O arco-íris
é um dos mais belos fenômenos da natureza e que ainda hoje encanta seus
observadores, apesar da modernidade e de as cidades terem sido tomadas pelos
arranha-céus.
No passado
esse fenômeno foi pleno de mitos, lendas e simbolismos, pelo fato de não ser inteiramente explicado. A
Antropologia e a Historia mostram que os fenômenos físicos não explicados e
compreendidos passam automaticamente para o reino místico, para o sobrenatural.
Exemplos dos raios e trovões mistificados pelos antigos, mas hoje perfeitamente
compreendidos, ainda que temidos.
O arco-íris
é um fenômeno físico, ligado à ótica, isto é, aos efeitos da luz solar, sem
cor, que ao passar pelas gotas de água das chuvas ainda suspensas na atmosfera,
são refratadas, subdividindo-se nas cores básicas do espectro visível, que vai do vermelho ao violeta, projetando-se num belo arco lá na frente. Nesse caso, as gotas
d’água funcionam como o prisma que, como sabemos através de experiências de
laboratório refratam (dividem), a luz branca em feixes coloridos.
Foi Isaac
Newton, famoso físico inglês quem primeiro fez tal experiência e ofereceu as
primeiras explicações ao fenômeno, causando até protestos por parte do poeta John
Keats, também inglês, que reclamou pelo fato de Newton ter eliminado todo o
romantismo que até então envolvia o arco-iris.
Muitos
povos e civilizações antigas construíram seus mitos em relação ao arco-íris. A
principal delas é em relação ao pote de ouro que ficaria numa de suas pontas.
Outras lendas referem-se às ligações entre o céu e a terra.
No Antigo
Testamento simboliza a “Aliança” entre Deus e os judeus após o dilúvio, como
promessa de que castigos semelhantes não mais aconteceriam.
Povos
ciganos, nativos da América, civilizações africanas e nórdicas também
desenvolveram simbolismos a respeito do arco-íris.
Essas
lendas, mitos e simbolismos, claro que sob o olhar do presente, sob o signo da
modernidade, já não fazem sentido. Entretanto, elas permanecem na cultura dos
povos e têm seu valor, como busca da utopia.
Como
sabemos, a utopia é um sonho irrealizável. Mas também é uma grande motivadora
de vida, É de Eduardo Galeano a frase que dá conta que “...Se cada vez que nos aproximamos da utopia e ela se afasta de nós,
qual é a sua função? Sua função é, de fato, nos fazer caminhar...”
O arco-íris
é luz, energia, não é sólido. É palpável aos olhos, mas não às mãos. Buscá-lo,
encontrá-lo, tocá-lo, é impossível. Mas ele continua lá, desafiando-nos,
chamando-os, extasiando-nos.
Então,
que ele venha até nós através da nossa imaginação. Que não nos traga tesouros,
mas que nos faça caminhar, que nos inspire a fazer poesias, músicas e contos...
Que nos ligue ao céu.
Imagem:
Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário