Existe uma atividade
humana da qual muita gente participa: o “pensar”. Uns dedicam exclusivamente a
ela. Outros pensam, desenvolvem seus sistemas cognitivos, mas se dedicam a
outras atividades profissionais. De uma
ou de outra maneira contribuem para a construção do edifício cultural da
sociedade.
Pensar todos pensam.
Nada do que é feito, de alguma maneira passa pela razão, sede do pensamento.
Mas a massacrante maioria pensa utilitariamente, isto é naquilo que vai fazer
naquele instante ou no instante seguinte. Poucos pensam mais adiante, menos
ainda no futuro.
Clássico é o exemplo
dos políticos. Imediatistas e narcisistas, cem por cento pensam na própria
imagem, no marketing pessoal e nada ou quase nada no bem comum. Quando o fazem,
o bem comum é uma mera retórica incorporada no discurso narcisista.
É apenas m exemplo, um
protótipo do acontece em toda a sociedade atual, dominada pelo hedonismo, pelo consumismo, pelo egocentrismo e
até pela arrogância.
Mais do que nunca os
verdadeiros pensadores fazem falta. Referimo-nos aos pensadores natos, que
enxergam para além do horizonte, que compreendem o fator humano na sua
centralidade e sabem para qual destino a humanidade caminha. Não falam, pois
não são ouvidos. Se tentam falar, a
mídia, dominada pelos donos do poder, não lhe dão voz, se conseguem, são como
“Joãos Batistas” clamando no deserto.
Os pensadores natos
existem, mas ninguém os conhece. Pertencem à uma geração sombria... E nas
sombras das megalópoles são invisíveis. Nas escolas públicas são desconhecidos
pois ministram míseras aulinhas por semana. Nas universidades pertencem á velha
guarda ou são considerados outsiders, poucos lidos e muito menos consultados.
Os pensadores, cada um
com sua ideologia, com seus sistemas de idéias, com sua profunda formação
humana, a partir dos clássicos gregos, romanos, medievais, modernos, liberais,
socialistas utópicos e materialistas (que muitos consideram ultrapassados,
anacrônicos), bem que poderiam fornecer às gerações atuas bases humanas para o
pensar e o proceder das pessoas no mundo de hoje.
E o que acontece? A
juventude é formada pelo imediatismo, pela banalização, pela fala de
compostura, pela falta de humanidade. Nas palestras, divulgadas pela mídia e
redes sociais vemos a baixaria, os palavrões, a falta de educação, a falta de
conteúdo, a falta de humanismo e humanidade de pretensos pensadores e
formadores de opinião. Isso sem falar dos freqüentadores de programas
televisivos que se jactam da mesma importância (de formadores de opinião) mas
que não passam de meros palcos para o exibicionismo narcisista e mercenario...
E nada acrescentam!
Ah! Pensadores, como
os senhores fazem falta...
Imagem:
Google.
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