“A grandeza de um ser humano depende da intensidade de suas
relações com Deus” – Antoine Saint Exupéry
Nesses tempos de
festas, muitas festas, confraternizações, comidas, bebidas, passeios, muitas
risadas e tapinhas nas costas, algo fica muito evidente no relacionamento
interpessoal: a sensibilidade.
Sim, de fato... As
pessoas ficam mais propensas ao abraço, ao perdão, à reconciliação. Fala-se
muito em Jesus, fala-se na simplicidade da história de seu nascimento. As músicas
dão o tom místico a tudo. Os templos (de qualquer confissão religiosa) ficam
lotados. Todos querendo mostrar as roupas novas, os sapatos brilhantes, os
cintos com fivelas reluzentes...
As cidades estão
enfeitadas, as lojas lotadas, as crianças fazendo birras e as sacolas
atravancam o trânsito nos calçadões da vida.
Mas não esta dúvida
que são tempos bonitos, inesquecíveis. Mas são tempos que passam...
Passadas as euforias,
a vida tem de recomeçar e continuar... Apesar das dívidas acumuladas nos períodos
festivos.
As pessoas voltam ao
normal, retomam os trabalhos, replanejam as dívidas e as condições de vida
continuam as mesmas de antes, umas boas, outras más, outras ainda
dissimuladas... E o relacionamento com o Deus de suas crenças colocado no mesmo
patamar anterior. Sim, tudo passa!
Para os cristãos, Deus
criou o homem à sua imagem e semelhança... Portanto, Deus e homem pertencem à
mesma família.
Ah! Como seria bom se
as pessoas pudessem refletir um pouco mais a importância de sua relação com o divino,
Fazendo eco ao apelo de Saint-Exupéry, que percebeu isso e deixou escrita a sua
percepção.
A religiosidade é
fundamental para a formação do caráter humano. Aliás, diviniza-o, tornando-o
elemento chave para a construção daquilo que o mundo atual mais precisa: a paz.
A paz, como já
disseram tanta gente que fizeram diferença na história da humanidade, como base
de tudo, começa dentro de cada um para projetar-se nos próximos mais próximos,
que são os membros de sua família e depois expandir-se para todo o meio social.
Não estamos fazendo
proselitismo em favor desta ou daquela confissão religiosa... Mas insistimos na
crença, na religiosidade, para que o ser humano seja mesmo superior ao mero
animalismo.
Todos nós trazemos em
essência aspectos primitivos de animalismo que foram minimizados pela
espiritualidade, pela consciência, pela cultura, pelo humanismo. Tudo isso nada
mais é do que a presença da divindade em nossa vida.
A violência, a
banalização, a traição, a mentira, a arrogância, o machismo, o autoritarismo, o preconceito, são
sinalizações de um caminho inverso, isto é de afastamento da religiosidade. É o
resgate do primitivismo que faz tanto mal à sociedade.
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