quinta-feira, 7 de novembro de 2013

RELIGIÃO


Muitos explicam as diferenças entre seres humanos e animais. Na verdade todos somos animais, mas há algo que desejo considerar e que nos torna diferenciados no mundo animal. Refiro-me ao sentido que damos para a arte, para o belo, para a música que enleva. Essa qualidade específica tem origem na “alma”, que por sua vez, vem do grego antigo “anemos”, que significa “ar”, “sopro”. Migrando para a Civilização Romana, “alma”, em latim, passou a ser “anima”, que é sinônimo de “vida”, “espírito”, “sede do pensamento”. No contexto religioso, tem a ver com o “espírito”, com o “imaterial”, com o “eterno”.

Já na Pré-História, os seres humanos quando não compreendiam os fenômenos físicos ou naturais, como por exemplo, o raio que incendiava uma árvore, imediatamente os transferiam para o sobrenatural e realizavam rituais pára “aplacar” a ira dos deuses.

A qualidade espiritual nos faz prestar atenção na arte (no belo, no significativo). Faz-nos, também, a interessar por algo superior, acima de nós, que é a religião. E cada religião sistematizada procurar ir de encontro aos nossos interesses, oferecendo-nos explicações plausíveis para nossos questionamentos e apresentando o seu Deus, a quem conscientemente adotamos (ou não).

A religião é especificamente de foro íntimo. Cada um tem a sua, da mesma forma que a alma é única e de cada um.

Em religião é possível discutir apenas o seu aspecto histórico e social, não a opção de cada um. A palavra chave é o respeito. Respeita-se as diferenças e soma-se as semelhanças (se possível). O respeito gera paz, paz de espírito.

As religiões têm muito a oferecer à cultura universal, especialmente as obras de arte, a música e os pensamentos e idéias de seus grandes líderes que podem iluminar a humanidade como um todo.

Assim, a religião deve ser apenas um caminho para a paz espiritual pessoal e da sociedade, como conseqüência e reflexo.





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