Temos vivido nos
últimos meses e nos últimos dias uma série de comoções nacionais.
A Copa do Mundo chegou
e muita coisa não ficou pronta. Desespero total (ou euforia desmedida) dos
pessimistas de plantão. Vieram as ameaças de manifestações que impediriam a
realização da Copa. Nada aconteceu. E a Copa está chegando ao fim conforme
planejada pela “senhora” FIFA.
A contusão de Neymar
Jr foi outro choque. Como pôde isso acontecer com a nossa maior esperança? O
time era ele e mais dez, com certeza. E veio a hecatombe dos 7X1 contra a
Alemanha. País de luto, tentando (e não vai conseguir, nunca) entender a
tragédia.
E agora vai dar AA na
final: Alemanha versus Argentina (ou o contrário). E corremos o risco de
ficarmos em quarto, pois teremos pela frente nada mais nada menos que a
poderosa Holanda! Pelo menos subiremos os sete degraus da fama, sem alcançá-la,
é claro. Os investidores estão de cabelo em pé... Vice, terceiro, quarto e nada
significam a mesma coisa...
Quanto aos culpados,
tanto pela contusão de Neymar Jr (que, aliás, deve estar gritando aleluias por
não ter participado do fatídico jogo contra a Alemanha), e pela vergonha dos
7X1, eles são muitos. E por serem tantos, também jamais serão encontrados. Será
um empurra-empurra tão grande que é melhor engolir logo esse sapo.
Já em relação a Neymar
Jr dá para se arriscar um palpite. Ele foi tido e havido como o melhor jogador
da Copa, aquele que explodiria, ainda na sua juventude e deixaria para trás os
Messis, os RC7s, os Robbens e tantos outros. E a imprensa foi cúmplice nisso.
Falou-se tanto em Neymar Jr e de seus prodígios, endeusando-o de tal maneira, que
ele passou a ser marcado e caçado em campo. Sua contusão, que logo será curada,
se Deus quiser, foi uma questão de tempo.
É a mística do herói
nacional. O Brasil nunca teve e jamais terá alguém capaz se tornar um símbolo nacional, como
foi, por exemplo Nelson Mandela. As cabeças pensantes brasileiras vêm buscando
isso já faz tempo, desde que o Romantismo Literário que criou Ceci e Peri, na
obra de José de Alencar e imortalizados na ópera “O Guarani” de Carlos Gomes,
que o mundo inteiro conhece, menos o brasileiro (...E nem sabe que seu tema de
abertura é o tema de abertura, também, do programa de rádio oficial “A Voz do Brasil”).
Não deu certo. Neymar
Jr foi excluído da Copa por uma atitude covarde do jogador colombiano, seu
colega de profissão, e ignorado pela “senhora” FIFA, atitude tão grave quanto a
nojenta mordida do uruguaio (dois pesos e duas medidas)... Ou a FIFA também
corrobora com a idéia de o Brasil não tem um símbolo nacional e não será num
evento dela que tal símbolo iria nascer. Já bastam Pelé, Garrincha, Leônidas da
Silva e tantos outros, que também, em última análise, não emplacaram para além
do que sabem ou sabiam fazer.
O herói nacional, o
símbolo de união de um povo nasce da sua consciência política, da sua educação,
coisas que o brasileiro está muito longe de conseguir.
Daqui a pouco,
terminadas as férias, cada um dos protagonistas da Copa do Mundo de 2014,
estarão em seus clubes faturando o que lhes cabe em contrato. Nada mais justo.
A "Copa das Copas" está
acabando, estamos chupando o dedo e que vença o melhor. Que a justiça seja
feita dentro de campo.
Herói nacional... Que
conversa estranha! Xô imprensa oportunista!
Imagem: Google
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