Na semana passada o
mundo inteiro e particularmente o Brasil aconteceu no Brasil no âmbito do
comércio de varejo as “Black Fridays”, durante a qual as lojas ofereceram ao
público produtos com descontos convidativos.
As “Black Fridays” surgiram
nos Estados Unidos a partir de 1975, quando o comércio varejista passaram a
oferecer produtos a preços menores, num único dia do ano, a sexta-feira após o
dia de “Ação de Graças”, que ocorre na 4ª quinta-feira de Novembro. Elas eram
uma tentativa dos comerciantes de melhorarem o desempenho das vendas,
“desovarem” os estoques e saírem do vermelho (negativo) e passarem para o preto
(positivo).
No Brasil foram
adotadas em 2010 e se tornaram um sucesso por aqui. Neste ano muita gente foi às compras e se “realizaram”,
adquirindo os produtos da moda, sonhos de consumo engendrado pela mídia, tanto
as ligada ao marketing, que intensificaram as propagandas, fazendo uma espécie
de lavagem cerebral na população, quanto a jornalística, que fazendo coro ao
marketing, noticiaram com intensidade o evento.
Sucesso absoluto em
alguns lugares... Sucesso parcial em outros... Decepção em outros mais. Muitas lojas venderam muito... Outras nem
tanto e outras quase nada...
A mídia silenciou... (Justiça
seja feita: parte dela repercutiu o evento e abriu espaço para manifestações do
público). Página virada, ninguém mais tocou no assunto. Tal silêncio fez com
que o grande engodo fosse esquecido. Parece que o povo, ou o consciente
coletivo, tem memória curta.
E as perguntas,
especialmente nas cabeças mais críticas, não cessam de martelar. Quais as
razões dos sucessos e fracassos das “Black Fridays”?
É a não transparência
ou a falta de ética? Aliás, é muito difícil se falar em ética quando se trata
de Capitalismo Consumista que tem no lucro a qualquer custo a sua razão de ser,
a razão de ser de sua “ética”.
Logo no inicio de
Dezembro, semana passada, portanto, denúncias deram conta de aumentos abusivos
nos preços dos produtos nas lojas, fazendo com que os descontos oferecidos, mal
atingissem os preços originais. Quer dizer, não houve desconto coisa nenhuma.
Houve, sim, mais ganhos por parte dos comerciantes.
Pobre do povo,
especialmente o povo humilde... (ou bem-feito). Mais uma vez enganado e “levado
no bico”, como incautos, ou bois conduzidos aos matadouros. Total falta de
ética, Aproveitadores!
Há indícios que nos
Estados Unidos eles levam a sério a proposta original...
Resta a questão do
livre arbítrio e o direito de escolha (consumir ou não consumir), incontestáveis...
Mas, e o engodo, pode?
Até quando vamos
assistir tais descalabros, entre tantos outros que “assolam” o país e o deixa
sem perspectivas para o futuro, pois na base de tudo está a nossa mal fadada
educação (em plena era do conhecimento!)
Imagem: Google.
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