de dedos, ou num momento “x” da vida. É um processo longo e dolorido. É um “superar” constante de obstáculos. E, principalmente, assumir suas próprias limitações.

Outro segredo é, após, reconhecer suas limitações “trabalhar” com elas, isto é, tratá-las, com mudanças de postura, com aprendizado, e na pior das hipóteses, buscar ajuda.

Situações dramáticas, como a perda de um emprego, a perda de ente querido, a reprovação na escola, o fim de um relacionamento, geram fortes emoções e desorientam as pessoas.  Tais situações podem e devem ser fontes de aprendizado e amadurecimento. Guardados e respeitadas os momentos de dor, preciso retomar a vida que continua. Quem pôde superar esses momentos está preparado para novas situações de fortes emoções. Amadureceu...

A grande verdade é que na vida tudo é transitório. A própria vida é transitória. Tudo passa, tudo se resolve... Mas, é verdade também que a solução de um problema, gera outros, e outros e outros... É uma caminhada... O ganho é mesmo o crescimento da maturidade.



Imagem: Google

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A GRANDE AULA


Classe de Segundo Ano do Ensino Médio... Lotada!

A maioria dos alunos do Segundo Ano vive um período de transição, uma espécie de limbo: guarda um pouco da infantilidade ginasiana que deveria ter deixado no Primeiro Ano e ainda não atingiu a plena maturidade do Terceiro, já prestes a vivenciar a realidade da vida, caminhando com os próprios pés.

Acontece que nos meses iniciais do ano letivo o professor não conhece bem, suas turmas e por isso não tem como prever o ânimo da sala.

O fato se deu num daqueles dias em que a turma estava envenenada. Lá pelas tantas, um desses alunos “pentelhos” gritou:

- Professor, qual é? O Senhor parece que não sabe nada, só fica enrolando. Queremos aula, porra!

Por alguns poucos segundos ele se sentiu acuado. Entretanto, percebendo que o aluno até que tinha razão, fechou os olhos imaginou à sua frente não uma turma bagunceira, mas alunos universitários ávidos em beber da sabedoria e dos conhecimentos do mestre.

E começou... Buscou no fundo da alma todos os conhecimentos acumulados nos anos de estudo, trabalho e magistério. Os alunos acompanharam a aula em silêncio e boquiabertos.

Não foi o melhor tipo de aula preconizada pelos “pedagogos de aquário”... Porém, quanto o sinal anunciou o final das duas aulas seguidas ouviu vários elogios e, daquele que o provocou, o seguinte comentário:

- Viu só professor. Se eu não tivesse reclamado, o Senhor não teria dado essa bela aula!

Que foi uma grande aula, ah isso foi...



Imagem: Google

PROJETOS DE VIDA


Somos movidos por projetos desde os primeiros dias de vida, desde aquele tapa vital que recebemos na bunda quando o médico nos levanta pelas pernas. Alguma coisa passa pela cabeça dele. E o nosso primeiro projeto é chorar como sinal de vida, o segundo é fazer a nossa mamãe chorar de alegria e o pai dar pulos de alegria, fazer fotos para publicar nas redes sociais... Só depois é que vem a preocupação em nos fazer a mamar e logo em seguida dormir, para que nossa mamãe possa descansar...

E assim será sempre. Projetos... Primeiro na cabeça dos nossos pais, seremos bonitos, chamaremos a atenção de todos; as meninas aquelas horríveis e dolorosas (gracinhas, para as mamães) xuxinhas; os meninos ganharão bolas de futebol e as chatas camisas dos times preferidos dos pais, tios, avós e de seus amigos... Bombardeio total.

Só mesmo depois de muito tempo é que assumiremos os nossos próprios projetos e começaremos a ser nós mesmos... Momentos de escolhas, graves momentos, Função da escola, das boas escolas; dos professores, dos bons professores (os mestres), dos pais, dos bons pais...

É importante plantar boas sementes, fazer boas escolhas no semear. A colheita será imutável. A vida é única, a semeadura idem, a colheita terá reflexos para a vida inteira. Portanto, é muito sério estabelecer bons projetos de vida, seguros, maduros, de acordo com a vocação. Podem ser sinônimos de realização pessoal e profissional, portanto, de felicidade.

Antes disso, haja ralação. Quem optar por viver intensamente a vida, sem se preocupar com o futuro, pode se dar mal. Estamos vivendo tempos em que a longevidade é uma marca, uma vitória da ciência. Porém a velhice, a senilidade é trabalhosa e custosa. Demanda planejamentos a partir de agora.

