Muitos adjetivos são
usados pelos especialistas e pretensos entendidos, a respeito das gerações e
hoje e do futuro... É a Geração “Y”, a Tecnológica, a Multifacetada, e outras tantas
denominações.
Não resta dúvida que serão gerações marcadas
pela tecnologia.
E ninguém está
preocupado com os impactos dos avanços tecnológicos na condição humana. E nem
dá para prever alguma coisa. E não resta dúvida, também, que a população jovem
de um certo poder aquisitivo para cima está muito feliz com os equipamentos que
têm à mão e que lhe permite a comunicação
imediata com o mundo. É a materialização da “Aldeia Global”, preconizada
por Marshall McLuhan.
Pelo menos aqueles que
podem ter acesso a essa parafernália comunicativa está sendo feliz à sua moda.
E é o que importa. E muita gente, que há pouco tempo nem pensava nessas coisas,
graças à políticas distributivas e anarcopopulistas dos governos estão tendo,
também, acesso a tudo isso. Justiça seja feita: está se fazendo justiça,
convenhamos.
Às calendas o
crescimento sustentável, a formação profissional, a educação de qualidade, o
conhecimento que liberta.
Há muito tempo, um
chefe índio americano, ao contemplar a destruição de sua gente, a devastação de
sua terra, pensou consigo mesmo: “...Quando
o último animal se for da face da terra,
o homem sentirá um profundo vazio em sua alma, pois perceberá que o que
aconteceu com os animais, em breve acontecerá com ele também” . (Conforme o
livro de Dee Brown: Enterrem meu coração na curva do rio).
O problema é esse...
Há mudanças radicais na condição humana, desde o ambiente até a vida pessoal
propriamente dita. As próximas gerações serão surdas, pois os fones de ouvidos
não são regulamentados e os sons emitidos superam os decibéis máximos recomendados
pela Organização Mundial da Saúde. E está provado que quem não ouve não
aprende. É um circulo vicioso, quanto mais alto o som ou o barulho menos se
ouve. E quem vai ouvir os professores e formadores de opinião se eles são
humanamente incapazes de superar os decibéis que os ouvintes estão usando? Às
calendas a educação e a formação do povo!
Mais cedo ou mais
tarde aquilo que o chefe índio predisse se instalará na alma do povo. Seres
humanos foram feitos para a comunicação, para o diálogo, para as amizades, para
ação em comum, para o contato pessoal, para o riso, para a união física, não
para as banalidades, para ser feliz a partir das coisas simples, como o
contemplar de um jardim, para a visão da planície estando no alto da montanha,
para ouvir o canto dos pássaros, para curtir uma “boa” música, para admiração de uma obra de arte, ou
simplesmente, vivenciar um silêncio na penumbra de seu quarto.
A questão é quem vai
avisar os incautos e, se conseguir, ainda haverá tempo hábil para a reversão dessas
coisas?
Imagem: Google
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