Estamos vivendo um ano
que, literalmente, vai ser um divisor de águas na história do nosso país.
Estamos já entrando na plenitude do carnaval e, em seguida vem um tempo
especial, para os cristãos, a Quaresma.
E não hã como negar a
influencia da cristandade na formação sócio-cultural e religiosa da sociedade
ocidental, fundamentada nas culturas Greco-romana e cristã. Não há como negar,
também, que até os conscientemente ateus são impactados pelos eventos desse
período,
Assim, tanto Carnaval
quanto Quaresma são tempos especiais. Aquele convida ao divertimento, à
alegria, ao esbanjamento, aos excessos, aos perigos da vida mundana, bebidas,
drogas, sexualismo. É um tempo do chamado “vale tudo”. O Carnaval convida
também para a reflexão, para a introspecção. Vários movimentos religiosos
realizam retiros espirituais como alternativas para aqueles que resistem aos
apelos do reinado de momo.
Portanto, mais do que
nunca Carnaval e Quaresma, em 2015, são
essenciais para a preparação e enfrentamento da realidade que virá durante o
ano. O Brasil está em crise e pede socorro. A primeira grande oportunidade do
povo se unir e juntos estender a Mao ao país já passou: foram as eleições. A
decisão foi pelo continuísmo (também, que opções se tinha?).
É hora de pequenos
gestos e de grandes atitudes. Pequenos gestos, por exemplo, economizar água no
corriqueiro ato de lavar as mãos. Um exemplo: larvar as mãos deixando a
torneira aberta gasta-se até 12
litros de água. Fechar a torneira, enquanto se ensaboa as
mãos, o gasto pode chegar a apenas 2 litros . E hora de mudar.
Grandes atitudes é
perceber que o Brasil dos sonhos não existe. Se existe, está projetado para
muito longe no tempo. Gigante com os pés de barro, o Brasil é o pais do engodo,
da mentira... Da corrupção e do desprezo pelas causas mais nobres da sociedade,
com educação, saúde, infraestrutura e proteção da natureza.
Povo unido, país
forte. Se vamos desopilar o fígado no Carnaval, preparemo-nos pela
“Quarta-feira de Cinzas” (Tu és pó...) Vem chumbo grosso por aí.
A Quaresma não serva
apenas para fazer jejum e abstinência. Tem gente nem sabe o quê são e para quê
servem. Muito menos a Quaresma serve para alienação, fugir dos problemas,
entregá-los nas mãos de Deus. Não é assim que funciona. Existe um protagonismo
histórico aí. Isto é, fazer acontecer, com atitudes práticas e gestos
concretos.
O Brasil perdeu em
casa a Copa do Mundo de futebol, e está perdendo outras copas: a crise hídrica
no Sudeste, a crise moral na política, o descontrole da macroeconomia, a perda
da credibilidade internacional e interna, a saúde, a educação, e outras tantas
copas, que podemos falar em geração perdida, em década perdida, em apocalipse.
Vamos nos divertir,
vamos refletir, vamos colimar sonhos, vamos agir. Não vamos desperdiçar novas
chances... Estamos no buraco, ainda bem que não tem terra em cima.
Imagem: Google
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