Querem
queira ou não, consciente ou não, vivemos um tempo de grandes conflitos. Há
conflitos na sociedade com a violência, cada vez maior... Conflitos entre as
nações, não grandes guerras, mas conflitos localizados e constantes, para
tristeza de comunidades inteiras e alegria ds fabricantes de armas... Conflitos
entre comprar ou não comprar, para ansiedade de capitalismo consumista... E
conflitos pessoais, destacando-se aquele que se dá entre o “ser’ e o “ter”, ou
melhor, entre a aparência e o caráter.
O que é
mais importante, “ser’ ou “ter”? Um tem a ver com o caráter, outro com a
aparência.
Já é
sabido, discutido, debatido, “n” vezes que o mundo de hoje é apelativo,
hedonista, narcisista, consumista, posto que dominado pelo capitalismo, este
precisa vender, a indústria precisa produzir, os novos lançamentos precisam
acontecer, a concorrência é forte, Briga de cachorro grande.
A
grande arma do capitalismo é o marketing. A TV, a principal mídia, nada mais é
do que um programa de anúncios comerciais, recheado de alguns conteúdos
(contrariando o que a maioria pensa).
A
massificação, um dos instrumentos utilizados pelo marketing em conluio com as
mídias sociais, faz nascer nas pessoas o sentimento de que se não seguir a
moda, está fora do contexto, excluídas do sistema. No fundo, fala mais alto o
sentimento do ter. É isso mesmo, para o capitalismo consumista quem não “tem”
está fora... Xõ!
A
aparência é a porta de entrada da moda, do consumo... Roupas, cosméticos,
carros, celulares, TVs de tela grande, sapatos, jóias, vagens, fotos
maravilhosas, navios, trens-bala, balões... Restaurantes, vinhos de primeira
linha... Torre Eiffel... Acapulco... Parthenon... Muralhas da China... Gôndolas
de Veneza... Central Park... Disneylândia... Epcot Center... Calçada da Fama de
Bervely Hils... Aparência, pura
aparência... Que atrai admiração por alguns minutos!
Louros
para quem merece...
Bom
mesmo é cultivar o caráter, a firmeza no pensar e no agir, a parcimônia, com
base na cultura familiar, na educação genérica e especialista, a capacidade de
seguir os próprios princípios e premissas e jamais ser influenciado por
mensagem alguma, mesmo que seja da mídia massacrante.
Bom
mesmo é primeiro “ser”... Ser alguém que
é responsável pela própria história, que constrói o seu futuro com base em suas
forças intrínsecas, forjadas nas experiovivências pessoais e coletivas...
Depois “ter” de acordo com suas preferências e possibilidades, independente da vontade de quem quer que
seja. O caráter surpreende e emociona pela vida inteira.
Quem
vive de aparências exala banalidades... E é um sério candidato solidão no final
da vida...
Imagem:
Google
Tudo, disse tudo !
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