Pois é o que é fé?
Todos têm fé? Alguém está isento da fé? De onde vem? Para onde vai?
Não é nosso propósito
fazer um tratado sobre a fé, apenas uma reflexão, a partir da necessidade de
ter fé, menos de manifestá-la em público, como
missionários. Não é nossa intenção fazer proselitismo...
De uma maneira ou
outra todos têm fé... Mesmo aqueles que conscientemente manifestam a sua
não-fé, estão, sim, acreditando, tendo fé, que não acreditam na fé. Claro que é
um pequeno jogo de palavras, pois estamos nos referindo àqueles que, sendo
ateus, combatem os que desenvolvem a fé
religiosa.
Na raiz etmológica da
palavra “fé” estão: os gregos com “pistia”, que significa confiança, firme
convencimento no acreditar; e os romanos que nos legou “fides”, com fidelidade, ser fiel, acreditar, confiar,
crer em algo mesmo sem ver.
Daí o famoso episódio
do encontro de Cristo, já Ressuscitado, com o apóstolo Tomé. Praticamente todos
os demais apóstolos já tinham tido algum tipo de contato com o Jesus, menos
Tome. Este dizia mais ou menos assim: “Só acredito vendo! Só acredito e tocar
nas suas feridas, ver o buraco da lança e os sinais dos cravos”. Jesus dá um
“puxão de orelha nele... Venha cá Tome,
toque aqui e creia. Porem... Bem aventurados os que crêem se ver e sem
tocar...”
Esse “affair” de Jesus
com Tomé, que em alguns lugares se transformou em folclore, é significativo
para a importância da fé como um estado de espírito para a caminhada da vida.
Fé é uma disposição interior que dá força para a superação de obstáculos.
Nenhum passo deve ser
dado, se não estiver seguro do chão em que vai pisar...
Nenhuma decisão deve
ser tomada, se houver um resquício de dúvida se a decisão é certa. A dúvida é o
oposto da fé.
Nenhuma palavra deve
ser proferida se ela não passar pela consciência e pela balança da fé. Deve ser
pensada e avaliada: “Acredito no que vou
falar”?
Na vida tudo é
assim... Uma das piores expressões que se pode ouvir de alguém é: “Não sei o quê estou fazendo aqui”!
O médico deve inspirar
com confiança, Assim como o advogado, o motorista do ônibus, o pastor, o
padre... A igreja, a confissão religiosa, o partido político, o time de
futebol...
Tudo nos limites do
razoável, sem exageros, fanatismos, alienações... Fé sem razão é infantilidade
e castração. Ninguém vai escancarar as portas da casa, com uma TV moderníssima
de 40’ à
vista e “ter fé” que o ladrão não vai entrar... Assim deve ser também com o
coração.
Fé, você tem? É razoável?
Então... Vá em frente!
Imagem: Google.
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