Final e inicio de ano, tempos dos vestibulares e seus processos seletivos, especialmente nas universidades públicas. Até aí nada de mais. Correria, ansiedade, expectativa, emoção. Sonhos realizados. Decepções também...
Mas uma coisa tem intrigado
as pessoas, especialmente aquelas que se preocupam com a educação e batalham
pela melhoria do seu nível. É a questão das notas de redação. O quem sido
veiculado pela imprensa é que as redações não reprovam ninguém, a menos que se
tire “0”
(zero). Quer dizer, só não pode tirar zero na prova da redação. Portanto,
acabou-se a preocupação. Escreve-se qualquer coisa que tenha um sentido mínimo
valendo algo parecido com 1,0 (um vírgula zero) que está tudo bem. Será mesmo
que está tudo bem?
De repente percebe-se
nas entrelinhas (bastidores...) da imprensa que 70% das empresas nacionais que
têm negócios no exterior perdem dinheiro porque seus emissários não são
suficientemente fluentes em inglês para desenvolver uma negociação satisfatória...
Os exames de ordem são
uma lástima... E médicos, engenheiros, advogados, não conseguem convencer
ninguém, pois seus escritos são pífios, dignos de pena, quando não de chacota.
Sabe-se que alunos
cursos de pós-graduação não conseguem comunicação eficiente para desenvolver
seus trabalhos. Falam e escrevem mal.
Países vizinhos vêem
seus patrícios obterem melhor desempenho em especializações nas universidades
internacionais do que os nossos.
E as redações
escolares estão cada vez mais perdendo valor. Aliás, os “pedagogos de aquário”
não estão lhe dando a devida importância. Quer dizer, Diante da dificuldade,
entregam os pontos, pois aos alunos todos os direitos e poucos, pouquíssimos
deveres.
Aliás isso é um
truque, uma jogada estratégica para manter por baixo uma grande camada da
população. Apesar da democratização, a baixa qualidade do ensino, partindo da
minimização das exigências de aprendizado, em cujo processo, o fato de não
“ler” bem (que é a raiz, a causa principal do “escrever mal”) é um aspecto
fundamental. Banalizou-se o ensino e a educação escolar. Aquela ideia de que a
simples presença do aluno na sala, sem material e sem participar das aulas já
significa que ele apreendeu alguma coisa e merece uma nota é uma das maiores
balelas já ouvidas desses “pedagogos”.
Então é assim:
oferece-se escola (mais do justo), mas de má qualidade (extremamente injusto).
Fornece-se um certificado que abre as portas da universidade. Exige-se pouco
(só não pode tirar “0”
(zero), entra-se na universidade... Então vem o “salve-se quem puder” e aquele
que consegue terminá-la será um profissional de baixa qualidade e se dará mal
na vida.
Crueldade... Crueldade
com uma geração, que é base para a próxima geração. Quem não tem não pode dar.
Enquanto isso a classe
dominante (nada contra), que é a que coloca os políticos no comando do país,
patrocina os meios de comunicação (ou são proprietárias dos veículos), é a
indutora do consumismo escravizante,
nada de braçadas nesse mar da ignorância.
Pobre país do
futuro...
Imagem: Google
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