quarta-feira, 29 de abril de 2015

QUEBRA DE CONFIANÇA


Confiança é como virgindade: uma vez quebrada, perdida para sempre! Talvez, com uma expressão menos chula ela possa ser comparada como um cristal, que ao se partir, não tem mais jeito.

Somos humanos, seres relacionais, pois dependemos fundamentalmente das relações sociais para sobrevivermos. Sim, somos dependentes. A sociedade como um todo é interdependente. Não tem como fugir dessa realidade.

Para onde olhar, qualquer situação, empresa, família, igreja, clube social, clube de serviço e as próprias atividades humanas é, em síntese, uma rede de relacionamento e de interdependência.

É claro, que na essência das coisas há uma liderança, um comando, uma estrutura, uma organização, um conjunto de leis que regem os comportamentos os impulsos sociais, relativizando, por exemplo a liberdade, minimizando a máxima que liberdade é o poder de fazer e falar tudo.

Entretanto, entremeando essas situações e condicionantes sociais e humanas, algo se faz presente, a confiança. Já que o ser humano não existe unilateralmente, ele precisa confiar nas pessoas e mesmo tempo desfrutar da mesma confiança por parte destas mesmas pessoas.

O equilíbrio social passa pela confiança. Esta uma vez traída e quebrada, compromete esse equilíbrio. Não é muito difíci8l compreender isso.

As relações conjugais entram em falência. Os empregos são comprometidos. As lideranças são derrubadas, Os serviços públicos se deterioram. As relações políticas entre votantes e votados (em caso de maturidade política) caem no prejuízo...

As autoridades não devem e nem podem ser autoritárias. Os autoritários e arrogantes são minados lentamente e um dia caem. Isso se aplica a todo tipo de liderança: política, paterna, religiosa, empresarial, etc..

Confiança quebrada gera rebeldia dos filhos, decepção do parceiro, desânimo na equipe, debandada de voluntários, desconfianças e incertezas políticas, derrotas de times em campo e em quadra, entre tantas outras... Enfim, confiança quebrada, fonte de anarquia, balbúrdia, fracassos e frustrações.

E ninguém quer viver isso. Ninguém aceita viver isso. Portanto, é bom pensar no assunto. A lógica deve ser a camaradagem, o serviço, a disponibilidade, o acolhimento, o diálogo, a compreensão, enfim, a maturidade.

Sempre que duas ou mais pessoas de aproximam e se juntam para qualquer atividade ali também se instala uma liderança. O líder precisa ter sentimentos humanos, respeito, poder de influência e liderar na perspectiva do entusiasmo, no seguimento por amor e não pelo poder autoritário.

E, acima de tudo, num clima de confiança mútua...



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NA PLENITUDE DOS TEMPOS


É um tema árido e polêmico... Escatológico!

Os cristãos, e principalmente os católicos, pensam na parusia e na escatologia. Esta é o final dos tempos... Aquela a segundo volta de Cristo para o julgamento final. Mateus 25. Os tempos se completarão...

Temos insistido aqui da importância da religiosidade. Quando madura fortalece a alma e o espírito. O humano se diviniza e compreende o divino que se humaniza. Quem ganha é a sociedade, que se equilibra e encontra a paz...  E as pessoas, a felicidade...

A plenitude dos tempos, a escatologia, a parusia, a preocupação com o eterno fazem parte do ser e da prática religiosa, portanto, intrinsecamente e potencialmente boas...

Mas trazendo a idéia da plenitude dos tempos para mais próximo da nossa realidade, do nosso cotidiano, ela ganha outros sentidos. Pleno é estar cheio, completo, totalmente... No jargão popular, “passando a régua". É estar pronto...

Pronto? Para quê? Na plenitude dos tempos a vida deve estar pronta para a realização de tudo aquilo que foi planejado, estimado e ansiosamente esperado... Os sonhos!

Não podemos imaginar um Deus castigador, que se apraze com o sofrimento de suas criaturas. Pelo contrário, Deus se rejubila com sua alegria e felicidade. Pessoas felizes, completas, realizadas estão aptas a dar sua parcela de contribuição para a melhoria do mundo, a começar pelo ambiente e realidade do espaço onde estão inseridas.

Assim, na plenitude dos tempos não há espaço para infantilidades, banalidades, rancores em relação ao passado e muito menos  ansiedades quanto ao futuro.

No processo de crescimento, ao longo da vida, algumas coisas práticas precisam acontecer: a reconciliação com o passado é algo extremamente importante, pois ninguém deve viver refém de sua história, das lembranças negativas e das coisas que não foram possíveis de serem feitas. Virar a página (ou as páginas) e ter do passado apenas o aprendizado ou aquilo que solidifica o presente e alicerça o futuro.

