Falam que o futuro não
existe, que pensar nele exige de nós um dispêndio desnecessário de energia e
que interessa mesmo é viver o presente. E o passado? Esse então nem pensar...
Então, resta-nos viver o presente. O presente é um “presente”, isto é, um
prêmio, ou oportunidade para continuar vivendo, ou reinventá-la caso algo
esteja dando errado.
Vem então a questão:
qual o sentido da vida? Simplesmente viver o presente? Para quê estudar? Para
quê planejar a curto, médio e longo prazos? Para que cuidar da saúde? Fazer uma
poupança? Adquirir bens? Pensar nos filhos? Não são essas coisas que todos nós
fazemos? Não é o que dizem professores, psicólogos, filósofos, autores de
autoajuda, formadores de opinião, enfim?
Achamos que é
conveniente, sim, pensar no futuro... Não com ansiedade doentia, mas com
prudência e moderação.
Pensar no futuro é
acreditar que ele vai chegar inexoravelmente... E quando menos se espera. O tempo passa célere, especialmente quando se
tem um nível de atividade intenso, o que é característico dos tempos atuais.
Pensar no futuro é não
pensar que o mundo vai acabar amanhã de manhã. Quem assim pensa tem a
preocupação de fazer tudo hoje. Não tem paz, É ansiedade pura. Cobra-se demais,
não tem foco, tudo é superficial. Alimenta-se vendo TV, teclando no tablet ou
no smartphone... Há casos de pessoas que não se lembram do que comeu no almoço
ou no lanche da tarde, tal o desespero de fazer coisas, pois não há tempo a
perder.
Não deve ser assim. É
preciso repensar as posturas e se inspirar na “pedagogia do caracol”, como
escreveu de forma fenomenal o educador e escritor Rubem Alves.
Hoje, a única coisa
que não muda é a mudança, portanto, atenção a esse item, pois mais do que nunca
não basta apenas a informação. É preciso a formação. Informar-se é estar por
dentro dos acontecimentos, Formar-se é compreender
as causas e os efeitos
dos fatos que marcam a história presente. Em outras palavras, estudar e
preparar-se para o futuro.
O futuro é algo que se
constrói no presente, A informação é superficial, volátil. A formação é
profunda, perene. A chave do sucesso no futuro é o foco no estudo, na leitura,
na desconstrução e reconstrução dos fatos.
A tecnologia da
informação que cada vez mais está ao alcance da mão não pode ser apenas um
acessório para ostentação e atração dos assaltantes, mas uma ferramenta para
obtermos a informação e a formação. É a vinda das fontes à nossa mão. É como se
a biblioteca estivesse à nossa disposição num simples click. E atenção para o
bom uso dessa tecnologia. Ela é para somar, facilitar, construir, não para o
mau, para o crime, para as banalidades.
Fechando o assunto:
vamos pensar no futuro, pois ele existe sim. E chega rápido, abraça e acolhe os
preparados e não perdoa aqueles que simplesmente “viajam na maionese”.
Imagem: Google.
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