“O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio
discute idéias”.
Um grande desafio:
discutir idéias!
Pessoas sábias são
solitárias. É como atingir o topo da montanha. Lá se tem a visão do todo. É o
que os filósofos chamam de visão holística (holos=todo). Mas segue uma
pergunta: existe lugar mais solitário do que o pico de uma montanha? Só mesmo
um deserto, embora haja vida em ambos. Estranhas vidas, ora trazidas pelo
vento, ora elas despontando das entranhas da terra.
O sábio é um deserto.
E tem vida, ora trazida pelos ventos da imaginação, da criatividade, sustentada
pelo diálogo entre o sentimento ( mundo interior) e a razão e a visão (mundo
exterior); ora oriunda do âmago da alma, movida por perguntas que geram respostas
que geram novas perguntas e novas respostas e novas perguntas. É um mundo em
desconstrução e reconstrução, um vulcão pronto para entrar em erupção, erupção
esta que não destrói. O que pode acontecer é a desestruturação das pessoas que
estão ao seu redor. Calma! A reestruturação vem em bases hodiernas. O sábio é sempre novo, ainda que solitário,
ainda que um vulcão pronto a eclodir.
O sábio é um louco...
Como loucos são aqueles que estão séculos à frente de seus contemporâneos.
Estes são mortais, pois nascem anônimos, crescem anônimos, vivem anônimos,
envelhecem anônimos e morrem anônimos... Meros desperdícios de energias vitais.
No alto da montanha
tem sempre uma árvore (bendita, pela sombra que gera) e o vento faz a alegria
da relva. Nos galhos da árvore os pássaros cantam, se amam, constroem seus
ninhos, gerando vida. À sua sombra e deitado na relva o sábio se deita e seus
pensamentos transcendem os mundos inalcançáveis pelos medíocres e comuns. Como
a águia que ao romper do dia se lança no espaço rumo às alturas insondáveis.
Sábios e idéias, quem
gerou quem?
Medíocres e comuns são
mortais. Sábios são eternos. Vejam-se os manuais de qualquer coisa, cadernos,
agendas e sites que fornecem ilustrações para as redes sociais... Lá estão
eles... Vivos, atuantes, desestruturantes... Loucos, mas procurados,
respeitados, transformadores.
Lógica, contrastes,
dicotomia... No processo construtivo de suas idéias são solitários. O tempo,
porém, se encarrega de torná-los queridos e respeitados...
... E necessários!
Imagem: Facebook
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