Ah! As
maravilhas tecnológicas! Um dedilhar, um simples apertar de botão e o mundo cai
de joelhos diante de nós. O universo, os “buracos negros”, os confins siderais
cabem na palma da nossa mão...
HD...
Hight Definition... Na Era da Informação tudo enche os olhos... Comunicação
instantânea, ninguém mais se perde, motoristas controlados, câmeras
inteligentes, “drones” bombardeando aldeias, e levando drogas nos presídios... Controles
e monitoramentos remotos... Cirurgias intrauterinas e à distância,
microcâmeras, deduragem de veículos irregulares... Maravilhas modernas...
Empresas
que se orgulham de seus “SACs” – Serviços de atendimento aos clientes...
Maravilhas
modernas e virtuais. Estamos vivendo também a “Era da Virtualidade”... Até que
você precise conversar com alguém inserido nessa rede maldita. O humano fica
tão apequenado que parece menor que uma ervilha! Duvida? Por isso!
Um
caso: uma pessoa acostumada a pagar suas contas em dia, precisou efetuar
pagamentos numa cidade fora de seu domicilio. Jê fez isso tantas vezes...
Maravilhas modernas. Mas desta vez não deu certo. O pagamento não chegou onde
deveria chegar. Aliás, dois pagamentos: um da conta de energia e outro da cona
da TV por assinatura. Estava tranqüila até que passou a receber aquelas
mensagens desagradáveis da inadimplência. A energia não foi cortada, mas a TV
sim. E agora, como fazer para falar com alguém? Algo extremamente difícil, para
não dizer impossível. Só o “call center”.
O sinal está cortado. Ela está sem TV. E aquelas promessas: “Estamos
encaminhando. Favor aguardar 24, 48 ou 72 horas. E lá se vão mais de 20 dias,
ou 480 horas e nada!
Maravilhas
modernas... Maldição humana... E não aparece aquela pessoa realmente
responsável, líder, macho, capaz de dar um murro mesa e ter “aquilo roxo” para
mandar ligar o sinal e depois ver onde está o dinheiro, pois o pagamento está
devidamente comprovado.
Pobre
ser humano, escravo e vítima da tecnologia e vítima, também, da não só da
mecanização tecnológica, mas da mecanização humana. As pessoas são
condicionadas a expressar exatamente aquilo, sem fugir uma linha.
Imaginemos
o que vem por aí. Os catastrofistas de plantão têm razão. Vai falar humanidade
nessa nova realidade das coisas. Uns são felizes, muito felizes, pois a
tecnologia lhes faz bem... Outros sentem na pele a escravidão de depender de
alguém que lhe resolva os problemas surgidos.
Procons...
Juizados de pequenas causas... Barracos... Redes Sociais... Televisão... Eles
não nem aí com essas coisas... Estão acima do bem e do mal... Estão, sim, interessados
em que a pessoa prejudicada pague novamente. Assim o lucro é um pouco maior. A
menos que...
A menos
que você encontre, como nosso personagem encontrou, nesse emaranhado de códigos
e falas mecânicas, alguém, um ser humano, que se interesse pelo seu problema e
interfira pessoalmente para a sua solução. O sinal de sua TV por assinatura
voltou...
Maravilhas
modernas.
Imagem:
Google