Uma das mais belas
características do ser humano é a convivência, a pertença, isto é a
participação social em grupos. Já se percebeu isso desde a pré-história, os
humanos não vivem e não sobrevivem sozinhos.
É nos grupos, pela
afinidade de gostos, de características, de sonhos, de perspectivas que o
indivíduo se realizada como gente, sobretudo pessoalmente.
Mas pertencer a grupos
e celebrar sua realização é assim tão fácil.
Não se entra nos grupos só porque tem afinidade com ele. É uma estrada,
um caminho de mão dupla. Aceitação de ambos os lados. São necessárias
adequações... Uns mais, outros menos... Há grupos afins, muitas vezes são
rígidos e cedem pouco. As pessoas precisam se conformar, se adaptar... Caso
contrário, o grupo simples rejeita, ou até mesmo ignorar as pessoas.
Os grupos são variados
e de quantidades infinitas. Vai desde os
grupos em as pessoas pescam juntas, bebem juntas periodicamente, ou
simplesmente saem juntas para caminhar ou andar de bicicleta.
São mais intensos os
grupos religiosos. Aqueles que se unem para os ofícios pertencentes à fé que
praticam. Qualquer deslize ou comportamentos inadequados leva à rejeição.
Assim, antes de aderir
a um grupo torna-se necessária uma autoavaliação, no sentido de se descobrir
realmente se é isso mesmo que quer.
O grande movimento, a
grande conquista é o da conquista de si mesmo, da sua verdade, da sua realidade.
A melhor descoberta é a de que a pessoa só contribui para a felicidade dos
outros, se realmente é feliz consigo mesma, se a pessoa se aceita como ela é,
se é realmente feliz. Não se vive bem quando se vive de forma submissa...
Submissa à vontade de outra ou de outras pessoas.
Talvez seja essa
descoberta que levou o pensador Friedrich Nietzsche, a escrever a frase,
estampada na ilustração acima: “Nunca é
alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo”.
Nietzsche não faz
apologia à solidão. O que ele ensina é que pertencer a si mesmo é completar-se,
crescer, amadurecer, para que possa integrar-se inteiro nos grupos sociais ou
de convivência. Como já dissemos aqui, ninguém é (ou deve ser) metade, para ser
feliz pela metade, construir pela metade, contribuir pela metade.
Quem é metade morre
mais cedo, ainda que se mantenha vivo.
Portanto, custe o que
custar, busque o autoconhecimento, cresça e conquiste a sua liberdade de ser
você mesmo... Depois disso, pode pertencer aos grupos que quiser... E o que
virá pela frente será pura emoção!
Imagem: Google.
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