É um
tema árido e polêmico... Escatológico!
Os
cristãos, e principalmente os católicos, pensam na parusia e na escatologia.
Esta é o final dos tempos... Aquela a segundo volta de Cristo para o julgamento
final. Mateus 25. Os tempos se completarão...
Temos
insistido aqui da importância da religiosidade. Quando madura fortalece a alma
e o espírito. O humano se diviniza e compreende o divino que se humaniza. Quem
ganha é a sociedade, que se equilibra e encontra a paz... E as pessoas, a felicidade...
A
plenitude dos tempos, a escatologia, a parusia, a preocupação com o eterno
fazem parte do ser e da prática religiosa, portanto, intrinsecamente e
potencialmente boas...
Mas
trazendo a idéia da plenitude dos tempos para mais próximo da nossa realidade,
do nosso cotidiano, ela ganha outros sentidos. Pleno é estar cheio, completo,
totalmente... No jargão popular, “passando a régua". É estar pronto...
Pronto?
Para quê? Na plenitude dos tempos a vida deve estar pronta para a
realização de tudo aquilo que foi planejado, estimado e ansiosamente
esperado... Os sonhos!
Não
podemos imaginar um Deus castigador, que se apraze com o sofrimento de suas
criaturas. Pelo contrário, Deus se rejubila com sua alegria e felicidade.
Pessoas felizes, completas, realizadas estão aptas a dar sua parcela de
contribuição para a melhoria do mundo, a começar pelo ambiente e realidade do
espaço onde estão inseridas.
Assim,
na plenitude dos tempos não há espaço para infantilidades, banalidades,
rancores em relação ao passado e muito menos
ansiedades quanto ao futuro.
No
processo de crescimento, ao longo da vida, algumas coisas práticas precisam
acontecer: a reconciliação com o passado é algo extremamente importante, pois
ninguém deve viver refém de sua história, das lembranças negativas e das coisas que
não foram possíveis de serem feitas. Virar a página (ou as páginas) e ter do
passado apenas o aprendizado ou aquilo que solidifica o presente e alicerça o
futuro.
O
futuro tem de ser encarado como um projeto a ser concretizaado, com base na
realidade presente. Não com ansiedade, tensão e noites indormidas. O futuro é
algo que se constrói hoje. Portanto, nada de gastar energias com o futuro. Tais
energias devem ser empregadas no “hoje’. Sim, viver o presente. O presente é um
presente da vida... E a melhor forma de agradecê-la é viver intensamente esse
“presente”... Com parcimônia, cuidado, consciência, maturidade.
É assim
que se vive e viverá na plenitude dos tempos... E Deus assim quer! Sem
polêmica, escatologia, parusia (que acontecerá no tempo certo).
Imagem:
Google
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