Todos aqueles que se
interessam por futebol têm uma opinião formada a respeito de qualquer assunto
relacionado a esta prática esportiva. Cada um tem, por exemplo, uma escalação
preferida, que raramente confere com a de outros.
Vamos contribuir com
uma reflexão, já que da seleção atual vai sobrar muito pouco. Aqueles que têm
potencial para continuar sendo convocados, certamente entrarão em baixa e
levarão consigo o estigma não só da derrota para a Alemanha, mas das más apresentações
e da pseuda organização da CBF (Confederação Brasileira de Futebol),
responsável pela Seleção.
Há muito que aprender
com seleções como a Alemanha, a campeã que mereceu o título. O aprendizado
precisa ser rápido e as mudanças implantadas imediatamente. Algo impensável,
dada a bagunça generalizada que reina no futebol brasileiro como um todo.
Em primeiro lugar não
repetir os erros cometidos na preparação para esta Copa, com jogos medíocres,
com convocações de afogadilho, sem prazo para treinamentos, convocações que
visavam apenas atender aos interesses de empresários que desejaram valorizar ainda
mais os seus jogadores empresariados.
Em segundo, fazer
planejamentos a médio e a longo prazos, incluindo a valorização dos clubes
pequenos do interior, historicamente os celeiros de grandes jogadores. É lógico
que esses clubes precisam se modernizar, também estabelecer metas, enfim,
profissionalizar suas administrações. Tais clubes, de uma maneira geral, estão
sucateados e muitos deles não passam de um “nome” e de um “jogo de camisa”,
Por outro lado é
preciso criar mecanismos contra a ação dos empresários que fazem a cabeça de
jovens promessas e de suas famílias. Eles prejudicam demais os clubes pequenos.
Os empresários são a verdadeira fonte de corrosão do futebol e dos jogadores,
pois começam por aliciar os próprios pais. Os meninos se tornam arrogantes e
não aceitam as disciplinas implantadas pelas categorias de base dos clubes.
Logo começarão as
eliminatórias para a Copa da Rússia, em 1918. Se a CBF não se cuidar corremos o
risco de não termos a nossa seleção classificada. Vexame maior ainda. Até o
final do ano a seleção tem mais seis jogos (daqueles...). Porém, sem fugir ao
que já está combinado, é necessário iniciar agora um trabalho paralelo de desconstrução
e reconstrução do futebol brasileiro.
Desconstruir tudo,
desmontar tudo, sair de campo todos os dirigentes e patrocinadores responsáveis
pela má apresentação da Seleção Brasileira.
Reconstruir, com
idéias novas, cabeças novas, estruturas novas, até com leis federais, tribunais
de contas, Ministério do Esporte envolvidos. Mas, a longo prazo, sem pressa,
com os pés no chão. Tudo deve começar com uma visita de trabalho para conhecer
a organização do futebol em países vencedores, a Alemanha, por exemplo.
Não se deve copiar tudo
pura e simplesmente. Deve-se conhecer o
trabalho e adaptá-lo à nossa realidade.
Importante: em tudo
que se fizer jamais se deverá matar a criatividade nata do jogador brasileiro.
Deve-se, isto sim, discipliná-lo, prepará-lo fisicamente e educá-lo no melhor
sentido da palavra, isto é, fazê-lo estudar, ler muito.
O tema é vasto e
pequeno o espaço. Repetindo o aviso: logo, logo começarão as eliminatórias para
a Copa da Rússia. Cuidado, podemos ficar de fora se as coisas não mudarem.
Imagem: Google
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