O futuro tem de ser encarado como um projeto a ser concretizaado, com base na realidade presente. Não com ansiedade, tensão e noites indormidas. O futuro é algo que se constrói hoje. Portanto, nada de gastar energias com o futuro. Tais energias devem ser empregadas no “hoje’. Sim, viver o presente. O presente é um presente da vida... E a melhor forma de agradecê-la é viver intensamente esse “presente”... Com parcimônia, cuidado, consciência, maturidade.
  
É assim que se vive e viverá na plenitude dos tempos... E Deus assim quer! Sem polêmica, escatologia, parusia (que acontecerá no tempo certo).



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segunda-feira, 27 de abril de 2015

RECIPROCIDADE


Eu sou seu amigo... Você é meu amigo... Aqui há uma reciprocidade.
Eu amor você... Você me ama...  Aqui também há uma reciprocidade.
O Acordo está assinado... Nosso  pais lhe vende soja... Seu país nos vende produtos industrializados. As diferenças serão acertadas em dólares americanos... Outro tipo de reciprocidade...

A reciprocidade é o caráter do que é recíproco, isto é, envolve ideias a respeito do mutualismo, corresponder a uma ação positiva com outra ação positiva.  É a correspondência mútua de sentimentos, atos e palavras.

Pensada assim, a reciprocidade é fundamental nos relacionamentos sociais, conjugais, comerciais, trabalhistas. O patrão paga o salário de alguém com Bse do compromisso da reciprocidade do trabalho.

Na quebra da reciprocidade inexoravelmente a r3elação está fadada ao fracasso. Havendo desequilíbrio mão há reciprocidade, sem reciprocidade não haverá relação saudável.

Para os psicólogos sociais a reciprocidade... “É uma característica de grande importância na sociedade porque as relações mútuas garantem a manutenção das normas sociais”.

A reciprocidade é importante para o equilíbrio da natureza e principalmente o equilíbrio dos ecossistemas, fgeradores de vida. Até na lingüística ela acontece...

Há pontos a considerar... A reciprocidade pode ser estabelecida em contratos, em compromissos mofais, com base em leis, porém, como envolve aspectos puramente humanos, ninguém tem a garantia de que ela vá se estabelecer.

Também nos laços sentimentais. Uma relação amorosa que culmine com uma relação marital permanente, só será possível, igualitária, harmoniosa, tranqüila e feliz se for embasada na reciprocidade.

Muitas vezes, os relacionamentos afetivos são construídos ao longo do tempo. Deve haver uma intenção de construir, aprender o outro, compreender o outro. A felicidade é feita também pelo outro, num processo de desconstrução e reconstrução do relacionamento, em busca da reciprocidade, da paz e da felicidade.

Portanto, menos nas áreas comerciais e trabalhistas, é importante num espaço coerente de tempo, esperar que esse processo construtivo aconteça. Se o sentimento for puro, sincero, honesto...  Se as atitudes fores concretas... a reciprocidade vai acontecer e a felicidade também...



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A FAMÍLIA, SEGUNDO O ESCRITOR FRANCISCO AZEVEDO

Excerto do seu livro  “O Arroz de Palma”:

A família é prato  difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema... Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes dá até vontade de desistir... Mas a vida... Sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abril o apetite. O tempo põe à mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de  tidas. Beçtrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicreano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente... Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar., Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturados com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e pronto: é um verdadeiro desastre. Família e prato extremamente sensível. /tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. 

Saber meter a colher é verdadeira arte.

Às vezes o ídolo da família, o bonzinho, o bola cheia que sempre ajudou azedou a comida só porque meteu a colher. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. tudo ilusão. Família é afetividade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não tem gosto de nada, seria assim um tipo de Família /dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é um prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia-a-dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem praça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experiment4ar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.

Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba nunca mais se repete”.

O autor
“Dramaturgo, guionista cinematográfico, poeta e ex-diplomata, Francisco José Alonso Vellozo Azevedo nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Começou a dedicar-se à literatura em 1967, quando venceu o concurso promovido pela Organização dos estados Americanos (OEA).

Além de livros e peças de teatro, Francisco Azevedo já escreveu para mais de 250 produções, incluindo roteiros de longa e curta-metragem, documentários premiados e anúncios para TV”. (Informe da Editora Porto)  


Texto: Whatsapp

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quinta-feira, 23 de abril de 2015

PESSOAS NEGATIVAS


Diálogos negativos...
- Não, não quero sair... Vai chover!
- Se eu for com você vou encontrar aquela gente chata...
- Vou ter que ir de ônibus? Não, não dá...

