Os
melindres fazem parte da condição humana... E o humano é sempre um mistério,
jamais comporta uma solução pronta uma resposta definitiva. O incerto, como na
vida, faz parte da condição humana.
Porém,
a maioria dos especialistas, quando consultados, insiste em recorrer aos
dicionários, que definem os melindres como “delicadeza
no trato, pudor, recato, decência, faculdade de se ofender, suscetibilidade”...
Mas as
definições e suas intercorrências vão mais longe. Antes de mais nada, melindres
têm relação, também com a botânica, quando trata da “planta da família das
asparagáceas, do gênero “aspargos”, cultivada pelas raízes, com propriedades
terapêuticas. Melindre também é um tipo de bolo caseiro a base de mel ou leite
condensado.
O que nos interessa mesmo é a condição humana, os sentimentos mais profundos que
afetam as relações interpessoais.
Pessoas
dotadas de melindres são aquelas que são sensíveis, que se magoam facilmente, que não
compreendem a posição, muito menos a opinião do outro. São
“afetadas” por qualquer coisa, especialmente quando confrontadas com
realidades diferentes daquelas que imaginam para seu mundo.
Pessoas
melindrosas ou melindradas se afastam das rodas de amigos, principalmente
quando alguém, inadvertidamente ou não, rouba a cena e se tornam o centro das
atenções. Ficam sérias, sisudas, se fecham para os sorrisos e para os diálogos.
São pessoas imaturas, infantis, infantilizadas e, por isso mesmo arrogantes.
E não há nada pior para os
relacionamentos saudáveis do que pessoas arrogantes, metidas, autoritárias,
prepotentes.
As
pessoas melindrosas estão sempre na defensiva... E também prontas para o
ataque. Exigem cuidados dos interlocutores, pois como vasos de cristal fino,
podem se quebrar sob a ação da mais suave brisa. Acontece que ninguém vai administrar
“melindres” de outras pessoas. Estas que cresçam, amadureçam e ocupem os seus
lugares no trem da História mercê de seus próprios méritos, como a cultura, a
sabedoria, simpatia, a empatia, a humildade e a amizade... Sobretudo o
acolhimento.
Pessoas
cheias de melindres, arrogantes e antipáticas por natureza, são sérias
candidatas à vida solitária... e triste. E por mais que se debatam por atenção,
carinho e amizade, mais se afundam no lamaçal do isolamento e do ostracismo.
Por
isso mesmo que pessoas assim não conseguem ser líderes, quer de comunidades,
movimentos, igrejas (padres, pastores, etc.) ou de grandes empresas ou grupos empresariais, como os executivos de ponta.
Não dá
para imaginar executivos de grandes corporações fazendo “beicinho” só porque
ouviram críticas, zombarias, as pessoas mudaram de assunto quando se aproximaram da roda. Isso é o mínimo que líderes, ouvem. Eles têm é que se preocuparem com
as grandes questões, menos com os melindres de sua imaturidade.
E assim
acontece em todos os campos da atividade humana. E a vida!
Imagem Google
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