É fundamental a consciência de que tudo depende de luta pelo ideal escolhido. A ética é absolutamente necessária. Não temer o desafio, pois é ele que diariamente transforma as pessoas...

Viver é depender de pessoas, pois ninguém acontece, faz história, se realiza sozinho. Há a necessária interdependência. Mas as decisões são sempre solitárias. Os acertos, obrigação. Os erros, descuido e irresponsabilidade. As cobranças, coletivas. Viver pressupõe coragem...

Não se deve dar importância demais para as opiniões alheias... E por fim, o conselho de François de La Rochefoucauld:

“A verdadeira coragem está em fazermos sem testemunha o que seríamos capazes de fazer diante de todo mundo”.

Isso é caráter... Isso é ética...


Imagem: Google


quarta-feira, 16 de julho de 2014

REPENSANDO A VIDA


Nada melhor do que uma caminhada solitária para repensar a vida. A vida não é mecânica, programa de computador que funciona com simples toques no teclado. A vida é imprevisível, flexível, é como viajar num avião com defeito. A gente inicia a viagem como passageiro e termina com sobrevivente.

A flexibilidade da vida e a sua imprevisibilidade dependem fundamentalmente das decisões que temos de tomar a todos os instantes. A não tomada de decisão já é uma decisão tomada. De qualquer forma as conseqüências virão. Querendo ou não, devemos estar preparados para elas... Ou as enfrentamos e as administramos ou seremos atropelados por elas.

Decisões... Nada na vida são promessas ou garantias. Vale o hoje. A preparação para o futuro vem do estudo e do trabalho. O estudo prepara tecnicamente para o exercício profissional. Mas se a escolha for errada... No trabalho, a lei favorece muito mais os patrões e a estabilidade está sujeita às leis do mercado.

Decisões... Tudo na vida são possibilidades e oportunidades, Não depende de sorte. Sorte é a junção da possibilidade, com a oportunidade para quem está no lugar certo. Em outras palavras: para quem está preparado. As oportunidades não surgem para quem dorme além da conta.

E para quem está perdido, desorientado, sem saber o que fazer, na melhor do que a caminhada solitária, numa praia deserta, ou numa estrada silenciosa. Os sons da natureza não perturbam os pensamentos, apenas os apóiam e os sustentam. É preciso curtir a solidão...

Alguém disse: “Solidão não se cura com amor dos outros. Cura-se com amor próprio” (Autor desconhecido).

Assim tudo depende da nossa força de vontade, do nosso querer, da nossa decisão de enfrentar de frente as conseqüências. Ter a humildade para admitir os erros, buscar suas fontes, refazer os caminhos... Ter a perspicácia necessária de aprender com eles. E como os erros ensinam! E por fim, ser maduro o suficiente para corrigi-los e, principalmente, não repeti-los.

A vida é bonita, emocionante, muito se assemelha a uma caminhada (é, mesmo, uma caminhada!). E é no fim da caminhada que surgirão os resultados.  Vem à lembrança o recado de São João da Cruz: “...No entardecer da vida seremos julgados pelo amor”.

O amor é uma bela sugestão.



Imagem: Google

terça-feira, 15 de julho de 2014

GENTE QUE FAZ BEM À GENTE


A vida é uma grande universidade... Grande, variável, flexível, interminável, seletiva, exigente... Mas completamente prazerosa, fonte de alegria e de felicidade.

Um dos aspectos da vida que faz bem à gente são as redes de relacionamentos que podemos estabelecer ao longo da vida. As redes sociais permitem-nos conhecer pessoas e fazer amigos no mundo inteiro. Aliás, o mundo está na palma da nossa mão.

As redes sociais nos proporcionam possibilidades infinitas... Até de estabelecermos relacionamentos estáveis, encontrarmos a nossa companhia para o resto das nossas vidas.

Na área empresarial, os especialistas chamam isso também de networking, que é a rede de contatos e amigos profissionais, possibilitando a troca de conhecimentos, o aprimoramento constante e a abertura de portas para que consigamos o grau da “empregabilidade”, objetivo maior de qualquer profissional sério.

Interessa-nos por ora a rede de amigos. Há os que dizem que “quem encontra um amigo verdadeiro encontra um tesouro”; outros diriam
que “não conseguiria sobreviver um minuto à perda de um grande amigo”. O amor de amigo é muito forte, não é possessivo, pois permite, isto sim, ampliar a rede, quando os amigos de uns se juntam aos amigos de outros.

