Neste
27 de Setembro, a Igreja Católica, a França e a humanidade inteira celebra o
falecimento de São Vicente de Paulo, ocorrido em 1660. Sim, porque para que
quem é santo a morte é uma celebração, celebração do seu nascimento para o céu,
para a eternidade.
Vicente
de Paulo teve vida longa para os padrões da época: nasceu em 14 de Abril de
1581, na aldeia de Pouy, sul França e faleceu em Paris, em 27 de Setembro de
1660. Sua vida, de inicio, simples no campo, ganhou um ímpeto extraordinário a
partir de sua ordenação sacerdotal em 1660, aos 19 anos de idade. Abraçou
radicalmente sua vocação e principalmente a causa dos pobres.
Sua
vida foi um suceder de emoções fortes, pois não bastando os clamores da pobreza
que tanto o inquietavam, foi escravo, vendido de mão em mão; capelão das
galeras, aonde chegou a ser remador sob chicotadas; e enviado à locais
inóspitos para assistir, orientar e promover os trabalhadores famintos. Mas
nunca questionou Deus por isso. Alias, foi um fiel cumpridor dos desígnios de
Deus e confiante pleno na Providência Divina.
Ativo,
vivaz, atento às necessidades humanas, humilde servidor da Igreja Católica, sua
vida foi intensa, plena de realizações e contatos, não só com a massa de
necessitados da turbulenta França do Século XVII ( devastada pela Guerra dos
Trinta Anos), mas também com Reis, Rainhas, Autoridades, Bispos e Papas. A
todos servindo com mesmo amor e respeito. Dizia: “Não sou daqui nem dali, mas de qualquer lugar onde Deus que eu esteja”.
Vicente
de Paulo, antes de tudo foi um homem de fé, de oração, mas sobretudo de ação
prática. Tendo em mente o alivio do sofrimento dos pobres, sempre pensando
neles, criou instituições que o auxiliassem de forma organizada nessa tarefa
gigantesca: Em Agosto de 1617 fundou organização das “Damas de Caridade” para
congregar as senhoras da sociedade parisiense, hoje se chama AIC – Associação
Internacional de Caridade. Ainda em 1617 criou as confrarias da Caridade, uma
espécie de encontro semanal para aprimorar o conhecimento religioso das
pessoas, homens e mulheres. Em abril de 1625 fundou a Congregação da Missão
para formar padres missionários da caridade. E, em Novembro de 1633, a
Congregação das filhas da Caridade, cujas “irmãs” teriam como “clausura as ruas e as casas dos pobres”.
E não
parou por aí. O seu carisma, isto é o seu amor pelos pobres, continuou
inspirando pessoas de bem pelos Séculos seguintes. Tanto que, hoje, no mundo
são 165 instituições criadas sob sua inspiração e seu carisma, voltadas para assistência aos menos
favorecidos e excluídos da sociedade, que formam a conhecida “Família
Vicentina”, entre elas a SSVP – Sociedade de São Vicente e Paulo. Dessas 165
instituições pelo menos 23 atuam no Brasil.
Vicente
de Paulo não é só um personagem religioso. É um dos grandes ícones da História
da Humanidade. Sua vida e sua obra é um divisor de águas. Se hoje a humanidade
respira Direitos Humanos precisa conhecer as contribuições desse homem que
tanto fez pelos marginalizados, excluídos em empobrecidos.
Por fim
as palavras de São João Paulo II:
“Voltemos nossa mente e nosso coração para
/são Vicente de Paulo, homem de ação e oração, de organização e de imaginação,
de comando e de humildade, homem de ontem e de hoje. Que aquele camponês das
Landes, convertido pela graça de /deus em gênio da caridade, nos ajude a todos
a por mais juma vez as mãos no arado – sem olhar para trás – para o único
trabalho que importa, o anúncio da Boa nova aos pobres...”
Imagem:
Google
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