quarta-feira, 6 de novembro de 2013

MODA



O que é moda? O que é “estar na moda”? Quais as conseqüências da moda? Há perigos embutidos no “estar na moda”?

São  perguntas que necessariamente não precisam ser respondidas de imediato, mas apenas refletidas, pensadas.

Uma das características do mundo de hoje é o consumismo, filho primogênito do sistema capitalista.  E uma das ferramentas utilizadas pelo sistema é o marketing, e através dele a moda.

É claro que o sistema se utiliza de muitas outras ferramentas para atingir os seus objetivos, entre elas os Meios de Comunicação de Massa, nos quais se destacam a televisão, o rádio, a internet, as revistas, os jornais e outras.

O grande foco do sistema capitalista são as pessoas. Sem o consumo das pessoas, sem que as pessoas vão aos Shoppings Centers, às Lojas de Departamentos, aos Calçadões, não há capitalismo.

Estar na moda é isso. É estar inserido no sistema, na atualidade, consumindo os produtos divulgados pela grande mídia. Moda é atualidade! Estar na moda é consumir, agir, falar, andar, conforme a atualidade!

Porém, “... nem tudo são flores nessa caminhada!” Por quê? Porque a tendência do sistema é “escravizar” as pessoas. Escravizar pelo desejo latente e impulsivo de consumir. Há uma espécie de “desespero” dos marqueteiros em inovar (inovação é a palavra de ordem atual) para que o consumo se mantenha em alta. Há a massificação: as pessoas são “bombardeadas” de todos os lados com apelos veementes para consumir, gastar, comprar... Cria-se a ideia de que não estar na moda é ser ridículo. As pessoas são ridicularizadas e parece que não podem ser elas mesmas,

O perigo está nisso. As pessoas podem, sim, se manter na moda, usar as roupas da moda, ter o corpo “sarado”, cantar as músicas atuais, falar os modismos veiculados pelas novelas, mas jamais perder suas individualidades, jamais renunciar aos seus valores, às suas premissas, enfim, suas maneiras de ser. O desafio é conciliar as duas coisas...

As pessoas não podem ser “escravas” da moda e dos modismos. As pessoas devem fazer o que gostam, divertirem, ler os livros que combinam com sua cultura, usar as roupas que lhes fazem bem. Se tudo isso coincide com a moda atual, melhor ainda! Do contrário, as pessoas não devem renunciar a elas mesmas para, em última análise, vencerem o medo de serem ridicularizadas, ou melhor, não serem aceitas no meio social.

Vamos refletir sobre isso. Moda é consumo. É despesa. Eu posso? Eu tenho cacife p’ra isso? Ou estou sendo “escrava” do consumo.

A moda nem sempre combina com que as pessoas são, pensam ou agem.



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