...Só podem advir de pessoas negativas.

Pessoas negativas? É melhor fugir delas, pois elas não têm outros objetivos a não ser aqueles que nos puxam para junto delas, isto, pafa o porão da vida.

Pessoas negativas vivem na escuridão. Para elas não há futuro, pois este é incerto, ao contrário das pessoas com “alto astral’, para quem o futuro nada mais é do que uma coleção de oportunidades.

Pessoas negativas são solitárias, pois sua “ranhetice”, não permite que outras pessoas permaneçam ao seu lado. Também pudera, quem é que vai deixar ambientes alegres, otimistas, p’ra cima e ficar junto com pessoas lúgubres, como se estivessem num velório.

Míopes intelectualmente, pessoas negativas não conseguem da um passo à frente, sem dar outros dois pra trás. Para elas dificilmente as coisas dão certo, pois negatividade atrai negatividade, da mesma forma que positividade atrai positividade. Mas elas não conseguem enxergar isso, pois são mesmo míopes...

Elas têm uma resposta negativa a qualquer informação que receba. Não gosta de livros, de cultura e de uma série de coisas que fazem  bem as pessoas otimismas.

Pessoas negativas são enclausuradas em sua própria incompetência de encarar a vida com um  mínimo de otimismo. Como tart4arugas carregam o peso da casca em suas costas. Ao menor perigo estacionam, ficam imóveis e escondem a cabeça até o perigo passar.

Pessoas negativas não conseguem ajudar os ostros, não oferecem o ombro amigo, não têm palavras de consolo, não conseguem ser amigas verdadeiras. Para cada problema têm outros problemas, não são capazes de oferecer opções, muito menos soluções. Pelo contrário, elas t^wem, na verdade, mais problemas para cada solução.

Verdade, é mesmo necessário fugir delas. O mundo de hoje exige pensamentos rápidos, soluções rápidas, não precipitadas, uma vez que oferece um leque enorme de alternativas, a começar pelos meios de comunicação.

Pessoas negativas carregam o seu próprio peso. Mas também são um peso para as demais pessoas.

Ainda há tempo de virar esse jogo... Mas esse jogo pode estar nos seus estertores...

  

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quarta-feira, 22 de abril de 2015

APARÊNCIA E CARÁTER (OU O CONFLITO ENTRE O “SER” E O “TER”)


Querem queira ou não, consciente ou não, vivemos um tempo de grandes conflitos. Há conflitos na sociedade com a violência, cada vez maior... Conflitos entre as nações, não grandes guerras, mas conflitos localizados e constantes, para tristeza de comunidades inteiras e alegria ds fabricantes de armas... Conflitos entre comprar ou não comprar, para ansiedade de capitalismo consumista... E conflitos pessoais, destacando-se aquele que se dá entre o “ser’ e o “ter”, ou melhor, entre a aparência e o caráter.

O que é mais importante, “ser’ ou “ter”? Um tem a ver com o caráter, outro com a aparência.

Já é sabido, discutido, debatido, “n” vezes que o mundo de hoje é apelativo, hedonista, narcisista, consumista, posto que dominado pelo capitalismo, este precisa vender, a indústria precisa produzir, os novos lançamentos precisam acontecer, a concorrência é forte, Briga de cachorro grande.

A grande arma do capitalismo é o marketing. A TV, a principal mídia, nada mais é do que um programa de anúncios comerciais, recheado de alguns conteúdos (contrariando o que a maioria pensa).

A massificação, um dos instrumentos utilizados pelo marketing em conluio com as mídias sociais, faz nascer nas pessoas o sentimento de que se não seguir a moda, está fora do contexto, excluídas do sistema. No fundo, fala mais alto o sentimento do ter. É isso mesmo, para o capitalismo consumista quem não “tem” está fora... Xõ!  

A aparência é a porta de entrada da moda, do consumo... Roupas, cosméticos, carros, celulares, TVs de tela grande, sapatos, jóias, vagens, fotos maravilhosas, navios, trens-bala, balões... Restaurantes, vinhos de primeira linha... Torre Eiffel... Acapulco... Parthenon... Muralhas da China... Gôndolas de Veneza... Central Park... Disneylândia... Epcot Center... Calçada da Fama de Bervely Hils...  Aparência, pura aparência... Que atrai admiração por alguns minutos!

Louros para quem merece...

Bom mesmo é cultivar o caráter, a firmeza no pensar e no agir, a parcimônia, com base na cultura familiar, na educação genérica e especialista, a capacidade de seguir os próprios princípios e premissas e jamais ser influenciado por mensagem alguma, mesmo que seja da mídia massacrante.

