Mais uma vez trazemos
para este blog as palavras firmes, autênticas, mas serenas e sinceras do Pe.
Zezinho (foto):
“Um cristão só se torna importante quando se importa e
quando abre a porta que dá para o mundo. Não se fecha, abre-se. Não se isola,
participa. Não se deixa encurralar e sitiar e também não sitia nem encurrala.
Dialoga e importa-se. Não crucifica, descrucifica!”
O texto, publicado no Portal
Paulinas, no último sábado, 27 de Setembro de 2014, segue discorrendo sobre sua
opinião a respeito do como ser um verdadeiro cristão.
Destacamos com o
excerto acima no qual chama nossa
atenção a palavra “,,,descrucifica”, de descrucificar, algo que não tínhamos
visto até então.,, De certo modo nos inquietou. Qual a mensagem dessa
expressão?
A História registra
que no Império Romano a crucifixão era o pior castigo para os criminosos ultra
violentos ou inimigos do Imperador. Lembremo-nos do famoso líder dos escravos
Espártacus que foi preso, julgado traidor, morreu crucificado e seu corpo exposto
numa das entradas de Roma. Os crucificados morriam não pela crucifixão
propriamente dita, mas pela lenta e gradual asfixia, num prazo de até 18 horas.
O suplicio era horrível.
Pensemos nisso: na
suprema dor daquele que é crucificado!
Descrucificar nos leva
a reflexão sobre o perdão. Temos uma forte tendência de culpar os outros pelas
nossas falhas, pelos nossos defeitos, pelos nossos fracassos, pelas nossas
carências. E não raro, escolhemos os mais vulneráveis ou aqueles que mais nos
incomodam pelo brilho pessoal, pelo sucesso ou pela capacidade de superação. Crucificamos
pessoas, muitas delas inocentes.
Em Roma Espártacus foi
crucificado por liderar uma revolta de escravos e gladiadores que eram
obrigados a lutar até a morte para divertimento da classe rica de Roma,
inclusive o Imperador. Jesus Cristo foi crucificado, historicamente, por
contrariar os interesses dos sacerdotes do templo. Eram inocentes.
Descrucificar é
repensar os nossos processos de julgamento das pessoas. Julgar, fora dos
trâmites legais, por si só já é um crime. Mas ele é inerente à nossa formação.
Julgamos, ou pré-julgamos, em nosso pensamento e, no menor descuido, ele escapa
pela voz e cometemos injustiças.
Não só o bom cristão
deve descrucificar, mas todas as pessoas. O perdão alivia tanto o perdoado como
aquele que perdoa. É um dos passos para a paz, paz na sociedade, paz dos
relacionamentos, paz de alma e coração.
É o caminho mais curto
para virar a pagina daquilo eu não interessa do passado.
Imagens: Google.
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