Somos
movidos por projetos desde os primeiros dias de vida, desde aquele tapa vital
que recebemos na bunda quando o médico nos levanta pelas pernas. Alguma coisa
passa pela cabeça dele. E o nosso primeiro projeto é chorar como sinal de vida,
o segundo é fazer a nossa mamãe chorar de alegria e o pai dar pulos de alegria,
fazer fotos para publicar nas redes sociais... Só depois é que vem a
preocupação em nos fazer a mamar e logo em seguida dormir, para que nossa mamãe
possa descansar...
E assim
será sempre. Projetos... Primeiro na cabeça dos nossos pais, seremos bonitos,
chamaremos a atenção de todos; as meninas aquelas horríveis e dolorosas
(gracinhas, para as mamães) xuxinhas; os meninos ganharão bolas de futebol e as
chatas camisas dos times preferidos dos pais, tios, avós e de seus amigos...
Bombardeio total.
Só
mesmo depois de muito tempo é que assumiremos os nossos próprios projetos e
começaremos a ser nós mesmos... Momentos de escolhas, graves momentos, Função
da escola, das boas escolas; dos professores, dos bons professores (os
mestres), dos pais, dos bons pais...
É
importante plantar boas sementes, fazer boas escolhas no semear. A colheita
será imutável. A vida é única, a semeadura idem, a colheita terá reflexos para
a vida inteira. Portanto, é muito sério estabelecer bons projetos de vida,
seguros, maduros, de acordo com a vocação. Podem ser sinônimos de realização
pessoal e profissional, portanto, de felicidade.
Antes
disso, haja ralação. Quem optar por viver intensamente a vida, sem se preocupar
com o futuro, pode se dar mal. Estamos vivendo tempos em que a longevidade é
uma marca, uma vitória da ciência. Porém a velhice, a senilidade é trabalhosa e
custosa. Demanda planejamentos a partir de agora.
É fundamental a consciência de que tudo depende de luta pelo ideal escolhido. A ética é absolutamente necessária. Não temer o desafio, pois é ele que diariamente transforma as pessoas...
Viver é
depender de pessoas, pois ninguém acontece, faz história, se realiza sozinho.
Há a necessária interdependência. Mas as decisões são sempre solitárias. Os
acertos, obrigação. Os erros, descuido e irresponsabilidade. As cobranças,
coletivas. Viver pressupõe coragem...
Não se
deve dar importância demais para as opiniões alheias... E por fim, o conselho
de François de La Rochefoucauld:
“A verdadeira coragem está em fazermos sem
testemunha o que seríamos capazes de fazer diante de todo mundo”.
Isso é
caráter... Isso é ética...
Imagem: Google
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