Bom mesmo é primeiro “ser”...  Ser alguém que é responsável pela própria história, que constrói o seu futuro com base em suas forças intrínsecas, forjadas nas experiovivências pessoais e coletivas... Depois “ter” de acordo com suas preferências e possibilidades,  independente da vontade de quem quer que seja. O caráter surpreende e emociona pela vida inteira.

Quem vive de aparências exala banalidades... E é um sério candidato solidão no final da vida...



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terça-feira, 21 de abril de 2015

ÁRVORES SECAS E A SENSIBILIDADE


Pessoas insensíveis são como árvores secas: não sentem vento, não acolhem as borboletas, isto é, não vêm as coisas boas da vida.

O vento, as borboletas, os pássaros, as nuvens, as cachoeiras, as nascentes, as sombras das grandes pedras e das frondosas árvores, a música, os quadros dos grandes artistas...

Pessoas insensíveis à arte e as demais coisas não materiais e do espírito, são capazes de comportamentos frios e calculistas. São ferrenhas adoradoras dos bens materiais e do consumo (será compensação?).

Pessoas insensíveis, árvores secas, acham normais aberrações como crianças abandonadas, prostituições adulta e infantil, escravidão, submissão da mulher, machismo, mendicância.

Aliás, são mestres em atribuir a existência da pobreza à incapacidade das pessoas pobres. Injustiça pura!

Pessoas insensíveis não se emocionam com o sorriso de uma criança ou com as lágrimas de uma mãe que vê seu filho se perdendo no mundo das drogas.

Pessoas insensíveis não abraçam com amor, não oferecem o ombro amigo, não são solidárias, pois pertencem ao time do “...Cada um por si, Deus por todos...”. Sem amigos, ainda que aparentem ser fortes, na intimidade, são tristes e solitárias.

Por outro lado, pessoas sensíveis, sabem valorizar as pequenas (grandes) e belas coisas da vida, como os momentos felizes, ainda que efêmeros, as boas companhias, um bom papo com uma pessoa mais culta ou melhor informada. Conseguem ver no colorido da natureza, na lua cheia iluminando as montanhas ou se esgueirando por entre as gigantescas construções da cidade grande.

Pés no chão, pessoas sensíveis e maduras, são acolhedoras desde o olhar que são ternos e amorosos... Transmitem confiança.

Pessoas insensíveis são agressivas desde as expressões de rosto e principalmente nas falas. Inconvenientes e detestáveis... Árvores secas mesmos!

Portanto, sensibilidade ou senbilidade, são próprios de cada pessoa, mas podem e devem ser treinadas, desde a infância, quando são apresentadas ou introduzidas aos aspectos mais belos da vida, a começar pela leitura, consgante e incessante.

Assim, os livros são as portas de entrada para a sensibilidade e a certeza de nunca serão árvores secas...



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COMUNHÃO (COERÊNCIA ENTRE FÉ E VIDA)



Comunhão é o ato ou efeito de comungar, isto é, realizar ou desenvolver algo em conjunto, com harmonia no sentimento, no modo de pensar, na identificação, no compartilhamento.

Para a Religião Católica, a comunhão é o centro da fé, da religiosidade, da ação social. O católico verdadeiro, maduro na fé, consciente, não fica sem comungar, isto é, sem tomar semanalmente e nos dias Santos, a Eucaristia, que é o Corpo de Cristo, conforme o próprio Cristo ensinou às vésperas de sua entrega aos soldados romanos, a Última Ceia.

Nos tempos atuais, nova conformação familiar aprovada pela lei civil, ainda não aceita pela Religião Católica, faz nascer novas realidades, como por exemplo, os casais de segunda união. As pessoas nessas condições não estão alijadas da comunhão da fé católica, pois são acolhidas, impedidas apenas de receber a Eucaristia.

A comunhão verdadeira, real, material, a Hóstia Consagrada, ou a “espiritual”, em que o desejo íntimo de participar fala mais alto, só tem sentido se há uma projeção social, sintetizada na coerência entre fé e vida.

Essa coerência se traduz pelo igual comportamento nos diversos ambientes frequentados pelas pessoas.  Essa coerência é bem visível no meio social, onde também a comunhão deve e pode ser vivenciada.

Os valores inerentes à comunhão cristã advém de uma relação vertical com Deus. Mas tais valores só se consolidam quando projetados horizontalmente entre os membros da sociedade, a começar pela família. Verticalidade e Horizontalidade da fé.

A lei civil prevê diversos tipos de comunhão: comunhão de bens para os casamentos; comunhão de propriedades; comunhão societária para o compartilhamento de ações empresariais. Há, ainda, comunhão de idéias filosóficas, políticas, teorias sociais e econômicas.

Entretanto, para quem comunga na Igreja, o importante mesmo, é a comunhão da paz, da solidariedade, da utopia, da construção de um mundo cada vez melhor.

Para o fundador do Cristianismo, Jesus Cristo, aquele mesmo que disse na Última Ceia,  “...Tomai e comei, isto é o meu corpo (referindo-se ao pão). “...Tomai e bebei, isso é o meu sangre” (referindo-se ao vinho). “...Fazei isso em memória de mim”... Que pregou a paz o perdão e a ajuda mútua, enquanto houver gente passando fome, abandono, exclusão, e de diversas formas das novas e modernas necessidades, oriundas da tecnicidade e da novas realidades sociais, políticas... Das guerras, da violência, da corrupção, do desprezo pela política, a comunhão na Igreja ainda não está completa.

Portanto, comungar de mãos postas, terço entre s dedos e cabeça contritamente baixa, não é tão simples assim...

Por fim, eis a reflexão do pastor batista Alessandro Mendonça, excerto extraído da internet: “...Se há comunhão entre as partes, não há espaço para suspeita, pois quem está junto não suspeita, sabe. E quem sabe não teme, nem julga ou age precipitadamente”.

Coerência entre fé e vida. É para pensar...



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domingo, 19 de abril de 2015

O LIVRO, A LEITURA E A ARROGÂNCIA

Não há como não repetir alguns chavões quando o assunto são: leitura e   livros.

Todos sabem da importância do livro e da leitura. Importância para o saber, para o conhecimento, para a formação espiritual, para o cabedal de vocabulário, enfim para a construção do ser humano inteiro, íntegro de corpo e alma.

Com os livros e sua leitura o conhecimento é constantemente novo ou renovado. Jack Welsh disse certa vez que “... É uma questão de honra aprender alguma coisa,  não importa de onde venha”.

Os livros nos ensinam... Os livros nos fazem viajar sem sairmos do lugar de onde estamos... Os livros nos fazem construir e sonhar um mundo novo... É certo que utopias são sonhos impossíveis, mas elas nos permitem caminhar...

Mas, onde entra a arrogância neste assunto? Ah! Sim... A arrogância... Essa abominável postura humana que detona todo e qualquer relacionamento social.

 Muitos arrogantes fazem questão de ler muito para depois se “arrogarem” ao direito de saberem tudo e de tudo e de serem os reais donos da verdade. Ledo engano, pois a leitura constante humaniza a pessoa, tornando-a humilde e aberta a aprender sempre mais. Não é o caso. esse tipo de leitor arrogante é uma grande perda de tempo.

Outros arrogantes são seletivos e só aceitam os grandes autores, desprezando os pequenos, a cultura popular e regional, as historias de gente simples que superam todas as dificuldades da vida e trazem consigo a sabedoria simples, empírica, mas profunda no processo de construção da sabedoria e da manutenção da verdadeira cultura do país. Aliás, esse tipo de leitor arrogante é combatido por Jack Welsh, que o considera um retrocesso e sua presença perniciosa para o sucesso das empresas. Postura importante também para a vida.

Os grandes autores, históricos, são essenciais para a formação humana. Entretanto para lê-los são essenciais conhecimentos básicos de história, geografia, sociologia, política, antropologia, filosofia. Aliás, conhecimentos essenciais para a vida.

O grande segredo para a leitura é a mente aberta, a consciência de que nada sabe e é preciso trilhar o longo caminho do conhecimento holístico. Portanto, ao se abrir um livro para iniciar uma nova leitura, é necessário ter a humildade suficiente para o “nada sei”. O “tudo sei” é a utopia que nos faz caminhar ao seu encontro.

A vida é o eterno aprendizado, processo no qual não deve faltar os livros. Sobre a sua qualidade, ao longo do tempo vai-se conhecendo o que é bom e o que não é bom... E que isso nada tem a ver com a essência de quem escreve e não com a técnica, a prática do escrever, o que também vai se adquirindo à medida que se escreve. A grande verdade é que quem escreve também lê muito, mas muito mesmo! Humildemente...

E isso faz a diferença! Arrogantes, prestem a atenção...



Imagem: do blog

terça-feira, 14 de abril de 2015

O VALOR DO TEMPO


O homem do campo tem uma imensa sabedoria. Quem tem consciência disso e sabe explorar (no bom sentido) os seus conhecimentos tem muito a aprender.

Ele consegue, por exemplo, logo que o sol nasce, contemplar o céu e afirmar com absoluta certeza que nesse dia vai ou não chover. É o seu conhecimento empírico que encanta o mais distraído observador. O homem do campo saber ler o tempo.

Aliás, para ele o tempo é algo que ele usa de forma diferente dos citadinos (urbanos ou ubanóides)...  No sertão o tempo, ainda que paradoxalmente, passa mais lentamente e a vida transcorre sem pressa.

O tempo para o homem do campo tem “outro” valor. Já nos centros urbanos o tempo é célere e incapaz de satisfazer todas das necessidades humanas, sendo a principal, as horas de sono recomendadas pelos médicos. Não há tempo suficiente para o trabalho, para o deslocamento casa/trabalho/casa, para o almoço, jantar, lanche, compromissos sociais, econômicos, políticos, religiosos, e tantos outros....

O homem do campo administra sem maiores preocupações o seu tempo. Já os urbanos precisam aprender a fazer isso, inclusive a dar o valor necessário ao tempo destinado a cada atividade do seu cotidiano. É aprender a hierarquizá-lo. 

Já há uma espécie de industria da administração do tempo, com livros de auto-ajuda, palestrantes, enfim, toda uma bibliografia especializada no assunto, com récordes de vendas e acessos na internet.

Administrar o tempo, valorizá-lo, hierarquizá-lo, exigem, antes de tudo discipplina, vontade e o querer de fato. Muita gente não acredita nisso. Nem se preocupam, pois tem coisas mais importantes para tratar na vida.

O importante é saber que o tempo para cada ser humano tem um valor diferente, pois depende das expectativas que cada um experimenta na vida. Mas, insistindo, o tempo tem o seu valor sim. Para ilustrar reproduzimos a seguir um excerto de um texto que de há muito vem circulando na internet sobre o valor do tempo:

“Para você perceber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que não passou para a série seguinte...
Para você perceber o valor de UM MÊS, pergunte para uma mãe que teve o seu bebê prematuramente...
Para você perceber o valor de UMA SEMANA, pergunte a um editor de um jornal semanal...
Para você perceber o valor de UMA HORA, pergunte aos enamorados que estão esperando para se encontrar...
Para você perceber o valor de UM MINUTO, pergunte a uma pessoa que perdeu um avião...
Para você perceber o valor de UM SEGUNDO, pergunte a alguém que conseguiu evitar um acidente...
Para você perceber o valor de UM MILESEGUNDO, pergunte a alguém que venceu a medalha de prata em uma Olimpíada...

Valorize cada momento que você tem! /e valorize mais, porque você dividir com alguém especial, especial o suficiente pafra gastar o seu tempo junto com você.

Lembre-se de que o tempo não espera por ninguém. Ontem é história... O amanhã é um mistério... O hoje é uma dádiva... Por isso é chamado de PRESENTE!”

È PRECISO DIZER MAIS?

Saudações ao homem do campo, especialista em administrar o tempo! 



Imagem: Google

segunda-feira, 13 de abril de 2015

EDUARDO GALEANO (1940-2015)



Escritor e Jornalista uruguaio, nascido em 03 de Setembro de 1940. Um dos mais importantes intelectuais de esquerda da América Latina; autor do emblemático livro “As veias abertas da América Latina”, de leitura obrigatória para quem deseja conhecer melhor a história do nosso continente.

Faleceu ontem, 13∕04∕2015, derrotado na luta contra o câncer de pulmão. É autor de mais 40 livros.

Algumas de suas frases, que refletem suas idéias:

“A utopia está no horizonte . Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Para isso: paa que eu não deixe de caminhar”.

“A ciência diz: o corpo é uma máquina. A igreja diz: o corpo é uma culpa. A publicidade diz: o corpo é um negócio. O corpo diz: eu sou uma festa!”

“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”.

“Na luta do bem contra o mal é sempre o povo que morre”.

“Quando as palavras não são tão dignas quanto o silêncio, é melhor caçar e esperar”.

“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor; o funeral mais que o morto; as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus”.

“A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.

“O que são as pessoas de carne e osso? Para os mais notórios economistas, números. Para os mais poderosos banqueiros, devedores. Para os mais influentes tecnocratas, incômodos. E paa os mais exitosos políticos, votos”.

“A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la”.

“A pobreza antes era considerada obra de injustiça. O mundo moderno considera pobreza incapacidade”.

“Tenho saudades de um país que ainda não existe no mapa”.
“A história é um profeta com o olhar voltado para trás: pelo que foi, e contra o que foi, anuncia o que será”.

“A beleza é bela quando pode ser vendida. A justiça é justa quando pode ser comprada”.



