quarta-feira, 27 de novembro de 2013

PERDÃO


Não é fácil falar de perdão.... Se não é fácil falar, mais difícil ainda exercitá-lo. Exige um enorme esforço para a superação de si mesmo... Só quem já foi ofendido, principalmente por pessoas próximas, parentes e amigos tidos como verdadeiros, sabe o quanto de dor inunda a sua alma.

O perdoar, um ato de esquecer as ofensas recebidas, uma necessidade fundamental para nossa vida. Não perdoar significa permanecer escravo da pessoa ofensora. Enquanto a gente permanece remoendo aquela ou aquelas ofensas essa pessoa continua fazendo parte de nossa existência, onde e quando a gente estiver.

O perdão é o caminho para eliminar as feridas da nossa alma. Jamais vai existir um tratamento médico ou psicológico, ou  mudar de religião, ou ler livros de auto-ajuda, que possam curar tais feridas. Eles farão de tudo, nos intoxicarão de remédios, de muitas conversas... Nada vai acontecer... A não ser que aconteça o perdão, a partir de uma atitude sua, própria, consciente de perdoar. Então, antes de investir dinheiro nesses tratamentos, é bom pensar em praticar o perdão. Com isso, tudo ficará mais fácil. É impossível ter uma vida (emocional, espiritual e física) saudável, cultuando mágoas e ressentimentos. Perdoar é a única maneira de ficarmos livres, quebrando os elos que nos unem e nos prendem ao passado.

Quem não perdoa, não pode esperar perdão. “Querer ser perdoado, sem querer perdoar, além de incoerência é crueldade premeditada” (Pe. Zezinho).

O perdão tem o dom de curar os relacionamentos doentes.

O exercício do perdão é também um exercício de sinceridade, de generosidade, de doação. O maior beneficiado é quem perdoa. Menos quem é perdoado. Este muitas vezes nem fica sabendo, pois ou já morreu ou está muito distante no passado, ou muito longe geograficamente. Se estiver por perto melhor ainda. Gera paz, de espírito e de consciência. É gesto de amor, o amor no melhor sentido da palavra: o amor-ágape.

Todas as religiões têm o perdão como um dos elementos fundamentais de seus ensinamentos. E evocam os seus fundadores como exemplos máximos do exercício do perdão. É o caso de Jesus Cristo, que assumiu em sua vida todas as ofensas da humanidade. Como homem foi corajoso. Como Deus, cumpriu sua missão.

Quando a gente perdoa somos mais ou menos isso. É preciso coragem, ter fé, especialmente quando o nosso perdão significa o esquecimento completo e definitivo das ofensas, nada exige do ofensor e o expressa não só por palavras, mas com atos concretos.




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