domingo, 17 de novembro de 2013

SONETO DO AMOR TOTAL



Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente

E de te amar assim, muito e amiúde
E que um dia teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

(Vinicius de Moraes)

Um comentário:

  1. Parabéns pelas escolhas e combinação entre música e poesia. Como isso faz falta...

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