Quem não pensa em ter
um emprego compensador? Um emprego que lhe dê status, autoestima elevada,
rendimentos à altura, que permita aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos,
conhecer o mundo, obter um patrimônio sólido e uma aposentadoria decente?
Pois é, seria o ideal,
mas nem sempre é assim. Primeiro que há no país um índice de desemprego grande,
o que, aliás, as autoridades relutam em admitir e muito menos comentar. Isso
quer dizer que as dificuldades para se conseguir um emprego são enormes,
aumentando em muito a concorrência. Emprego é trabalhar naquilo para o qual se
formou. E quem não consegue esse emprego, aceita um “serviço”, que é fazer
qualquer coisa, desde que garanta um salário, o mínimo que seja.
Situações como essas
ficam longe da idéia da empregabilidade. Esta é a capacidade da pessoa em se
manter empregada, fazendo o que gosta, ser feliz na empresa onde está, e pronto
para mudar de empresa, desde que a outra melhore suas condições de trabalho. É
uma inversão de valores.
No inicio da vida
ativa a pessoa sonha em conseguir um emprego. No auge da empregabilidade, são
as empresas que procuram o empregado, oferecendo uma negociação à semelhança do
que acontece com um jogador de futebol, por exemplo. Há até uma especialização no
ramo de busca de profissionais com as características da empregabilidade, que
são os “headhunters” (caçadores de cabeça), que intermedeiam as negociações.
Nessas negociações entram em jogo não só os salários, mas benefícios
exclusivos, como moradia, estagio do exterior, escola para os filhos, apoio
para esposas, planos de saúde, previdência complementar e outras específicas.
Mas, como atingir a
empregabilidade?
Ela começa bem cedo,
ainda na infância, na escola. Esta precisa ser rigorosa, tanto na disciplina,
como nas disciplinas. Falar muito em estudo, em leitura, em dedicação, em
vontade de estudar, em “ralar a bunda no chão”, em renúncias, principalmente em
renúncias... Na verdade, ser um “nerd”...
Para quem desejar
chegar lá terá de se dedicar, enxergar o futuro, ser um profissional moderno,
antenado ao que está acontecendo no mundo, escolher uma ou mais atividades e
delas tornar-se um especialista. Manter-se constantemente atualizado e ao falar
do assunto, seus olhos devem brilhar de entusiasmo e encantar o seu
interlocutor.
O profissional dotado
da empregabilidade tem arraigado em sua essência os valores universais da
pessoa humana, é ético, resiliente (capaz de suportar as tempestades da vida),
é comprometido com sua equipe, sua família, seu círculo de amizade. É fluente
em segunda e terceira línguas (inglês, espanhol, alemão, japonês, mandarim) e
tem uma reserva financeira suficiente para períodos de transição de um emprego
para outro, ou para um período sabático, no qual poderá se especializar ainda
mais os seus conhecimentos, quer no país num centro de excelência ou no
exterior, numa universidade de ponta.
Empregabilidade: metas,
desafios, sonhos, renúncias, sacrifícios, estudos, dedicação, disciplina,
conhecimento, valores, conquista... Fazer a diferença, num mundo competitivo e
cruel, onde sobrevivem os obstinados e, ao mesmo tempo, éticos.
Imagem: Google
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