Mas há perigos embutidos nessa teia bonita, alegre, festiva de amigos. São pessoas, humanas, sujeitas às suscetibilidades da vida. Sobrevêm, então, os cuidados quando tendemos a nos apegar mais a uns do que a outros

É muito importante saber discernir entre todos aqueles que mais se preocupam com a gente. Aqueles que fazem contatos sempre, que estão interessados em nosso bem-estar, com a nossa saúde, com a nossa eventual solidão.

É legal perceber as pessoas que têm a coragem de nos corrigir, que não nos fazem média, que nos alertam sobre os rumos corretos que temos de tomar na vida. Especialmente nas decisões que nos podem afetar e nos modificar para sempre.

Não é muito difícil percebemos quem são aqueles que estão com a gente nos momentos bons, que festejam juntos, que se alegram juntos... E principalmente nos momentos ruins, quando precisamos chorar, curtir a tristeza, a solidão. Estão ao nosso lado, mesmo em silêncio.

Há amigos destemidos, confiantes, que não temem nos dizer a verdade, mesmo sabendo que vai doer muito. Sabem que uma forte dor que passa é melhor que uma dor constante e um peso na consciência,

Enfim, a vida nos ensina a descobrir quais os amigos que, de fato, nos querem bem e deles sentimos.



Imagem: Google

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O FUTURO DA SELEÇÃO BRASILEIRA


Todos aqueles que se interessam por futebol têm uma opinião formada a respeito de qualquer assunto relacionado a esta prática esportiva. Cada um tem, por exemplo, uma escalação preferida, que raramente confere com a de outros.

Vamos contribuir com uma reflexão, já que da seleção atual vai sobrar muito pouco. Aqueles que têm potencial para continuar sendo convocados, certamente entrarão em baixa e levarão consigo o estigma não só da derrota para a Alemanha, mas das más apresentações e da pseuda organização da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), responsável pela Seleção.

Há muito que aprender com seleções como a Alemanha, a campeã que mereceu o título. O aprendizado precisa ser rápido e as mudanças implantadas imediatamente. Algo impensável, dada a bagunça generalizada que reina no futebol brasileiro como um todo.

Em primeiro lugar não repetir os erros cometidos na preparação para esta Copa, com jogos medíocres, com convocações de afogadilho, sem prazo para treinamentos, convocações que visavam apenas atender aos interesses de empresários que desejaram valorizar ainda mais os seus jogadores empresariados.

Em segundo, fazer planejamentos a médio e a longo prazos, incluindo a valorização dos clubes pequenos do interior, historicamente os celeiros de grandes jogadores. É lógico que esses clubes precisam se modernizar, também estabelecer metas, enfim, profissionalizar suas administrações. Tais clubes, de uma maneira geral, estão sucateados e muitos deles não passam de um “nome” e de um “jogo de camisa”,

Por outro lado é preciso criar mecanismos contra a ação dos empresários que fazem a cabeça de jovens promessas e de suas famílias. Eles prejudicam demais os clubes pequenos. Os empresários são a verdadeira fonte de corrosão do futebol e dos jogadores, pois começam por aliciar os próprios pais. Os meninos se tornam arrogantes e não aceitam as disciplinas implantadas pelas categorias de base dos clubes.

Logo começarão as eliminatórias para a Copa da Rússia, em 1918. Se a CBF não se cuidar corremos o risco de não termos a nossa seleção classificada. Vexame maior ainda. Até o final do ano a seleção tem mais seis jogos (daqueles...). Porém, sem fugir ao que já está combinado, é necessário iniciar agora um trabalho paralelo de desconstrução e reconstrução do futebol brasileiro.

Desconstruir tudo, desmontar tudo, sair de campo todos os dirigentes e patrocinadores responsáveis pela má apresentação da Seleção Brasileira.

Reconstruir, com idéias novas, cabeças novas, estruturas novas, até com leis federais, tribunais de contas, Ministério do Esporte envolvidos. Mas, a longo prazo, sem pressa, com os pés no chão. Tudo deve começar com uma visita de trabalho para conhecer a organização do futebol em países vencedores, a Alemanha, por exemplo.

Não se deve copiar tudo pura e simplesmente. Deve-se conhecer o  trabalho e adaptá-lo à nossa realidade.

Importante: em tudo que se fizer jamais se deverá matar a criatividade nata do jogador brasileiro. Deve-se, isto sim, discipliná-lo, prepará-lo fisicamente e educá-lo no melhor sentido da palavra, isto é, fazê-lo estudar, ler muito.

O tema é vasto e pequeno o espaço. Repetindo o aviso: logo, logo começarão as eliminatórias para a Copa da Rússia. Cuidado, podemos ficar de fora se as coisas não mudarem.