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domingo, 12 de abril de 2015

O MEDO E SEUS PERIGOS


O medo, que é parte constitucional do ser humano é um grande mistério, mas é real na vida das pessoas. É um sinal de alerta extremamente importante para a sobrevivência humana,

A presença do medo se dá por alguns sinais básicos do metabolismo humano: sudorese (excesso de suor), empalidecimento, palpitações (pela descarga de adrenalina), ansiedade, síndrome do pânico, e outras.

O medo apresenta-se em três dimensões: o medo normal, natural e benéfico; o excesso de medo, muito prejudicial à saúde das pessoas; e o a falta de medo, também prejudicial.

O medo normal, benéfico, ajuda a pessoa a se preparar para momentos de crise, situações difíceis, em que decisões devem ser tomadas de imediato, in continenti. Nesses momentos o cérebro produz adrenalina no sentido de proteger o sistema cardíaco e é o instante de agir ou fugir, pois está em jogo a sobrevivência. É viver ou viver. Sem medo.

O excesso de medo é extremamente prejudicial, pois pode paralisar a pessoa e fazer com que ela demore a tomar as decisões exigidas ou levar a ações precipitadas, paradoxalmente ousadas. Medo e ousadia caminham juntos, gerando, numa outra ponta, a valentia. Tudo muito rápido. Exemplos? Quem vai à noite ao quintal verificar um barulho e pode se deparar com um invasor.

O medo e a ousadia são faces da mesma moeda. A falta de medo está presente nas mais tenras idades, principalmente na juventude. A ausência do medo leva às aventur4as perigosas, aos grandes desafios. As pessoas sem medo não conseguem avaliar corretamente suas ações e as suas conseqüências. Assim muitas vidas são interrompidas e tragédias  acontecem,  levado luto às famílias,

São muitas as variáveis que atuam nas origens do medo. Com a palavra os especialistas. O importante mesmo, agora, é a compreensão  de que o medo exagerado, em seus extremos, o excesso e a falta, podem ser controlado. Precisa do autoconhecimento.

Começa com a ansiedade, evolui para a síndrome do pânico e outras formas patológicas. Conhecer os sintomas é básico para o inicio do tratamento que deve ser com especialistas, principalmente psiquiatras e psicólogos.

Sintomas físicos do agravamento do medo nas pessoas: falta de ar, dor ou desconforto no peito, vertigem, palpitações, tremores nos braços e∕ou nas pernas, sudorese, sufocamento, náusea ou desconforto abdominal, despersonalização, ondas de calor, calafrios, medo de morrer e medo de enlouquecer. Ocorrendo esses sintomas de forma isolada ou em conjunto, a busca por ajuda profissional deve ser imediata.

Reforçando a mensagem da ilustração: o motor de uma vida feliz são os sonhos. E quem vive com medo, não tem tempo para sonhar.



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sexta-feira, 10 de abril de 2015

quinta-feira, 9 de abril de 2015

A DECISÃO DE SER FELIZ (*)


Este texto foi transcrito do WhatsApp. Desconhecemos a autoria.

“Esta história roda na a internet em vários estilos e traduções diferentes, mas está relatada nos arquivos de seminários da Universidade de Fresno, na Califórnia, e aconteceu durante um seminário para casais. Durante o mesmo, um dos palestrantes perguntou a uma das esposas:

- Seu marido lhe faz feliz?Ele lhe faz feliz de verdade?

Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento.

Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sono ‘NÃO’, daqueles bem redondos!
- Não, o meu marido não me faz feliz!
- O fato de eu ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da terra, eu estaria com sérios problemas.

E continuou:
- Eu preciso decidir ser feliz independente de tudo o que existe!Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia, sou feliz!  Se vou sair acompanhada ou sozinha, sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não, eu sou feliz!

- Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de ‘experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria ou tristeza’

- aprendo com experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.

- Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque está muito frio, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem feliz, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.

- Amo a vida que tenho, mas não porque minha ida é mais fácil do que a dos outros. E porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade.

- Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livre do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica mais muito leve.

- É dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos.

Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade. SEJA FELIZ, mesmo eu faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém tenha lhe machucado, mesmo que alguém não lhe ame ou não lhe dê o devido valor.

E isso vale para mulheres e homens de qualquer idade.


(*) Título nosso.
  


Imagem: Google

terça-feira, 7 de abril de 2015

PROCRASTINAR


Já ouvimos muitas vezes alguém (geralmente com mais idade que nós) nos dizer “...não deixe para amanhã  o que pode fazer hoje!”...  Pois é, que faz isso, quem “deixa para amanhã” está procrastinando.

Procrastinar é deixar para depois atividades que devem ser feitas imediatamente. E isso não é simplesmente preguiça. Envolve todo um aparato psicológico, com conseqüências importantes para a vida humana.

