Revendo a História dos
grandes modelos de vida e suas biografias, podemos pinçar alguns exemplos, atos
e atitudes que nos fazem refletir e até nos motivar a transformar nossa vida,
não com atos heróicos, mas como pequenos gestos, num tempo em que é tão
necessária a radicalidade para construirmos um futuro melhor para nossos
descendentes e, por que não, para a humanidade.
Francisco de Assis, percebendo
a futilidade e a banalidade da vida luxuosa, num gesto de extrema coragem para
seu tempo, despiu-se, ficou literalmente nu em plena praça e, cobrindo-se de
roupas simples foi para a floresta conviver com os animais e com os amigos que
atenderam o seu chamado para Uma vida pobre, natural, sem luxo.
Madre Tereza de
Calcutá, conta-se, ainda jovem vivia enclausurada. Certo dia ouviu os gritos de um mendigo que clamava por
comida. Incomodada, foi até a superiora, advogando ajuda para aquele homem. Foi
orientada a voltar para o seu quarto e não se preocupar, pois sua missão era
orar pelo fim da pobreza. Mas os apelos continuavam. Novamente a superiora
negou ajuda. O que ela fez? Pulou o muro, atendeu o mendigo e nunca mais voltou
à clausura. Preferiu o clausura do mundo onde estão os pobres e fundou sua
instituição que espalha caridade, não só na índia, mas em todo o mundo.
Maximiliano Kolbe,
padre polonês, contemporâneo e amigo de João Paulo II, preso pelos nazistas,
viu um um companheiro de prisão estava marcado para morrer fuzilado. Chorava
muito e pedia clemência, pois tinha família para cuidar. Maximiliano, condoído,
apresentou-se ao soldado para morrer em seu lugar, o que prontamente o soldado
aceitou. E assim aconteceu. Não faz tempo que aquele homem, salvo pelo padre,
morreu de morte natural. Kolbe foi canonizado por João Paulo II.
Sidarta Gautama, o
Buda, vivia no palácio, sendo preparado para ser o futuro rei do seu povo, que
ele não conhecia, pois estava enclausurado e protegido. Adolescente resolveu
fugir para conhecer o seu país e, naturalmente, o seu povo. Chegou até a
periferia e viu o quanto era o sofrimento de sua gente. Ficou compadecido e se
junto aos párias, os excluídos, os quais, eram identificado pelas cabeças
raspadas. Buda também raspou a cabeça em solidariedade e nunca mais voltou ao
palácio, abandonado o seu projeto de ser rei. Por isso os sacerdotes budistas
raspam suas cabeças. É em solidariedade aos mais pobres e excluídos.
Pedro era o mais rude
dos apóstolos. Mesmo assim Jesus o escolheu como o seu sucessor, Ainda assim,
Pedro, nos momento críticos da morte de seu mestre, o negou três vezes. Pedro
fez um grande trabalho para divulgar o cristianismo. Foi para Roma, onde se
transformou no primeiro Papa. Perseguido pelos Romanos, foi preso e condenado a
morte na cruz, o castigo para os piores inimigos de Roma. Pedro pediu para ser
crucificado de cabeça para baixo, pois achou-se indigno de morrer como Jesus,
seu mestre.
Tiradentes era o mais inculto dos Inconfidentes mineiros. Durante o
processo investigatório pelos emissários portugueses, foi recaindo sobre ele a
principal culpa do movimento contra a Coroa Portuguesa. Foi condenado à forca,
o único. Muito fraco, seu corpo não conseguiu matá-lo, tendo para isso a ajuda
do carrasco que abriu o cadafalso. José Joaquim da Silva Xavier, o seu verdadeiro
nome teria dito momentos antes de sua morte: “Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria”. Os nacionalistas
brasileiros passaram a retratá-lo muito parecido com Jesus, O Salvador da Pátria.
São muitos, milhares,
talvez milhões de exemplos de pessoas doaram e doam suas vidas para o bem do
próximo. São pessoas essenciais para a vida de outras pessoas. Capazes de
pequenos gestos e grandes atitudes.
Que tal fazermos a
nossa parte, pelo menos economizando água e protegendo o resta da natureza?
Passaremos para a história como “salvadores da pátria”, e não como a geração
que destruiu o planeta...
Imagens: Google
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