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sexta-feira, 11 de julho de 2014

NEYMAR JR, HERÓI NACIONAL?


Temos vivido nos últimos meses e nos últimos dias uma série de comoções nacionais.

A Copa do Mundo chegou e muita coisa não ficou pronta. Desespero total (ou euforia desmedida) dos pessimistas de plantão. Vieram as ameaças de manifestações que impediriam a realização da Copa. Nada aconteceu. E a Copa está chegando ao fim conforme planejada pela “senhora” FIFA.

A contusão de Neymar Jr foi outro choque. Como pôde isso acontecer com a nossa maior esperança? O time era ele e mais dez, com certeza. E veio a hecatombe dos 7X1 contra a Alemanha. País de luto, tentando (e não vai conseguir, nunca) entender a tragédia.

E agora vai dar AA na final: Alemanha versus Argentina (ou o contrário). E corremos o risco de ficarmos em quarto, pois teremos pela frente nada mais nada menos que a poderosa Holanda! Pelo menos subiremos os sete degraus da fama, sem alcançá-la, é claro. Os investidores estão de cabelo em pé... Vice, terceiro, quarto e nada significam a mesma coisa...

Quanto aos culpados, tanto pela contusão de Neymar Jr (que, aliás, deve estar gritando aleluias por não ter participado do fatídico jogo contra a Alemanha), e pela vergonha dos 7X1, eles são muitos. E por serem tantos, também jamais serão encontrados. Será um empurra-empurra tão grande que é melhor engolir logo esse sapo.

Já em relação a Neymar Jr dá para se arriscar um palpite. Ele foi tido e havido como o melhor jogador da Copa, aquele que explodiria, ainda na sua juventude e deixaria para trás os Messis, os RC7s, os Robbens e tantos outros. E a imprensa foi cúmplice nisso. Falou-se tanto em Neymar Jr e de seus prodígios, endeusando-o de tal maneira, que ele passou a ser marcado e caçado em campo. Sua contusão, que logo será curada, se Deus quiser, foi uma questão de tempo.

É a mística do herói nacional. O Brasil nunca teve e jamais terá alguém  capaz se tornar um símbolo nacional, como foi, por exemplo Nelson Mandela. As cabeças pensantes brasileiras vêm buscando isso já faz tempo, desde que o Romantismo Literário que criou Ceci e Peri, na obra de José de Alencar e imortalizados na ópera “O Guarani” de Carlos Gomes, que o mundo inteiro conhece, menos o brasileiro (...E nem sabe que seu tema de abertura é o tema de abertura, também, do programa de rádio oficial “A Voz do Brasil”).

Não deu certo. Neymar Jr foi excluído da Copa por uma atitude covarde do jogador colombiano, seu colega de profissão, e ignorado pela “senhora” FIFA, atitude tão grave quanto a nojenta mordida do uruguaio (dois pesos e duas medidas)... Ou a FIFA também corrobora com a idéia de o Brasil não tem um símbolo nacional e não será num evento dela que tal símbolo iria nascer. Já bastam Pelé, Garrincha, Leônidas da Silva e tantos outros, que também, em última análise, não emplacaram para além do que sabem ou sabiam fazer.

O herói nacional, o símbolo de união de um povo nasce da sua consciência política, da sua educação, coisas que o brasileiro está muito longe de conseguir.

Daqui a pouco, terminadas as férias, cada um dos protagonistas da Copa do Mundo de 2014, estarão em seus clubes faturando o que lhes cabe em contrato. Nada mais justo.

A "Copa das Copas" está acabando, estamos chupando o dedo e que vença o melhor. Que a justiça seja feita dentro de campo.

Herói nacional... Que conversa estranha! Xô imprensa oportunista!


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quinta-feira, 10 de julho de 2014

SUA EXCELÊNCIA, O SÁBIO!


“O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute idéias”.

Um grande desafio: discutir idéias!

Pessoas sábias são solitárias. É como atingir o topo da montanha. Lá se tem a visão do todo. É o que os filósofos chamam de visão holística (holos=todo). Mas segue uma pergunta: existe lugar mais solitário do que o pico de uma montanha? Só mesmo um deserto, embora haja vida em ambos. Estranhas vidas, ora trazidas pelo vento, ora elas despontando das entranhas da terra.

O sábio é um deserto. E tem vida, ora trazida pelos ventos da imaginação, da criatividade, sustentada pelo diálogo entre o sentimento ( mundo interior) e a razão e a visão (mundo exterior); ora oriunda do âmago da alma, movida por perguntas que geram respostas que geram novas perguntas e novas respostas e novas perguntas. É um mundo em desconstrução e reconstrução, um vulcão pronto para entrar em erupção, erupção esta que não destrói. O que pode acontecer é a desestruturação das pessoas que estão ao seu redor. Calma! A reestruturação vem em bases hodiernas.  O sábio é sempre novo, ainda que solitário, ainda que um vulcão pronto a eclodir.

O sábio é um louco... Como loucos são aqueles que estão séculos à frente de seus contemporâneos. Estes são mortais, pois nascem anônimos, crescem anônimos, vivem anônimos, envelhecem anônimos e morrem anônimos... Meros desperdícios de energias vitais.

No alto da montanha tem sempre uma árvore (bendita, pela sombra que gera) e o vento faz a alegria da relva. Nos galhos da árvore os pássaros cantam, se amam, constroem seus ninhos, gerando vida. À sua sombra e deitado na relva o sábio se deita e seus pensamentos transcendem os mundos inalcançáveis pelos medíocres e comuns. Como a águia que ao romper do dia se lança no espaço rumo às alturas insondáveis.

Sábios e idéias, quem gerou quem?

Medíocres e comuns são mortais. Sábios são eternos. Vejam-se os manuais de qualquer coisa, cadernos, agendas e sites que fornecem ilustrações para as redes sociais... Lá estão eles... Vivos, atuantes, desestruturantes... Loucos, mas procurados, respeitados, transformadores.

Lógica, contrastes, dicotomia... No processo construtivo de suas idéias são solitários. O tempo, porém, se encarrega de torná-los queridos e respeitados...

... E necessários!



Imagem: Facebook

quarta-feira, 9 de julho de 2014

MUDAR... MUDAR-SE!


Dá arrepios... Mudar de casa, um dos maiores desafios da vida. Quanto menos mudar melhor (Mais coisas inúteis se acumulam).

A vida segue... Tudo no lugar, arrumadinho. O que se procura se acha. Mas a grande verdade é que as inutilidades vão ficando por baixo. Mudar de casa é confronta-se com elas.

Aja estresse! Estresse não, irritabilidade específica para esse momento surreal na vida de qualquer um. Surreal porque nada do que se planeja dá certo. Não se encontram as caixas em número suficientes. A mesma coisa acontece com os jornais necessários para embrulhar os copos, porcelanas, “cristais”, louças e afins.

Os desmontadores e remontadores desaparecem. Os amigos, ajudantes em potencial... necas de pitibiriba! Você está só, literalmente só. A mudança é inacabável. Os transportadores contratados só fazem aquilo que você orienta (ou ordena). Não querem correr o risco de potenciais prejuízos.

Nervos à flor da pele. E começam a sair coisas. Surgem aquelas que delas você já não se lembravam e agora tem de lidar com elas.

Tudo estava arrumadinho... E agora? Será que vai caber lá? Tem que jogar fora tudo ou quase tudo. Mas neste instante não dá tempo de “selecionar”. Tem que ser levado! Meu Deus, o que será de mim? E a mudança tem que acontecer.

A mudança acontece em três fases: o antes, o durante e o depois.  É lógico que no “antes” há a preparação, com todas as vicissitudes, Há uma esperança que nada vai dar errado. No “durante”, tem os inevitáveis imprevistos. A geladeira que riscou, a máquina de lavar que bateu, o colchão que rasgou, a caixa de copos que caiu... As coisas velhas que entopem o caminhão (Mas como tudo isso estava lá?), Vem o “depois”.

Tudo foi colocado de qualquer jeito. Extenuados os transportadores vão ir embora, deixando para trás um enorme “abacaxi”. Não, hoje não dá para fazer mais nada!. O que se consegue é descolar um café preto com pão sem manteiga. A água para beber está quente. Ah! Sim, um cantinho para dormir talvez seja possível.

Passará um tempo muito longo até reorganizar as coisas. E, principalmente, eliminar as velharias. Os guardados há mais de um ano devem ser eliminados. E as relíquias? E os objetos com valores emocionais? E os totens de família?

Mudar de casa é redescobrir-se... É confrontar-se consigo mesmo... Com suas perdas e ganhos... Com o que realmente tem valor em nossa vida.

Mudar de casa é mudar, não só de endereço, mas os conceitos... Rever os apegos, enfim a forma de encarar a vida...

Pena que mudar é, para quem a faz é uma grande e inesquecível tragédia grega. Mas, pensando bem, apesar dos “arrepios”, tem o seu lado bom.

Quem muda, literalmente, não é mais o mesmo!


Imagem: Google