Os “alôs”, não são apenas necessários... São
fundamentais!
Os animais cuidam dos filhos até que eles aprendam a se
cuidar e a caminhar com as próprias patas. A partir desse momento é cada um por
si, a natureza por todos e rompem-se os vínculos afetivos. De repente as fêmeas
entram novamente no do cio e lá vem nova ninhada.
Com a gente, seres humanos, não funciona assim. Há um
diferencial importantíssimo, um divisor de águas entre humanos e animais. Estes
vivem sob o signo do instinto. Nós temos alma, coração, sentimentos, vínculos
afetivos, quer de amor conjugal, de amizade, de laços de sangue, de irmãos por
adoção.
Um dos mistérios da vida é que o que hoje “é”, amanhã já
não “será”. Estamos vivos hoje e quem garante que estaremos vivos amanha? Pessoas
estão juntas de nós agora e amanhã (ou num futuro próximo) estarão bem
distante, ou apenas se esqueceram de nós, embora vivendo na mesma cidade ou na
mesma região metropolitana.
E, mesmo em tempos remotos, quando a comunicação não era
tão rápida como hoje, ainda assim as pessoas que não queriam perder os vínculos
mantinham correspondências com frequência regular. Davam notícias, contavam as
novidades do lugar onde estavam.
Hoje é tudo muito ágil e fácil. Quantos instrumentos
existem para que a comunicação instantânea aconteça! Não se justifica o
esquecimento, o ostracismo. Não se justifica a solidão. Porque, acima de tudo
há vínculos afetivos a serem preservados. Certamente pessoas ficariam contentes
com notícias sobre uma formatura (depois de tanta luta) ou um novo casamento
(depois de um relacionamento sofrível e infeliz). E outros recados que
deixariam felizes os corações.
Os “alôs”, por mais simples que sejam são absolutamente
necessários. Não dá para entender que as pessoas hoje em dia não consigam um
espaço, por menor que seja, em seu dia para acessar uma rede social e mandar um
recado para alguém que está longe e que foi importante em sua vida. E que certamente
está com saudade. Por certo essa pessoa distante já fez várias tentativas de comunicação
e não conseguiu. A saudade só aumenta. E a tristeza também.
As escolhas, as opções de vida, frutos da liberdade são
justas. Mas as do esquecimento consequências não! Pois, elas são injustas com
quem deu carinho, proteção, cuidado, conselhos e agora estão relegadas a um
segundo plano.
Os “alôs” são fundamentais, principalmente para aqueles
que, conscientes ou não, abandonam os amigos e pessoas importantes e suas
vidas. Por quê? Porque pessoas assim se tornam menos humanas e bem próximas do
reino animal... Que tristeza!
Imagem: Blog
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