Aquele procrastina está prejudicando não só a si mesmo, mas todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados a sua atividade.

A procrastinação está presente na relação entre pai e filho, quando um adia continuadamente o momento de conversar seriamente. O filho corre o risco de enveredar por caminhos escusos. O pai perde a oportunidade de ser luz no caminho do filho.

Um advogado inescrupuloso procrastina quando, em defesa de um réu confesso, mas rico, manipula a burocracia  jurídica para retardar o mais possível o julgamento, com vistas a abreviar o tempo de prisão de seu cliente.

Um médico procrastina quando não prorroga o prazo da cirurgia de seus pacientes, só porque vai receber o pagamento por Planos de Saúde ou pelo Sistema Único de Saúde. O paciente pode ter seu estado piorado ou mesmo perder a vida.

O que dizer dos funcionários públicos que adiam os despachos de documentos, sem se importar com aqueles que estão aguardando o andamento de seus processos? Estão procrastinando...

Nas empresas, os profissionais que boicotam atividades para prejudicar aqueles mais aptos, mais responsáveis e mais comprometidos. Perdem a noção do tamanho de sua procrastinação, pois com sua atitude prejudicam a si mesmos quando colocam em risco os resultados das empresas e, por conseguinte, a estabilidade de seus empregos.

Estudantes que procrastinam seus estudos (não os levam a sério), vão mal nas provas e comprometem sua formação, sua carreira e sua vida...

Médicos, Psicólogos, Psiquiatras, Sociólogos, se debruçam sobre o tema, que não é  muito recorrente entre as pessoas, isto é, não dão muito importância para o recado dos mais antigos e sempre “enrolam” em seus afazeres e deixam mesmo para depois tarefas e compromissos essenciais.

O que nos importa, porém, é simplesmente, chamar a atenção para este “palavrão”, que não é um “palavrão”, mas uma postura comprometedora, ainda que quase despercebida.



Imagem: Google

segunda-feira, 6 de abril de 2015

A FALTA DE AMOR PRÓPRIO


O amor próprio é o sentimento de amor que as pessoas têm por si mesmas... Ninguém dá o que não tem... Não se pode amar se o amor não é inerente à sua alma, ao espírito ao seu caráter... E, sobretudo, ele não ama si próprio.

“Sem amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez”.
Hugo Hofmannsthal

É verdade... A falta de amor-próprio torna as pessoas ansiosas, inseguras, precipitadas, capazes de tomar decisões sem se importarem com as consequências, mesmo se isso implica e comprometer a vida de outras pessoas, especialmente aquelas que dependem de delas, como filhos menores.

Sem amor-próprio as pessoa se rebaixas à outras, arrastam-se por um amor impossível, esquecem-se da máxima que diz que “quem entra por baixo numa relação, por baixo fica até o fim”.

Quem entra por baixo numa relação amorosa, e não se impõem, não recuperaram sua posição de igualdade, serão permanentemente infelizes, dependentes, carentes, necessitados, inseguros, medrosos, tímidos,  objetos de consumo das pessoas que amam.  Não se entra numa relação amorosa pela metade... Entra-se inteiro, em igualdade. Só nessa condição será possível construir uma felicidade verdadeira e duradoura

E, essa relação pode ser amorosa, social ou profissional. Quem pede pouco numa negociação comercial ou emprego, por insegurança ou timidez, corre o risco de perder a oportunidade (talvez a única) de se realizar pessoal e profissionalmente.

A falta de amor-próprio é um veneno que contamina todas as relações humanas.

Quem não tem amor-próprio está sempre vinculado ao que os outros pensam de si. Permanece o tempo todo preocupado com a imagem que fazem si e com o que as pessoas estão falando a seu respeito. Vive se comparando com as outras pessoas e nunca está satisfeito com o que tem.  Não consegue olhar para si mesmo, valorizar-se, produzir-se e ficar bonito e ficar bem consigo mesmo.

Não consegue refletir sobre esta grande verdade: só se consegue superar as carências quem distribui amor, alegria, felicidade. O amor é um sentimento que, incrivelmente, se multiplica quando dividido. Mas o amor só pode ser distribuído por quem está pleno dele. Quem está vazio, nada pode dar, a não ser negatividade, pessimismo, chatice, arrogância, antipatias... Estas são as características de pessoas vazias de amor-próprio.

O antídoto é compreender o amor em todas as suas dimensões. Isso leva tempo, pois depende da habitualidade, do desprendimento, da doação, da vontade, do querer mudar.

Por fim, um recado importante de Oscar Wilde:

“Amar a si mesmo é começo de um romance para a toda a vida”.



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