Não resta dúvida de
que a religião é muito importante para o ser humano. Difícil dizer que ela é um
freio social... Não... Não é isso. Porém a religião, vivida com consciência,
com maturidade, com vocação, como fruto de uma escolha, produz na pessoa um
sentimento de bem, de fazer o bem, não o mal. A religião é uma ótima
conselheira.
A religião leva ao
altruísmo, que é a vontade quase inata de contribuir para um mundo melhor,
ajudando as pessoas, dedicando-se ao voluntariado. As religiões de índoles
cristãs chamam isso de caridade, que é fazer o bem sem ver a quem... Atitudes
assim, de fato, tornam o mundo melhor, melhorando as relações interpessoais,
reforçando a confiança mútua, algo que tem feito muita falta hoje em dia.
As religiões têm os
seus preceitos, que é uma palavra de origem latina, cujo radical é praeceptus e que significa ordem, regra,
norma, condição. E lógico que as religiões são sistêmicas e possuem seus
preceitos. A adoção desses preceitos estão ligados à posições, opções pessoais
e, também, às vocações para o rito, para o culto e para as atividades
decorrentes dessas opções...
Tudo isso em tese.
Seguir as vocações deve ser um sentimento espontâneo, mas maduro ou em
crescimento constante até a dedicação plena. A pratica da religiosidade não
deve ser infantilizada, isto é, seguida por obediência cega. Essa situação pode acontecer na infância,
tempo em que as crianças vão aprendendo a seguir as práticas dos adultos como
exemplo e modelo. Mas a partir de uma certa idade os passos na religião devem
ser próprios, com consciência do livre querer, do livre entendimento.
A religiosidade madura
que leva aos cumprimentos dos preceitos por vocação, passa pelo sentimento de
realização pessoal, de pertença a um grupo, cujos membros colimam sonhos e
buscam objetivos comuns.
Esses sentimentos de
pertencimento, de construção mútua são fundamentais na religiosidade. Porque no
final das contas o que fica mesmo é a alegria de fazer e a felicidade de
realizar. Não a liberdade tolhida, não a obrigatoriedade, não o dever pelo
dever.
Impossível um Deus que
tenha em seus planos o sofrimento, o tolhimento de seus seguidores. Todas as
religiões pregam o amor. Existe algo mais sublime? Mas o amor, nos seus mais
diversos matizes, é uma conquista. Conquistamos o amor a Deus pelo cumprimento
livre do preceito, numa relação vertical com Ele... Conquistamos o amor das
pessoas pela partilha desse amor relação horizontal, isto espalhando o amor
pelas pessoas de nosso relacionamento...
Conquistamos o amor de
uma pessoa pela verdade, pela liberdade e, sobretudo pelo respeito que
desenvolvemos durante toda a nossa vida. Aprendemos a nos doar, não por parte
ou por metade, mas por inteiro. E recebemos da outra parte o inteiro dela.
Assim, juntos, lado a
lado, não um sobrepujando ao outro, é possível visualizar no futuro a
felicidade vivida no presente.
Graças a Deus!
Imagem:
Google.
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