“Não devemos parar de explorar. E o fim de
toda nossa exploração será chegar ao
ponto de partida e ver o lugar pela primeira vez”.
T. S.
Eliot
Durante
a nossa vida temos ou teremos oportunidade de realizarmos muitas viagens.
Podemos viajar para fazer turismo. Podemos viajar para realização de negócios.
Podemos viajar para matar saudades de parentes ou para a comemoração de
aniversários ou, ainda, para sepultamentos de entes queridos. Podemos viajar
para a exploração da natureza, conhecer lugares e fenômenos naturais. Podemos
fazer trilhas e peregrinações, como percorrer
o “Caminho de Santiago de Compostela”. Podemos fazer romarias de ônibus, de
carreatas, a pé, a cavalo...
Podemos
fazer viagens especiais em busca de conhecimento, fazer uma especialização, uma
pós-graduação ou um pós-doutorado.
Todas
as viagens devem acrescentar algo em nossa vida. Por isso devemos terminá-las
melhores em relação a quando as começamos. Temos que evoluir sempre.
Mas, a
grande viagem podemos fazer sem sair de casa, ou percorrendo lugares bem
próximos de nós. Parece paradoxal, mas é isso mesmo. É a busca do conhecimento
através do estudo, da leitura, da observação, da quebra de paradigmas,
culminando com o autoconhecimento, isto é, acrescentando a tudo isso estudos
sobre mudança de premissas, mudanças do modo de ver o mundo e as pessoas.
Pois é
absolutamente correto que grande parte dos problemas que atribuímos às pessoas
não está nas pessoas, mas em nós mesmos. É preciso compreender isso... E e a
partir dos conhecimentos adquiridos explorarmos o nosso íntimo para
encontrarmos os caminhos para a mudança de paradigmas necessária para
enxergarmos o mundo a partir do mundo das pessoas, a partir do outro... É o
princípio da auteridade.
A
essência da mudança é essa: a conscientização a respeito da necessidade de mudança.
E as coisas começam a ficar mais claras, com os novos comportamentos que
assumimos, começando pela diminuição da ansiedade em impor nossas ideias, nossa
maneira de ser, nossas atitudes, nossos conhecimentos para que os outros nos
aceitem. E, então descobrimos que fazemos isso com os pais, com as esposas, com
os filhos, com os amigos, com os chefes, com os subordinados. Por isso nossa
vida é inadequada, com fracassos contínuos... Nossa vida se transforma num.
Portanto
a grande viagem é esta: em direção do nosso íntimo, em busca dos
condicionamentos que estão no recôndito de nossa alma. É uma grande exploração,
exploração do desconhecido. As informações obtidas, os tesouros recolhidos
transformar-se-ão nas pontes para o autoconhecimento. Junto dele estarão as
transformações as mudanças que nos tornarão mais felizes, mais aceitos, mais
integrados, mais amigos, mais felizes.
Estaremos,
sim, no “ponto de partida...”, que será outros, pois será contemplado com
outros (e novos) olhos.
Será o
retorno de uma grande viagem, a maior, mais frutífera e mais importante de
nossa vida.
Imagem:
Google
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